terça-feira, 20 de dezembro de 2016

« Contradições nas Escrituras Sagradas? » (20 de dezembro de 2016)

- Há contradição nas genealogias?

Continuando sobre as contradições apontadas, na sequência que estão escritas, vamos ver o que foi dito sobre a as genealogias:
Primeira:
“Jesus foi filho de José, que foi de Jacob (Mateus 1:16) [E Jacob gerou a José, marido de Maria, da qual nasceu JESUS, que se chama o Christo.]”. {Versão ARC 1911 – Almeida Revista e Corrigida Edição 1911}
“Jesus foi filho de José, que foi de Heli (Lucas 3:23). [E o mesmo Jesus começava a ser de quasi trinta annos, sendo (como se cuidava) filho de José, e José de Heli,]”. {Versão ARC 1911}

Segunda:
“O pai de Salathiel foi Jeconias (Mateus 1:12). [E, depois da deportação para a Babylonia, Jechonias gerou a Salathiel; e Salathiel gerou a Zorobabel;]”. {Versão ARC 1911}
“O pai de Salathiel foi Neri (Lucas 3:27). [e Juda de Johanna, e Johanna de Rhesa, e Rhesa de Zorobabel, e Zorobabel de Salathiel, e Salathiel de Neri,]”. {Versão ARC 1911}

Terceira:
 “Abiud é filho de Zorobabel (Mateus 1:13). [E Zorobabel gerou a Abiud; e Abiud gerou a Eliakim; e Eliakim gerou a Azor;]”. {Versão ARC 1911}
“Resa é filho de Zorobabel (Lucas 3:27). [Jodá, filho de Joanã, Joanã, filho de Resa, Resa, filho de Zorobabel, este, de Salatiel, filho de Neri;]”.
“São citados os nomes de todos os filhos de Zorobabel, mas nem Resa e nem Abiud estão entre eles (I Crônicas 3:19-20). [Os filhos de Pedaías: Zorobabel e Simei; os filhos de Zorobabel: Mesulão e Hananias; e Selomite, irmã deles; e Hasuba, Oel, Berequias, Hasadias e Jusabe-Hesede; cinco ao todo.]”.

Quarta:
 “Jorão era o pai de Ozias que era o pai de Joathão (Mateus 1:8-9). [E Asa gerou a Josaphat; e Josaphat gerou a Jorão; e Jorão gerou a Ozias; E Ozias gerou a Joathão; e Joathão gerou a Achaz; e Achaz gerou a Ezequias;]”. {Versão ARC 1911}
“Jorão era o pai de Occozias, do qual nasceu Joás, que gerou Amazias, que foi pai de Azarias que, finalmente, gerou Joathão (I Crônicas 3:11-12). [Pai de Jorão : o qual Jorão gerou a Occozias, do qual nasceo Joás : E Amasias filho deste gerou a Azarias: Mas Joathão filho d’Azarias.]”. {Paralipomenos I CAP. III:11-12 - Versão ASB 1821 – A Sancta Biblia Edição de 1821}

Quinta:
 “Josias era o pai de Jeconias (Mateus 1:11). [Josias gerou a Jeconias e a seus irmãos, no tempo do exílio na Babilônia.]”.
“Josias era o avô de Jeconias (I Crônicas 3:15-16). [Os filhos de Josias foram: o primogênito, Joanã; o segundo, Jeoaquim; o terceiro, Zedequias; o quarto, Salum. Os filhos de Jeoaquim: Jeconias e Zedequias.]”.

Sexta:
 “Zorobabel era filho de Salathiel (Mateus 1:12). [E, depois da deportação para a Babylonia, Jechonias gerou a Salathiel; e Salathiel gerou a Zorobabel;] (Lucas 3:27) [e Juda de Johanna, e Johanna de Rhesa, e Rhesa de Zorobabel, e Zorobabel de Salathiel, e Salathiel de Neri,]”. {Versão ARC 1911}
“Zorobabel era filho de Fadaia. Salathiel era tio dele (I Crônicas 3:17-19). [Filhos de Jeconias, o cativo: Salatiel, seu filho, Melquirão, Fadaia, Seneser, Jecemias, Sama e Nadabias. Filhos de Fadaia: Zorobabel e Semei. Filhos de Zorobabel: Mosolão, Hananias, Salomit, sua irmã;]”. {Versão BAM}

Sétima:
 “Sale era filho de Cainan, neto de Arfaxad e bisneto de Sem (Lucas 3:35-36). [Lc 3:35 filho de Sarug, filho de Ragau, filho de Faleg, filho de Eber, filho de Salé, Lc 3:36 filho de Cainã, filho de Arfaxad, filho de Sem, filho de Noé, filho de Lamec,]”. {Versão BAM}
“Sale era filho de Arfaxadad e neto de Sem (Gênesis 11:11-12). [Depois do Nascimento de Arfaxad, Sem viveu ainda quinhentos anos, e gerou filhos e filhas. Arfaxad, com a idade de trinta e cinco anos, gerou Salé.]”. {Versão BAM}

Obs.: O texto entre as aspas foi transcrito conforme escrito e o texto entre colchetes eu incluí, sendo, estes, os textos referentes aos versículos citados como defesa de sua tese.

