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Mais erros numéricos?
Continuando sobre as contradições apontadas, na
sequência que estão escritas, vamos ver o que foi dito sobre outros erros
numéricos:
“Foram levados 5 homens dentre os mais íntimos do
rei (II Reis 25:19-20). [e da cidade
tomou um oficial que tinha a seu cargo os homens de guerra, e cinco homens dos
conselheiros do rei, que estavam na cidade, o principal escriba do exército,
que registrava o povo da terra, e sessenta homens do povo da terra, que estavam
na cidade. Tomando-os Nebuzaradã, capitão da guarda, levou-os a Ribla, ao rei
da Babilônia.]”
(Versão Reina-Valera em Português - RVP).
“Foram levados 7 homens dentre os mais íntimos do rei (Jeremias 52:25-26).
[E da cidade tomou um oficial que era
capitão dos homens de guerra, sete homens dos conselheiros íntimos do rei que
foram encontrados na cidade, e o principal secretário do exército, encarregado
do alistamento do povo da terra para a guerra, e sessenta homens do povo que se
acharam dentro da cidade. Tomando-os Nebuzaradã, o capitão da guarda, levou-os
ao rei da Babilônia, a Ribla.]” (Versão RVP).
Obs.: O texto entre as aspas foi transcrito conforme escrito e o
texto entre colchetes eu incluí, sendo, estes, os textos referentes aos
versículos citados como defesa de sua tese.
O que digo? Primeiro quero explicar o motivo de ficar mudando as
versões bíblicas; procuro sempre, nas 30 versões que tenho, a versão que tem o
texto que Nosso Amigo possa ter usado quando apontou essas “contradições”.
Algumas vezes, como agora, o texto (ou ao menos um deles) parecem ligeiramente
diferentes da versão que ele utilizou. Isto não interfere no entendimento do
texto e é claro que este número de 30 versões não é o número exato, mas sim um
número aproximado baseado em uma contagem mental rápida. Os sessenta citados
nos textos também tem essa característica. É um número próximo baseado em uma
contagem rápida da lembrança dos escritores. Este recurso é muito comum sempre
que estamos relatando algum acontecimento de tempos atrás e vemos a necessidade
de dar um número aos ouvintes (ou leitores) para melhor entendimento. Isto é
importante para sabermos o motivo destes textos não estarem em contradição.
Vejam que nos dois textos tanto os conselheiros como o povo ainda
estavam na cidade. Não estavam separados ou em locais especiais. Então porque
um escritor disse que, dos “mais ou menos” setenta, cinco eram conselheiros próximos
do rei e o outro escritor disse que estes eram sete? Ambos fizeram relatos de
suas memórias baseados naquilo que lhes fora revelado, ou seja, que era de
conhecimento deles. Intimidade é algo que se conquista com o tempo. Então
podemos dizer que os dois escritores estiveram por algum tempo ou estiveram
algumas vezes na presença do rei, o que lhes levou a tirar esta conclusão que
alguns dos conselheiros eram mais íntimos do rei que os demais. Como escritor
do seu próprio livro, o profeta Jeremias teve a impressão que sete dos
conselheiros pareciam mais íntimos. Para o livro de Reis temos duas opções: 1. O
escritor era um sacerdote; e 2. Era um escriba do rei. Seja qual for a
situação, em cada uma a contradição inexiste e cada uma delas nos traz uma
lição diferente e importante.
1. Se o escritor de Reis foi um sacerdote então os escritos nos
traz a lição de que dois dos conselheiros não se interessavam por assuntos do
templo. Ou seja, Jeremias, profeta de Deus, vinha a presença do rei para falar
daquilo que Deus lhe orientava. Para estes assuntos sete dos conselheiros
pareciam íntimos do rei e estavam interessados no assunto. Mas quando o levita
vinha ao rei para fala-lhe de assuntos do templo de Deus dois deles não
pareciam íntimos do rei, ou seja, não se interessavam pelos assuntos do templo.
Isto ocorre com você? Você se interessa pelos assuntos de Deus, mas a casa de
Deus (a igreja) não lhe é interessante? Saiba que uma coisa não pode estar
desligada da outra, pois o templo é um lugar de adoração a Deus e “onde
estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no
meio deles” (Mt 18:20). Então, se você se interessa pelos assuntos de Deus e
não se interessa pela Igreja de Deus, então alguma coisa há de errado, e não é
só uma mera contradição, é algo muito mais sério. Tenha prazer em dizer como o
salmista: “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à
Casa do SENHOR” (Sl 122:1). Lembrem-se que Cristo “comprou” sua igreja com seu
próprio sangue (At. 20:28b), entregando-se a si mesmo por ela (Ef. 5:25).
2. Se o escritor do livro de Reis foi um escriba do rei, então a
lição que os textos nos traz é a de uma vida de aparência. O escriba do rei por
estar muito tempo na presença do rei o conhecia muito bem. Então dois destes
conselheiros que, para Jeremias, aparentavam ser íntimos do rei, na verdade não
o eram. Faziam o possível para parecerem íntimos do rei sempre que este recebia
visitas, aqui a do profeta de Deus. É claro que muitas pessoas hoje vivem de
aparências, principalmente nas igrejas. No entanto quero lhes lembrar que o
Senhor sonda os corações (I Sm 16:7, Jó 31:6, Sl 7:9, Sl 26:2, Sl 139, Jr 17:10,
Rm 8:27a). Assim, se você vive “parecendo” ser, saiba que podes até enganar
seus amigos e a você mesmo, mas não conseguirá enganar a Deus. Portanto reveja
sua vida. Escolha viver verdadeiramente. Arrependa-se e viva de forma digna do Evangelho
de Cristo.
Certos do vosso entendimento sobre estes textos, tendo respondido
mais esta aparente contradição, encerramos mais esta postagem.
“porventura, não
o teria atinado Deus, ele, que conhece os segredos dos corações?” (Sl 44:21).
DEUS OS ABENÇOE GRANDEMENTE!
Ozires de Beserra da Silva
Técnico em Informática, Licenciado
em Matemática e Servo do Deus Altíssimo.
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