quarta-feira, 4 de novembro de 2020

⏳ Não é plausível ⌛

 » Out of Series (04 de novembro de 2020)

Esta postagem é uma resposta para quem escreveu a frase “Crer em um Deus Todo Poderoso não é plausível” ou para quem crê no mesmo sem ter ao menos refletido sobre suas crenças e costumes. Segundo o Dicionário Houaiss ser plausível é o que se pode admitir, aceitar; o que é razoável.

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Então vamos discorrer um pouco sobre crenças e ideias que acabam virando costume buscando traçar oposição entre elas, mas dentro do mesmo tópico.

1. Alguns acham não ser plausível que um Deus Topo Poderoso tenha formado o universo pelo poder de sua vontade, por sua vontade e para sua vontade; eu não acho plausível é que o universo tenha surgido do nada, por nada e para nada.

2. Alguns acham não ser plausível que haja um Deus que arquitetou todo o universo tornando-o tão belo, tão complexo e prescrito as leis que deve respeitar; eu não acho plausível é que tão grandiosa beleza, tanta complexidade e que alguma lei seja resultado de uma série infindável de eventos aleatórios.

3. Alguns não acham plausível que um Deus possa ter criado todas as formas de vida existentes e ter feito do homem sua imagem, símbolo de Sua existência; eu não acho plausível é que organismos simples, que sem motivo algum, tenham se tornado complexos e se transformado em uma diversidade de espécimes sem ter deixado evidências de suas modificações e que, sem mais nem menos, culminaram no homem e que este tenha desenvolvido inteligência criativa;

4. Alguns não acham plausível que um Deus onisciente tenha criado o homem sabendo de sua queda e que tenha providenciado de antemão sua restauração; eu não acho plausível que a humanidade poderá ser boa por sua própria força e vontade.

5. Alguns não acham plausível que um Deus tenha enviado Seu único filho, despindo-o de sua divindade, sendo gerado e nascido de uma virgem, para assumir forma humana; eu não acho plausível que um velhinho milenar e rechonchudo, passe o ano inteiro em sua casa-fábrica, localizada em algum lugar frio e remoto do planeta, fabricando presentes juntamente com os duendes, seus auxiliares, para, em um único dia do ano, partir vestido de vermelho com alguns poucos e enormes sacos bem alocados em seu trenó puxado por suas nove renas voadoras, capaz de em apenas um minuto cortar o planeta de norte a sul e, no minuto seguinte, de sul a norte, entrando pelas chaminés de todas as casas e apartamentos onde houver uma criança que tenha sido um bom filho para deixar, sob a árvore enfeitada e iluminada, sua recompensa e, aqui e acolá, pois ninguém é de ferro, parar um pouco para saborear os achocolatados quentes com biscoito deixados sobre as lareiras;

6. Alguns não acham plausível que um Deus bondoso tenha permitido o sacrifício de Seu próprio filho, morrendo na cruz do calvário, para salvar homens pecadores; eu não acho plausível que um coelho possa colocar uma enormidade de ovos de chocolate de todos os tamanhos e alguns até com brinquedos dentro;

7. Alguns não acham plausível que um Deus possa regenerar e receber pecadores; eu não acho plausível que alguém acredite que seja tão bom que não precise ser regenerado e que será recebido por Ele fazendo as maldades que faz, sem se arrepender;

8. Alguns não acham plausível que um Deus tenha inspirado homens a uma vida de santidade; eu não acho plausível que alguém incentive a festa aos mortos, as bruxas, as múmias, enfim, a monstros, que em sua origem, personificam o que há de pior no homem;

É claro que você pode argumentar que não crê em algumas ou todas as coisas listadas aqui, mas observe seus pensamentos em determinados momentos e reflita se não tem crido em algo semelhante; mesmo que diga não acreditar em fantasmas, se um calafrio lhe percorre a espinha quando está entrando em um lugar escuro e esquisito e o pensamento lhe vem à mente, então saiba: crença não professa, mas enraizada, também é crença.