O que digo? Primeiro quero (mais uma vez) esclarecer a questão dos textos da Bíblia. Sempre procuro uma versão que seja a mais próxima possível da versão usada por Nosso Amigo e, neste caso, foram umas versões bem antigas (agradecimentos ao Google Livros e ao pessoal que trabalha na The Word); portanto não estranhem o português. Quanto a sequência de textos ser maior que o normal o motivo é o mesmo da postagem de 12 de setembro de 2016 [http://sepade.blogspot.com.br/2016/09/contradicoes-nas-escrituras-sagradas-12.html] sobre os “erros numéricos”; eles têm explicações semelhantes. Assim vamos tentar explicar cada ponto a partir de pontos de vista gerais. Então vamos as informações gerais.
Para explicar estas aparentes contradições temos que entender que algumas palavras não existem em outros idiomas e algumas podem ser entendidas de formas diferente. Por exemplo (e em nosso caso) não existe, nestes textos, a palavra avó (apesar de Nosso Amigo a ter utilizado para dar maior impacto negativo ao texto Bíblico); muito menos termos que usamos no português como bisavó, trisavó e por aí vai (alguns que são utilizados cotidianamente sequer sei se realmente existem). Para fazer um comparativo, no inglês só existe até avó (afirmo isso apesar de meu inglês ser apenas técnico. É possível alguém que tenha bom conhecimento de inglês atestar essa informação?).
Também há uma questão de cultura. Aqui no Brasil não damos muito valor as genealogias (os mais velhos ainda tinham um certo zelo quanto a família. Era frequente ouvirmos a pergunta: “Eis da família de quem?”, e respondíamos: “de sicrano de beltrano”, mas hoje em dia...) então algumas coisas podem nos passar desapercebidas. Em outras culturas, no entanto, a genealogia é extremamente importante e há um cuidado em manter o nome da família. Evidentemente que nem todos da árvore genealógica de uma família foi de grande importância ou de destaque para a história do povo (seja local ou nacional), então os escritores ao relatarem a árvore de algumas pessoas omitem alguns desses nomes, buscando apresentar apenas aqueles que serão mais facilmente reconhecidos pelo público alvo. Também os omiti quanto não há o risco de confusão sobre qual descendência se estava escrevendo (vejam, por exemplo, a Quinta da lista no início da postagem ou Mt. 1:1).
Temos a questão de como as pessoas são conhecidas (quem não conhece uma pessoa por um nome que outro conhece por outro?) e das mudanças que os nomes tiveram com a atualização da linguagem (compare II Sm. 24:24 com I Cr. 21:25, Mt. 9:9 com Mc. 2:14, Mc. 1:16 com Mt. 4:18, At. 9:10 com At. 13:9 e nos textos do início da postagem de 1911 com sua Bíblia hoje). Nos textos Bíblicos também vemos o cuidado dos escritores quando duas pessoas tinham o mesmo nome, exercício a mesma “função” e viveram ao mesmo tempo. Nestes casos os escritores usavam uma variação do nome que tivesse o mesmo significado do original (os significados dos nomes são importantes e já falamos o poder das palavras em nossa postagem de 01 de agosto de 2016 [http://sepade.blogspot.com.br/2016/08/cuidado-com-o-que-ouve-01-de-agosto-de.html]).
Outro ponto que também precisamos considerar é a forma como se entende o termo. No texto bíblico ter por pai não quer dizer que seja filho direto. Assim como ser gerado não quer dizer que nasceu da pessoa. Ambos os termos indicam que é da geração de. Vejamos por exemplo o texto de Jo 8:39: “Então, lhe responderam: Nosso pai é Abraão. Disse-lhes Jesus: Se sois filhos de Abraão, praticai as obras de Abraão.”. É evidente que as pessoas que disseram isso a Jesus não eram todos sequer da família como entendemos no Brasil (irmãos, primos em 1º grau, etc.) e nem que conviveram pedindo a benção todas as manhãs a Abraão. O que estavam dizendo é que eram descendentes (Ver Rm. 9:6-7).
Explicado isso vamos as outras explicações que se façam necessárias em cada uma das referências elencadas que deram origem a esta postagem.
Primeira: As genealogias de Jesus descritas por Mateus e Lucas não são contraditórias porque “percorrem” duas linhagens diferentes. Assim como todos nós, Jesus tinha duas descendências. Mateus (que escreveu o livro para mostrar Jesus como o Rei de Israel) relata a descendência na qual vieram os reis de Judá e esta era a linhagem de Maria (aqui vou por uma corrente diferente da maioria, senão de todos, os estudiosos da Bíblia, mas isso é um pensamento meu, e mesmo que esteja errado não cria uma contradição nas Escrituras). Chego à conclusão deste fato apenas por uma frase utilizada por Mateus em 1:16, que diz: “…José, marido de Maria”. O que indica, a meu ver, que Mateus se pega a uma atribuição legal, proveniente do casamento. Não é estranho tal fato de se usar o nome do marido, pois, para os judeus, sempre o nome masculino aparecia na genealogia. Já Lucas (que escreveu o evangelho para mostrar a Jesus como Deus-homem e sacerdote de Deus, pois por várias vezes aparece que Jesus estava todos os dias pregando no templo) relata a descendência de José; e uma frase, que está em 3:23, também me leva a esta conclusão. O texto diz que “… Jesus…, como se cuidava, filho de José”. Apesar de já ter insistido outrora de que Maria fosse da tribo de Levi (peço desculpas se fui insistente em demasia nesse assunto em algum momento), esta análise mais detalhada destes dois textos, iluminado pelo Espírito Santo (assim creio, pois de mim mesmo não teria chegado até aqui), me fizeram entender que alguma de suas antepassadas recentes casaram com um homem da linhagem real de Davi e assim, pela árvore genealógica do pai, Maria era da tribo de Judá, sendo, por outro lado, também da tribo de Levi. Estas informações aqui expostas explicam o motivo de aparecer duas linhagens diferentes para José e isso era perfeitamente legal, já que o casamento naquela cultura dava todos os direitos da mulher ao marido, incluindo o de a substituir em sua própria genealogia. Não é novidade que muitos benefícios foram acordados através do matrimônio, inclusive reinos, bens e títulos, foram adquiridos por esse meio durante toda a história da humanidade. Para exemplificar Davi teve direito ao trono de Saul após casar com uma de suas filhas (I Sm. 19:11).
Um outro ponto geralmente apontado como falha da genealogia é que Natã, filho de Davi, não tivesse descendência. Essa conclusão equivocada é baseada em que a Bíblia, com exceção da genealogia em Lucas, não cita os descendentes dele. É claro que não podemos pegar apenas essa omissão para criar tal hipótese. Temos que ter em mente também que as genealogias em Israel eram públicas e qualquer pessoa as poderiam consultar, então, caso houvesse qualquer erro ou engano nessas genealogias os livros rapidamente teriam sido contestados por aqueles que perseguiam o Evangelho. Segundo a Bíblia de Estudos Scofield, 2009, Editora Holy Bible, São Paulo – SP, o livro de Mateus foi escrito em 50 d.C. e o de Lucas em 60 d.C. (em anos aproximados) e, assim, os opositores de Cristo e do Evangelho, que crescia rapidamente e incomodava a muitos, tiveram mais ou menos 10 anos para contestar estas genealogias, já que em 70 d.C. o templo em Jerusalém foi destruído pela segunda vez e, segundo rumores (infelizmente não tenho livros históricos para tentar confirmar este fato, mas não citaria se não fosse plausível), muitos dos escritos que eram guardados no templo (entre eles as genealogias) foram destruídos ou seriamente danificados. Para demostrar que as genealogias existiam e foram pesquisadas vejam os trechos escritos em Mt. 9:27, Mt. 12:23, Mt. 15:22, Mt. 20:30-31, Mt. 21:9, Mc. 10:46-48 e Lc. 18:38-39.
Com estas informações já aqui apresentadas todos os requisitos necessários (todos mesmo) para validação das Escrituras Sagradas são plenamente satisfeitos. As genealogias são verdadeiras e não contraditórias, todas as profecias são cumpridas e explica o fato do povo judeu não aceitar a Jesus como Messias, pois esperavam que Ele viesse pela descendência direta dos reis pela parte do pai, e não da mãe (Vide Mt: 22:42, Mc. 12:35 e Lc. 20:41). Vejamos o que diz em Lucas 1:32 (grifo nosso): “Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai;”. Assim temos a confirmação de que Jesus não viria pela linhagem real da forma que era esperada e a profecia que anularia a Jesus como herdeiro do trono de Davi (Jr. 22:29-30 e que alguns usam para contradizer a própria Bíblia) é também cumprida.
Segunda, Terceira (1ª parte) e Quarta: O maior questionamento sobre este ponto é o porquê, sendo genealogias diferentes, aparecem nomes iguais após Davi. A resposta é bem simples. Apesar de serem nomes iguais, eram pessoas diferentes que resolveram dar a seus filhos nomes de pessoas “famosas”. Veja que Mateus fala que de Davi ao exílio da Babilônia, pouco antes de Salatiel, foram 14 + 2 gerações (+ 2 para chegarmos a Salatiel). Seguindo o que diz o site http://blog.myheritage.com.br/2013/03/as-geracoes-e-a-sua-genealogia/, atribuindo a Heráclito, que uma geração dura 30 anos, temos o tempo de Davi a Zorobabel como sendo de 30 x (14 + 2) = 480 anos, se somarmos a isso os 3 nomes que Mateus “pulou” por terem um período de “apenas” 50 anos (pouco mais de 16 para cada, o que não completa gerações) vamos para 530 anos. Ao contarmos as gerações até o Salatiel que é descrito por Lucas temos 22 gerações, o que seria 22 x 30 = 660 anos. Vejam que não há como serem as mesmas pessoas, nem pela própria genealogia, nem pelo período de tempo, pois há uma diferença de 130 anos. Assim não é possível que sejam as mesmas pessoas. O fato de Mateus não ter citados alguns nomes era porque ele fez as contas para especificar as gerações completas, ignorando assim alguns nomes, o que não compromete a genealogia e nem a coloca em contradição com nenhuma outra.
Quinta: Se entendeu tudo que foi explicado até aqui então também já compreendeu esta.
Sexta e Terceira (Final): Este é um pouco mais complicado de explicar, pois as Escrituras não nos dão muitos indícios. Mas, baseados na “insistência” da própria Escritura (Vide Ed. 3:2; 3:8; 5:2; Ne. 12:1; Ag. 1:1; Ag. 1:12; Ag. 1:14; Ag. 2:2; Ag. 2:23) em dizer que Zorobabel era filho de Salatiel (ou Sealtiel como também aparece em outros lugares) podemos fazer duas suposições: 1. Salatiel teve um filho durante o cativeiro babilônico o qual lhe pôs o nome também de Zorobabel e; 2. Durante o cativeiro o seu irmão Pedaías (Fadaia) foi pai de Zorobabel, mas não sobreviveu, e assim Salatiel passou a ser o pai legal de Zorobabel. A adoção dá direitos de pais e filhos da mesma forma que os de nascimento. Vejam que nós também somos beneficiados por esses direitos pois  deu-nos “o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome;” [Jo. 1:12]. “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus.” [I Jo. 3:1], assim “O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados.” [Rm. 8:16-17]. Aleluia! Que enorme benção que nos foi concedida.
Sétima: Esta última é a mais complicada de todas, pois não podemos dizer se nos documentos utilizados por Lucas realmente havia tal pessoa (Cainã) entre Arfaxade e Selá. O que podemos dizer aqui é o que já dissemos antes, que a genealogias descrita por ele era aceita e foi retirada de documentos públicos de confiáveis. Conjecturar o porquê deste aparecer apenas em Lucas não nos é possível. No entanto sabemos que não é nenhum absurdo que sejam gerados filhos ao 17 ou 18 anos de idade, mesmo que sejam dois da mesma família e mesmo que não seja comum para a época. Assim temos em defesa a possibilidade do acontecimento e a autenticidade dos documentos usados como fonte de informação.

Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna.” (Tt. 3:4-7).
DEUS OS ABENÇOE GRANDEMENTE!
Ozires de Beserra da Silva
Técnico em Informática, Licenciado em Matemática e Servo do Deus Altíssimo.

domingo, 4 de dezembro de 2016

« Contradições nas Escrituras Sagradas? » (04 de dezembro de 2016)

- Os filhos recebem castigos de Deus pelo pecado de seus pais?

Continuando sobre as contradições apontadas, na sequência que estão escritas, vamos ver o que foi dito sobre a Deus castigar os filhos pelos pecados de seus pais:
“O filho não deve ser castigado pelo erro do pai, ou vice-versa (Deuteronômio 24:16) [Os pais não serão mortos em lugar dos filhos, nem os filhos, em lugar dos pais; cada qual será morto pelo seu pecado.] (Ezequiel 18:20) [A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai, a iniqüidade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este.] (II Crônicas 25:4) [Porém os filhos deles não matou, mas fez segundo está escrito na Lei, no Livro de Moisés, no qual o SENHOR deu ordem, dizendo: Os pais não serão mortos por causa dos filhos, nem os filhos, por causa dos pais; cada qual será morto pelo seu próprio pecado.]”.
“Deus vinga a crueldade dos pais nos filhos até a quarta geração (Êxodo 20:5). [Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem.] (Deuteronômio 5:9) [não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu, o SENHOR, teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem,]”.
“Todos os homens são culpados pelo pecado de Adão. A culpa passou de pai para filho por diversas gerações (Romanos 5:12). [Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.]”.

Obs.: O texto entre as aspas foi transcrito conforme escrito e o texto entre colchetes eu incluí, sendo, estes, os textos referentes aos versículos citados como defesa de sua tese.

O que digo? Estes textos parecem ser contraditórios porquê está sendo feito uma pequena confusão. Nosso Amigo está atribuindo a culpa e as consequências como sendo uma coisa só, e não são. Para exemplificar, nesta semana houve um desastre de avião que, tragicamente, levou ao falecimento de muitas pessoas, entra elas um time de futebol inteiro (que Deus conforte os familiares e venha a suprir suas necessidades), no entanto eles sofreram as consequências dos erros de outras pessoas. Como podem ver pelo exemplo real (e do qual nos entristecemos muito) a culpa e as consequências nem sempre são apenas de quem errou e isto não contradiz os textos de forma alguma.
Tenhamos em mente que nossos pecados têm consequências físicas e espirituais e com o já exposto vamos abordar cada um dos textos citados como referência lhes mostrando o que dizem enfatizando essas ideias.
No texto de Rm. 5:12 apresentado, lemos que Adão pecou, portanto ele é o culpado. As consequências para ele são a separação da comunhão com Deus (espiritual), o fim de seu domínio sobre a criação (física e espiritual), a saída do Jardim do Éden (física e espiritual), a árdua jornada de trabalho (física e espiritual) e a morte (física). Quase todas estas consequências também impactaram o restante do mundo, tanto da época quanto até o fim dos tempos. O homem agora, por natureza, está afastado de Deus, tem que trabalhar para conseguir seu sustento e um dia, salvo o arrebatamento dos santos, irá morrer. Todas estas consequências que atingem a todos nós, sem nossa culpa, não é castigo de Deus para nós. São reflexos naturais de uma escolha errada por parte de alguém (assim como no exemplo utilizado). Não foi castigo de Deus para todos por causa do pecado de Adão. Foi a consequência informada que seu ato provocaria. Uma vez que estivesse afastado de Deus e se tornasse mortal, não seria mais possível voltar atrás, salvo um ato do próprio Deus. Este texto ainda traz a culpa para toda humanidade no trecho “porque todos pecaram”. Assim a culpa por nosso pecado é a morte (física e espiritual) [Rm. 6:23]. Lembrem-se que Deus disse a Adão que se pecasse morreria. Uma vez que o pecado e a morte “entraram” no mundo, passou a ser a ordem natural. Mesmo com essa explicação ainda fica a aparência de que fomos punidos por Deus, no entanto não é. Uma vez que Adão morreria, não seria mais possível que nascessem imortais. Lhes lembro que como não conseguimos viver sem pecar, somos culpados de nossos pecados, e assim saímos de Rm. 5:12 e vamos para Dt. 24:16 (ou II Cr. 25:4, são o mesmo conteúdo). Por seus próprios pecados é que pai e filhos serão mortos. Não um pelo pecado do outro. Este texto não é apenas de morte física, mas também de morte espiritual, e assim chegamos ao texto de Ezequiel, que nos diz que nossa culpa não será hereditária. Vejam que o texto diz que a culpa não passará para nossos filhos e que eles não morreram por causa de nossos erros. Por nossos próprios pecados morreremos. Mas nossos pecados podem ter consequências em nossos filhos (veremos um pouco mais a frente).
O contexto deste texto de Dt. era das instruções que Deus estava passando para que seu povo vivesse bem, ou seja, as leis que regeriam a conduta. Os direitos e deveres dos israelitas. Já vimos em postagens anteriores (27 de setembro de 2015) que algumas das transgressões da lei era punida com a morte. No entanto Deus advertiu que tal pecado teria como punição a morte somente para o pai, e não para o filho, e aqui voltamos novamente para Ez., onde os mesmos termos da lei de Dt. são repetidos. Há, ainda hoje, algo chamado de herança. Um filho recebe por direito o patrimônio de seus pais. Neste patrimônio estão incluídas as dívidas (para mais detalhes leiam http://alessandrastrazzi.adv.br/direito-de-familia-e-das-sucessoes/quando-pessoa-morre-quem-paga-dividas/), assim, na época de Ez. surgiu um questionamento (devido a maldade do homem) que se o pai infligisse uma lei em que a pena era a morte, o filho teria que morrer também. Já ouviram o termo “negócios de família”? Pois bem, era assim que queriam que fosse. No entanto Deus falou por meio de Ezequiel que se houvesse arrependimento e o pai ou o filho fizessem o que era certo, não morreria. Nem sempre foi assim fisicamente e homens tem infligido punição para não culpados, mas espiritualmente Deus o garante. Vejam que estas penas que passavam do pai para o filho não eram dadas por Deus, mas sim pelos homens.
E quanto ao ponto de Deus “se vingar” que Nosso Amigo citou? É evidente que ele propositalmente distorceu o sentido do texto. O texto não diz nada sobre vingança. Se olharem no dicionário o termo “visitar”, em um de seus significados, significa “fiscalizar”, ou seja, Deus “fica de olho” nos filhos daqueles que deixam de O adorar. Vejam que o contexto é de Deus falando sobre a adoração a falsos deuses e que isto é uma das coisas que mais O aborrece. Deus não está punindo aos filhos pelos erros dos pais, mas também não interfere nas consequências de seus atos. Vamos citar como exemplos que: 1. em um casal de fumantes há uma grande possibilidade de que seus filhos apresentem problemas de saúde; 2. quando os pais bebem há uma grande tendência dos filhos também beberem. Já ouviram com certeza a expressão “tal pai, tal filho” ou “filho de peixe, peixinho é”, não é? Pois bem, é isso que ocorre. Mas Deus também pode interferir a favor daqueles que o buscam, assim, em uma família onde os mais velhos tem graves problemas de visão, pudemos ter duas filhas sem problema de vista. Em famílias onde a hereditariedade é uma questão certa, vemos Deus agindo e interferindo em favor de nossos filhos.
Para encerrar, certos de que o entendimento sobre estes textos serem contraditórios foi desfeito, quero pedir-lhes que vejam mais atentamente as consequências de seus atos. Quando você peca não está trazendo consequências apenas para você, mas também para outras pessoas. Quando um casal se separa os filhos também sofrem as consequências (em vários casos até mais que o casal). Quando você usa drogas a família e a sociedade sofrem as consequências. Quando você infringe as leis de Deus haverá castigos para você, mas as consequências atingirão também à outras pessoas.

Acaso, tenho eu prazer na morte do perverso? —diz o SENHOR Deus; não desejo eu, antes, que ele se converta dos seus caminhos e viva?” (Ez 18:23).

DEUS OS ABENÇOE GRANDEMENTE!

Ozires de Beserra da Silva
Técnico em Informática, Licenciado em Matemática e Servo do Deus Altíssimo.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

« Contradições nas Escrituras Sagradas? » (18 de novembro de 2016)

- Deus mandou os judeus fazerem sacrifícios quando foram libertos do Egito?

Continuando sobre as contradições apontadas, na sequência que estão escritas, vamos ver o que foi dito sobre a Deus ter, ou não, mandado os judeus fazerem sacrifícios:
“Deus fala a respeito de sacrifícios com os filhos de Israel libertos do egito (Levítico 1:1-9) [Chamou o SENHOR a Moisés e, da tenda da congregação, lhe disse: Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando algum de vós trouxer oferta ao SENHOR, trareis a vossa oferta de gado, de rebanho ou de gado miúdo. Se a sua oferta for holocausto de gado, trará macho sem defeito; à porta da tenda da congregação o trará, para que o homem seja aceito perante o SENHOR. E porá a mão sobre a cabeça do holocausto, para que seja aceito a favor dele, para a sua expiação. Depois, imolará o novilho perante o SENHOR; e os filhos de Arão, os sacerdotes, apresentarão o sangue e o aspergirão ao redor sobre o altar que está diante da porta da tenda da congregação. Então, ele esfolará o holocausto e o cortará em seus pedaços. E os filhos de Arão, o sacerdote, porão fogo sobre o altar e porão em ordem lenha sobre o fogo. Também os filhos de Arão, os sacerdotes, colocarão em ordem os pedaços, a saber, a cabeça e o redenho, sobre a lenha que está no fogo sobre o altar. Porém as entranhas e as pernas, o sacerdote as lavará com água; e queimará tudo isso sobre o altar; é holocausto, oferta queimada, de aroma agradável ao SENHOR.]”.
“Deus nega que houvesse dito algo sobre sacrifícios naquela ocasião (Jeremias 7:22). [Porque nada falei a vossos pais, no dia em que os tirei da terra do Egito, nem lhes ordenei coisa alguma acerca de holocaustos ou sacrifícios.]”.

Obs.: O texto entre as aspas foi transcrito conforme escrito e o texto entre colchetes eu incluí, sendo, estes, os textos referentes aos versículos citados como defesa de sua tese.

O que digo? Para explicarmos essa aparente contradição procuramos fazer uma breve análise do que mudou na prática em questão depois do que foi exposto por Jeremias. Busquei algumas informações na Bíblia e fora dela e a resposta foi: nada. Os judeus continuaram fazendo sacrifícios até o ano 70, quando da destruição do templo, ou seja, por 650 anos após Jeremias, e, segundo informações do site GospelPrime, em matéria disponibilizada neste link, eles voltaram a fazê-los neste ano. Então qual o motivo deles terem continuado com o mesmo ritual mesmo após o que Jeremias escreveu? Foi porque eles entenderam que Jeremias não estava “desmanchando” o que havia sido dito por Moisés, isto é, Jeremias não estava contradizendo a Moisés.
Então o que Jeremias estava dizendo? Para entendermos isso precisamos olhar para o contexto. Vejamos o que está escrito em Jeremias 7:8-9: “Eis que vós confiais em palavras falsas, que para nada vos aproveitam. Que é isso? Furtais e matais, cometeis adultério e jurais falsamente, queimais incenso a Baal e andais após outros deuses que não conheceis”. O cenário na época é muito parecido com o que havia nos tempos de Oséias, Miqueias, João Batista, Jesus, Paulo e hoje. As pessoas cometem erros deliberadamente, desobedecendo os mandamentos de Deus (não estou aqui querendo dizer que estes são as leis do antigo testamento para nossos dias atuais), e realizando “rituais” achando que assim serão salvos. Vejam quantas coisas contrarias aos mandamentos de Deus eram feitos no texto que foi citado agora a pouco. As pessoas estavam furtando, roubando, adulterando, jurando falsamente (ou mentindo), acendendo velas para santos (ou para outros deuses) e procurando outros deuses (ou algum ensinamento, ou algo que não seja o verdadeiro Deus) para adorar. Igualmente se é praticado hoje. E faziam isso tudo sabendo o que estavam fazendo. Faziam porque queriam fazer. Depois realizavam sacrifícios (ou se confessam a homens, ou pagam penitências, ou compram perdão ou as bênçãos de Deus), para ter seus pecados perdoados e achavam que assim estariam salvos. Vejam que com João Batista as pessoas vinham ser por ele batizadas para terem seus pecados perdoados, e João lhes disse: “Raça de víboras, quem vos induziu a fugir da ira vindoura?” (Mt. 3:7b). É evidente que tais atos eram maus diante de Deus. Seus sacrifícios eram inúteis e não serviam para coisa alguma. Seus estados não mudavam porquê seus corações não mudavam. Não havia arrependimento sincero e verdadeiro.
Podemos ver nas Escrituras que o princípio de tudo é a obediência. Deus disse a Adão para não comer da árvore do conhecimento e a desobediência era a morte (Gn. 2:16-17). Deus disse ao povo que libertou do Egito que se eles obedecessem suas palavras seriam o povo de Deus e faria aliança com eles (Ex. 19:5 [é a este momento que o texto de Jeremias faz menção], Lv. 26:3, Dt. 11:13), e a desobediência anularia esta aliança (Dt. 31:16, 20-21, Jr. 31:32). Deus enviou Jesus para estabelecer uma nova aliança (Mt. 26:28) que também é baseada na obediência (I Co. 11:29, 31-32; I Pe. 1:2, 14, 22) e a desobediência é a morte (ou condenação) eterna (Ap. 20:14-15; 21:8; 22:15). Em Hebreus 10:26-27 vemos que quando pecamos indiscriminadamente, nossa situação enquanto tal, é de “certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir”. Não há perdão. Então não importa o que você está fazendo, enquanto não se arrepender e deixar os pecados, não haverá salvação para você.
E quanto aos sacrifícios? Os sacrifícios eram para duas finalidades. Uma para adoração (Gn. 8:20, Gn. 12:7-8, Gn. 13:18, Gn. 26:25, Gn. 33:20, Gn. 35:7, Ex. 17:15, Ex. 20:24) e para perdão de pecados (Ex. 29:36; 30:10; Lv. 4 a 7). Os da segunda finalidade são os realizados e condenados por Jeremias na ocasião do texto que deu origem a esta postagem; foram condenados porque estavam sendo utilizados de forma equivocada. As pessoas distorceram as palavras de Deus.
Porque eles foram instituídos por Deus? O Homem, após Adão, tem a tendência de errar (Rm. 7:19) e este não é o desejo de Deus. Então Ele instituiu algumas formas que valeram em algumas épocas para que o homem pudesse se manter em paz de espírito e em comunhão com Ele. Todas estas formas tinham por base a fé e a obediência aos mandamentos de Deus. No entanto o homem (que é mau) tem o prazer de desobedecer (conscientemente e por vontade própria) e quer “enganar” a Deus achando que se utilizando das formas instituídas por Ele seus erros terão que ser perdoados. Vejam, principalmente nos textos de Levíticos, que no início de cada ordenança tem a palavra “ignorância” e apenas no capitulo 7 que tem a palavra “culpa”. Vejam que em nosso dicionário o significado de culpa é: “Ato ou omissão repreensível ou criminosa; falta voluntária, delito, crime” (Dicio – Dicionário Online de Português, acessado em: 18 de novembro de 2016 e disponível em: https://www.dicio.com.br/culpa/) e em todo o restante do livro de Levíticos faz menção de quais os pecados que são considerados como de culpa, além de que, se tomarmos por base nossa justiça atual, os crimes são divididos em “culposos” e “dolosos”, onde os “culposos” é quando o réu comete um crime grave devido a circunstância e não por que ele planejou fazê-lo. O mesmo princípio vale para a lei de Deus. Levíticos menciona também o que é necessário para o ritual, o que posso lhes adiantar que era de um custo financeiro elevado (fazemos um paralelo aos dias de hoje, onde só dói nas pessoas quando se acerta o bolso) e alguns dos pecados cometidos não havia sacrifício aceitável (vide exemplo em Nm. 35:31). Quando Jesus veio, e este perdoava os pecados de alguém, ele dizia: “não peques mais” (Jo. 8:11).
Então a que conclusão chegamos? A mesma de I Samuel 15:22: “Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar”; de Deuteronômio 10:12-13: “Agora, pois, ó Israel, que é que o SENHOR requer de ti? Não é que temas o SENHOR, teu Deus, e andes em todos os seus caminhos, e o ames, e sirvas ao SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração e de toda a tua alma, para guardares os mandamentos do SENHOR e os seus estatutos que hoje te ordeno, para o teu bem”; de Oseias 6:6: “Pois misericórdia quero, e não sacrifício, e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos.”; de Miqueias 6:6-8: “Com que me apresentarei ao SENHOR e me inclinarei ante o Deus excelso? Virei perante ele com holocaustos, com bezerros de um ano? Agradar-se-á o SENHOR de milhares de carneiros, de dez mil ribeiros de azeite? Darei o meu primogênito pela minha transgressão, o fruto do meu corpo, pelo pecado da minha alma? Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o SENHOR pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus.”; de Salmos 40:6: “Sacrifícios e ofertas não quiseste; abriste os meus ouvidos; holocaustos e ofertas pelo pecado não requeres.”; e de Sl. 51:17, Mt. 9:13 e 12:7, Lc. 6:46-47 e Hb. 10:5-10. Entendam que se os judeus não pecassem não lhes era requerido sacrifício pelos pecados e é isto que Deus quer: que não pequemos.
Portanto não adianta sacrifícios feitos por você ou por outrem (dizendo que está a sacrificar-se por você), não adiantam rituais e orações e nem todo o dinheiro ou bens do mundo, pois estes não poderão restabelecer sua comunhão com Deus. Se você não procurar obedecer a Seus mandamentos nada que você faça irá agradá-Lo. Certamente que erraremos, mas não podemos pecar voluntariamente. Nas palavras de Paulo: “Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?” (Rm 6:2) e, como afirma João, “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo;” (1Jo 2:1).

Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti.” (Sl 119:11).
DEUS OS ABENÇOE GRANDEMENTE!
Ozires de Beserra da Silva
Técnico em Informática, Licenciado em Matemática e Servo do Deus Altíssimo.

terça-feira, 8 de novembro de 2016

« Contradições nas Escrituras Sagradas? » (08 de novembro de 2016)

- A terra vai durar para sempre ou não?

Continuando sobre as contradições apontadas, na sequência que estão escritas, vamos ver o que foi dito sobre a terra ser ou não destruída:
“A terra vai durar para sempre (Salmos 104:5) (Eclesiastes 1:4). [Lançaste os fundamentos da terra, para que ela não vacile em tempo nenhum] [Geração vai e geração vem; mas a terra permanece para sempre.]”.
“A terra perecerá (II Pedro 3:10) (Hebreus 1:10-11). [Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas.] [Ainda: No princípio, Senhor, lançaste os fundamentos da terra, e os céus são obra das tuas mãos; eles perecerão; tu, porém, permaneces; sim, todos eles envelhecerão qual veste;]”.

Obs.: O texto entre as aspas foi transcrito conforme escrito e o texto entre colchetes eu incluí, sendo, estes, os textos referentes aos versículos citados como defesa de sua tese.

O que digo? Nosso amigo convenientemente não mencionou o restante do texto de Hebreus. Vamos a ele: “também, qual manto, os enrolarás, e, como vestes, serão igualmente mudados; tu, porém, és o mesmo, e os teus anos jamais terão fim.” (Hb 1:12). Veja que o texto diz que eles pereceram e serão mudados, não que serão destruídos. Para não nos alongarmos nisso vejamos o final de tudo: “Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.” (Ap 21:1). É claro que este “novo céu e nova terra” não é um novo planeta terra, mas sim um ecossistema diferente, já que este que conhecemos está sendo tão danificado que a solução é que seja consumido (quando da 2ª vinda de Cristo) e reestruturado. Acredito não ser necessário mencionar o quanto e quais os pontos em que a humanidade tem prejudicado o meio-ambiente. Além disso o termo “para sempre” usado em Salmos não significa que é algo infindável. Quando vemos namorados dizendo: “Te amarei para sempre”, é claro que estas pessoas não estão dizendo que não morrerão jamais e ninguém acha que isso irá acontecer. Podemos ver na Bíblia outros exemplos disso em: Gn. 43:8-9; Ex. 21:5-6; Dt. 15:16-17; I Sm 1:22; I Sm. 13:13; I Sm. 27:12; I Sm. 28:2; II Sm. 19:13; I Rs. 1:31; I Rs. 12:7; II Cr. 10:7; Ne. 2:3; Jó 7:16; Jó 41:4; Pv. 12:19; Pv. 29:14; Is. 32:14; Is. 34:10, 17; Is. 47:7.
Fiquem na paz do Nosso Senhor Jesus Cristo.

​Oh! Tributai louvores ao Deus dos céus, porque a sua misericórdia dura para sempre..” (Sl 136:26).
DEUS OS ABENÇOE GRANDEMENTE!
Ozires de Beserra da Silva
Técnico em Informática, Licenciado em Matemática e Servo do Deus Altíssimo.

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

« Contradições nas Escrituras Sagradas? » (28 de outubro de 2016)

- Erro em lista?

Continuando sobre as contradições apontadas, na sequência que estão escritas, vamos ver o que foi dito sobre lista de nomes divergentes:
“São citados os nomes de 10 pessoas que vieram com Zorobabel (Esdras 2:2a). [os quais vieram com Zorobabel, Jesua, Neemias, Seraías, Reelaías, Mordecai, Bilsã, Mispar, Bigvai, Reum e Baaná.]”.
“São citados os nomes de 11 pessoas que vieram com Zorobabel (Neemias 7:7a). [os quais vieram com Zorobabel, Jesua, Neemias, Azarias, Raamias, Naamani, Mordecai, Bilsã, Misperete, Bigvai, Neum e Baaná.]”.


(Esdras 2:3 & Neemias 7:8) Estas passagens pretendem mostrar a quantidade de pessoas que voltaram do cativeiro babilônico. Compare o número para cada família: 14 deles discordam. [Ed 2:3 - os filhos de Parós, dois mil cento e setenta e dois.] & [Ne 7:8 - foram os filhos de Parós, dois mil cento e setenta e dois.]

Obs.: O texto entre as aspas foi transcrito conforme escrito e o texto entre colchetes eu incluí, sendo, estes, os textos referentes aos versículos citados como defesa de sua tese.

O que digo? Este é mais um ponto onde o que prevalece é o tempo e posição de cada escritor. Vejam que os dois estão realmente falando do mesmo evento e, conforme pode ser conferido em Esdras 2:64 e Neemias 7:66, os dois escritores concordam na quantidade de pessoas que vieram com Zorobabel para Jerusalém, e percebam que foram bem mais que 10 ou 11. A lista inicial é apenas um destaque daqueles que para os escritores foram mais importantes ou mais conhecidos. Vejam que enquanto o escritor do livro de Neemias dá destaque para a família citando, por exemplo, Azarias, o escritor do livro de Esdras dá destaque a pessoa que ele acreditou ter “participação” mais ativa, citando o filho de Azarias, Seraías. Aparentemente a uma grande diferença de idade entre os dois escritores já que um parece conhecer melhor os mais idosos, os dando destaque, enquanto o outro dá destaque aos mais jovens. É possível que o escritor do livro de Esdras não chegou a conhecer bem o Naamani, e por isso não o citou. Isso não quer dizer que ele não estivesse presente, apenas não o foi dado destaque por um dos escritores, sendo ele contado juntamente com os outros 42.350. O fato de ser citado no livro de Neemias talvez esteja ligado ao significado de seu nome: misericordioso, compassivo. O escritor deste livro o conhecia, conhecia suas ações e fez questão de lhe dar um lugar de honra. Que isto nos seja por lição: darmos valor devido àqueles que agem compassivamente, pois todos devíamos agir assim, como escreveu o Apóstolo Paulo, em sua carta aos Efésios 4:32: “Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou”.

P.S.: Fiz um acréscimo do outro ponto nesta mesma postagem porque a explicação para o texto é a mesma. Se os números em “14 famílias” fossem diferentes então o total não seria igual, mas isso não ocorre, como explicado acima.

Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.” (Mt 5:7).
DEUS OS ABENÇOE GRANDEMENTE!
Ozires de Beserra da Silva
Técnico em Informática, Licenciado em Matemática e Servo do Deus Altíssimo.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

« Contradições nas Escrituras Sagradas? » (21 de outubro de 2016)

- Mais erros numéricos?

Continuando sobre as contradições apontadas, na sequência que estão escritas, vamos ver o que foi dito sobre outros erros numéricos:
“Foram levados 5 homens dentre os mais íntimos do rei (II Reis 25:19-20). [e da cidade tomou um oficial que tinha a seu cargo os homens de guerra, e cinco homens dos conselheiros do rei, que estavam na cidade, o principal escriba do exército, que registrava o povo da terra, e sessenta homens do povo da terra, que estavam na cidade. Tomando-os Nebuzaradã, capitão da guarda, levou-os a Ribla, ao rei da Babilônia.]” (Versão Reina-Valera em Português - RVP).
“Foram levados 7 homens dentre os mais íntimos do rei (Jeremias 52:25-26). [E da cidade tomou um oficial que era capitão dos homens de guerra, sete homens dos conselheiros íntimos do rei que foram encontrados na cidade, e o principal secretário do exército, encarregado do alistamento do povo da terra para a guerra, e sessenta homens do povo que se acharam dentro da cidade. Tomando-os Nebuzaradã, o capitão da guarda, levou-os ao rei da Babilônia, a Ribla.]” (Versão RVP).

Obs.: O texto entre as aspas foi transcrito conforme escrito e o texto entre colchetes eu incluí, sendo, estes, os textos referentes aos versículos citados como defesa de sua tese.

O que digo? Primeiro quero explicar o motivo de ficar mudando as versões bíblicas; procuro sempre, nas 30 versões que tenho, a versão que tem o texto que Nosso Amigo possa ter usado quando apontou essas “contradições”. Algumas vezes, como agora, o texto (ou ao menos um deles) parecem ligeiramente diferentes da versão que ele utilizou. Isto não interfere no entendimento do texto e é claro que este número de 30 versões não é o número exato, mas sim um número aproximado baseado em uma contagem mental rápida. Os sessenta citados nos textos também tem essa característica. É um número próximo baseado em uma contagem rápida da lembrança dos escritores. Este recurso é muito comum sempre que estamos relatando algum acontecimento de tempos atrás e vemos a necessidade de dar um número aos ouvintes (ou leitores) para melhor entendimento. Isto é importante para sabermos o motivo destes textos não estarem em contradição.
Vejam que nos dois textos tanto os conselheiros como o povo ainda estavam na cidade. Não estavam separados ou em locais especiais. Então porque um escritor disse que, dos “mais ou menos” setenta, cinco eram conselheiros próximos do rei e o outro escritor disse que estes eram sete? Ambos fizeram relatos de suas memórias baseados naquilo que lhes fora revelado, ou seja, que era de conhecimento deles. Intimidade é algo que se conquista com o tempo. Então podemos dizer que os dois escritores estiveram por algum tempo ou estiveram algumas vezes na presença do rei, o que lhes levou a tirar esta conclusão que alguns dos conselheiros eram mais íntimos do rei que os demais. Como escritor do seu próprio livro, o profeta Jeremias teve a impressão que sete dos conselheiros pareciam mais íntimos. Para o livro de Reis temos duas opções: 1. O escritor era um sacerdote; e 2. Era um escriba do rei. Seja qual for a situação, em cada uma a contradição inexiste e cada uma delas nos traz uma lição diferente e importante.
1. Se o escritor de Reis foi um sacerdote então os escritos nos traz a lição de que dois dos conselheiros não se interessavam por assuntos do templo. Ou seja, Jeremias, profeta de Deus, vinha a presença do rei para falar daquilo que Deus lhe orientava. Para estes assuntos sete dos conselheiros pareciam íntimos do rei e estavam interessados no assunto. Mas quando o levita vinha ao rei para fala-lhe de assuntos do templo de Deus dois deles não pareciam íntimos do rei, ou seja, não se interessavam pelos assuntos do templo. Isto ocorre com você? Você se interessa pelos assuntos de Deus, mas a casa de Deus (a igreja) não lhe é interessante? Saiba que uma coisa não pode estar desligada da outra, pois o templo é um lugar de adoração a Deus e “onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mt 18:20). Então, se você se interessa pelos assuntos de Deus e não se interessa pela Igreja de Deus, então alguma coisa há de errado, e não é só uma mera contradição, é algo muito mais sério. Tenha prazer em dizer como o salmista: “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do SENHOR” (Sl 122:1). Lembrem-se que Cristo “comprou” sua igreja com seu próprio sangue (At. 20:28b), entregando-se a si mesmo por ela (Ef. 5:25).
2. Se o escritor do livro de Reis foi um escriba do rei, então a lição que os textos nos traz é a de uma vida de aparência. O escriba do rei por estar muito tempo na presença do rei o conhecia muito bem. Então dois destes conselheiros que, para Jeremias, aparentavam ser íntimos do rei, na verdade não o eram. Faziam o possível para parecerem íntimos do rei sempre que este recebia visitas, aqui a do profeta de Deus. É claro que muitas pessoas hoje vivem de aparências, principalmente nas igrejas. No entanto quero lhes lembrar que o Senhor sonda os corações (I Sm 16:7, Jó 31:6, Sl 7:9, Sl 26:2, Sl 139, Jr 17:10, Rm 8:27a). Assim, se você vive “parecendo” ser, saiba que podes até enganar seus amigos e a você mesmo, mas não conseguirá enganar a Deus. Portanto reveja sua vida. Escolha viver verdadeiramente. Arrependa-se e viva de forma digna do Evangelho de Cristo.
Certos do vosso entendimento sobre estes textos, tendo respondido mais esta aparente contradição, encerramos mais esta postagem.

porventura, não o teria atinado Deus, ele, que conhece os segredos dos corações?” (Sl 44:21).
DEUS OS ABENÇOE GRANDEMENTE!
Ozires de Beserra da Silva

Técnico em Informática, Licenciado em Matemática e Servo do Deus Altíssimo.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

« Contradições nas Escrituras Sagradas? » (11 de outubro de 2016)

- Onde o rei Josias morreu?

Continuando sobre as contradições apontadas, na sequência que estão escritas, vamos ver o que foi dito sobre o lugar onde o rei Josias foi morto:
“Rei Josias foi morto em Magedo. Seus servos o levam morto para Jerusalém (II Reis 23:29-30). [Durante o seu reinado, o faraó Necao, rei do Egito, subiu contra o rei da Assíria, na direção do Eufrates. O rei Josias saiu-lhe ao encontro, mas foi morto pelo faraó em Magedo, logo no primeiro combate. Seus servos transportaram seu cadáver num carro, de Magedo a Jerusalém, e sepultaram-no em seu sepulcro. O povo elegeu então Joacaz, filho de Josias, que foi ungido e aclamado rei em lugar de seu pai]” (Versão BAM).
“Rei Josias foi ferido em Magedo e pediu para seus servos o levarem para Jerusalém, onde veio a falecer (II Reis 23:29-30). [II Crônicas 35:23-24 (referência certa) - Arqueiros dispararam contra o rei Josias. Então o rei disse à sua gente: Levai-me; estou gravemente ferido. Seus homens tiraram-no do carro, colocaram-no em outro carro que havia lá, e o levaram para Jerusalém, onde morreu. Foi sepultado no sepulcro de seus pais. Josias foi pranteado por todos os habitantes de Judá e de Jerusalém]” (Versão BAM).

Obs.: O texto entre as aspas foi transcrito conforme escrito e o texto entre colchetes eu incluí, sendo, estes, os textos referentes aos versículos citados como defesa de sua tese.

O que digo? Para resolver esta aparente contradição vamos recorrer a uma estória (quase uma parábola) mais atualizada e que pode nos ajudar a esclarecer o assunto: Na guerra do Vietnã, um pelotão norte-americano foi atacado de surpresa e o capitão do grupo ficou mortalmente ferido. Os saldados conseguiram escapar e levar consigo o capitão quase morto. Chegando ao acampamento o levaram direto para a tenda médica. Lá chegando e sendo avaliado pelos médicos, foi solicitada sua transferência urgente para um hospital nos Estados Unidos da América (EUA). Um helicóptero foi logo disponibilizado e a remoção foi feita na maior rapidez possível. No entanto, ao chegar ao espaço aéreo americano, o capitão veio a falecer. Os soldados disseram que o capitão morreu ao chegar nos EUA. A família do capitão, no entanto, diz que ele morreu no Vietnã. Algum dos dois está errado? Tecnicamente sim, mas conceitualmente não.
Isto é o que ocorre nestas duas passagens. Vejam que no texto de II Crônicas há a informação dada pelo Rei: “estou gravemente ferido”. A distância entre o Vale de Megido e Jerusalém é de aproximadamente 100 km, o que “justificaria” sua morte no trajeto. Aqui farei uma inferência ao texto apenas para posicionar qual a perspectiva de cada autor. No primeiro texto, do livro de Reis, o autor está em Jerusalém vendo o rei chegar morto, trazido em um carro por seus soldados e toma conhecimento de que ele foi atingido “logo no primeiro combate” (seria a família do nosso exemplo supra). No segundo texto o autor estava presente (ou fazia parte do exército) e assim teve informações mais detalhadas dos acontecimentos. Assim, conceitualmente, não há contradição entre os dois textos.
Certos do vosso entendimento encerramos mais esta postagem sobre as aparentes contradições nas Escrituras Sagradas.

Torre forte é o nome do SENHOR, à qual o justo se acolhe e está seguro” (Prov. 18:10).
DEUS OS ABENÇOE GRANDEMENTE!
Ozires de Beserra da Silva

Técnico em Informática, Licenciado em Matemática e Servo do Deus Altíssimo.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

« Contradições nas Escrituras Sagradas? » (06 de outubro de 2016)

- Quanto custou o terreno que Davi comprou do jebuseu?

Continuando sobre as contradições apontadas, na sequência que estão escritas, vamos ver o que foi dito sobre um terreno que Davi comprou de um jebuseu:
“Davi pagou 50 siclos de prata por gados e pelo terreno (II Samuel 24:24). [Não assim, disse o rei; mas pagar-te-ei o seu justo valor. Não oferecerei ao Senhor, meu Deus, holocaustos que não me tenham custado nada. E Davi comprou a eira e os bois por cinqüenta siclos de prata]” (Versão BAM – Bíblia da Ave Maria).
“Davi pagou 600 siclos de ouro pelo mesmo terreno (I Crônicas 21:25). [Davi deu a Ornã um peso de seiscentos siclos de ouro pelo terreno]” (Versão BAM).

Obs.: O texto entre as aspas foi transcrito conforme escrito e o texto entre colchetes eu incluí, sendo, estes, os textos referentes aos versículos citados como defesa de sua tese.

O que digo? Primeiramente vamos esclarecer uma variação nas diferentes traduções da Bíblia. Em algumas versões será encontrado descrito, no texto de Crônicas, como 6 kg de ouro, em outras 7 kg, aproximadamente 7 kg, ou um pouco mais de 7 kg. Essas variações ocorrem devido ao tradutor procurar dar uma ideia mais “atualizada” do valor pago. Assim um considerou que 1 siclo = 10 gramas; outro que 1 siclo = 11 gramas; ou 11,3 g, 11,4 g ou, ainda, 11,47 g (se precisarem de uma tabela de pesos e medidas utilizem a deste endereço http://www.pesquisabiblica.org/pesos_medidas_18/pesos_medidas_18_a.htm). Apesar de não haver um consenso quanto ao peso de um siclo a informação nos dá uma boa ideia do montante.
Agora vamos tentar explicar o motivo desses dois textos não serem contraditórios. Para isso quero lhes dar uma informação: adquiri um imóvel por R$ 8 mil. Como você receberia essa informação? Na certa essa informação não diz muita coisa, certo? E se eu dissesse que esse imóvel é uma casa? Acredito que a maioria me chamaria, no mínimo, de mentiroso, mesmo esta sendo uma informação verdadeira, e levantaria outras muitas dúvidas que necessitariam de explicações. E se eu dissesse que este imóvel tem o valor de R$ 92 mil? Agora não sou mais mentiroso, não é mesmo? rsrsrsrsrs. Agora já dá para se ter uma ideia até mesmo do tamanho da casa, não é? Explicando a diferença entre os dois valores: o primeiro valor foi na data da compra, a uns 15 anos; e o segundo seria o seu valor atualizado, baseado no valor do m² de área construída na mesma região.
Isto é o que acontece entre estes dois textos. O escritor de Crônicas fez uma atualização do valor do terreno para passar uma melhor ideia do tamanho do terreno adquirido por Davi. Se ele tivesse utilizado o valor histórico alguns poderiam pensar que Davi comprou apenas um quadradinho, suficiente para colocar o altar e para que não fosse entendido assim teria que fazer uma serie de explicações que tirariam totalmente o sentido do que se estava transmitindo.
Se alguém fosse escrever essa informação em 1975, baseado no valor do ouro e atualizado para nossa moeda, poderia escrever que foi pago no terreno R$ 120 mil; e se fosse escrever hoje diria que o valor foi de R$ 786 mil (essas informações do valor do ouro foram retiradas do site http://www.igolder.com). Se quisermos ter uma ideia do valor na época da compra podemos pegar o valor da prata hoje, que está em torno de R$ 1,87/g. 50 siclos seria então aproximadamente 0,5 kg o que daria um valor próximo de R$ 1 mil. Alguém pode achar que a disparidade de valor é muito grande, mas lembrem que se passaram ± 500 anos entre os dois escritos. Vejam que em nosso “exemplo” um imóvel aumentou praticamente 12x seu valor em 15 anos. Se fosse aplicado a mesma taxa no valor inicial de R$ 1 mil o valor hoje seria algo em torno de R$ 400 mil (que é um valor intermediário entre os valores em ouro atualizados). Se levarmos em conta que alguns outros fatores podem fazer com que esta taxa varie, podemos chegar a taxas muito superiores. Esta última informação foi apenas para que vejam que não há nenhum absurdo e muito menos contradição entre as duas informações.
Certos que mais esta aparente contradição das Escrituras Sagradas foi esclarecida os convido a continuar acompanhando as próximas postagens.

“O SENHOR é a minha rocha, a minha cidadela, o meu libertador; o meu Deus, o meu rochedo em que me refugio; o meu escudo, a força da minha salvação, o meu baluarte”. (Sl 18:2)
DEUS OS ABENÇOE GRANDEMENTE!
Ozires de Beserra da Silva

Técnico em Informática, Licenciado em Matemática e Servo do Deus Altíssimo.