Caso ainda acredites que sua forma de pensar é mais plausível vou lhe deixar algumas poucas perguntas que, se quiserem responder nos comentários, serão lidas e poderão servir como base para novos textos, o que muito lhes agradeço. Ei-las então:

I. Se Deus não existe, por que existe algo em lugar de nada?

II. Qual experimento aleatório terminou em leis que permitam sua comprovação científica?

III. Se houve evolução, onde estão as leis e as evidências?

IV. Se o homem é bom, por que a humanidade é má?

V. Já sendo comprovado historicamente que Jesus existiu, por que Ele não poderia ser o filho de Deus?

VI. Os ensinamentos de Jesus são bons? E por que não os praticar?

VII. Se Deus não existe, por que nos apegamos tanto a ética e a moral?

VIII. Se o céu não existe, por que procuramos fazer coisas boas?

IX. Se a Escritura não é a palavra de Deus, porque muitos querem a destruir, modificar ou anular?

Nos encaminhando para o final vamos trazer mais algumas coisas para pensarem:

a. “Diz o insensato no seu coração: Não há Deus” (Davi, rei de Israel, compondo o Salmo 14);

b. "Para concluir, não permita que as pessoas acreditem ou apoiem, com uma ideia exagerada de fraqueza humana ou moderação equivocada, que o homem pode ir longe demais ou ser educado demais no estudo da palavra de Deus, no livro das obras de Deus, divindade ou filosofia; mas tente excitar sem rodeios o progresso sustentado e indefinido." (Charles Darwin, naturalista, geólogo e biólogo, citando Francis Bacon [político, filósofo, cientista, ensaísta, barão de Verulam e visconde de Saint Alban. É considerado o fundador da ciência moderna] em seu livro a Origem das espécies);

c. “porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas.” (Paulo, Apóstolo de Cristo em carta aos Romanos)

d. “se Deus criasse agora em algum lugar, nos espaços imaginários, matéria suficiente para compô-lo, e agitasse diversamente e sem ordem as diversas partes dessa matéria, de modo a compor com ela um caos tão confuso quanto o imaginado pelos poetas, e depois se limitasse a prestar seu concurso normal à natureza e a deixa-la agir segundo as leis que Ele estabeleceu. ... e, sem apoiar minhas razões em nenhum outro princípio que não o das perfeições infinitas de Deus, ... e mostrar que elas são tais que, mesmo que Deus houvesse criado vários mundos, não poderia haver nenhum onde elas deixassem de ser observadas. ... a maior parte da matéria desse caos devia, em decorrência dessas leis, dispor-se e arranjar-se de um certo modo que a tornasse semelhante a nossos céus; e como, entretanto algumas de suas partes deviam compor uma Terra, outros planetas e cometas, e algumas outras um Sol e estrelas fixas.” (René Descartes, filósofo, físico e matemático, em seu discurso sobre o método)

e. "A maravilhosa disposição e harmonia do universo só pode ter tido origem segundo o plano de um

Ser que tudo sabe e tudo pode. Isto fica sendo a minha última e mais elevada descoberta." (Sir Isaac Newton, astrônomo, filósofo natural, teólogo e cientista, ao abandonar a universidade para se dedicar ao estudo das Escrituras)

f. "Pesemos o ganho e a perda, preferindo coroa, que é Deus. Estimemos as duas hipóteses: se ganhardes, ganhareis tudo; se perderdes, nada perdereis. Apostai, pois, que ele é, sem hesitar... Vejamos. Uma vez que é tal a incerteza do ganho e da perda, se só tivésseis que apostar duas vidas por uma, ainda poderíeis apostar. Mas, se devessem ser ganhas três, seria preciso jogar (desde que tendes necessidade de jogar) e seríeis imprudente quando, forçado a jogar, não arriscásseis vossa vida para ganhar três num jogo em que é tamanha a incerteza da perda e do ganho. Há, porém, uma eternidade de vida e de felicidade; e, assim sendo, ... agiríeis mal, quando obrigado a jogar, se recusásseis jogar uma vida contra ... uma infinidade de vida infinitamente feliz que ganhar. Mas, há aqui uma infinidade de vida infinitamente feliz que ganhar, uma probabilidade de ganho contra uma porção finita de probabilidades de perda, e o que jogais é finito. Jogo é jogo: sempre onde há o infinito e onde não há infinidade de probabilidades de perda contra a de ganho, não há que hesitar, é preciso dar tudo ...” (Blaise Pascal, matemático, escritor, físico, inventor, filósofo e teólogo, em Os Pensamentos. Este ficou conhecido como a Aposta de Pascal)

g. “Quando se deixa de acreditar em Deus, passa-se a acreditar em qualquer coisa” (G. K. Chesterton, escritor, poeta, filósofo, dramaturgo, jornalista, palestrante, teólogo, biógrafo, literário e crítico de arte)

h. "é nossa preferência que decide contra o cristianismo, e não os argumentos" (Friedrich Nietzsche, filósofo, filólogo, crítico cultural, poeta e compositor)

i. “Para o cientista que tem vivido pela fé no poder da razão, a história termina como um sonho ruim. Ele escalou as montanhas da ignorância; está prestes a conquistar o pico mais elevado e, quando se lança sobre a última rocha, é saudado por um grupo de teólogos que estão sentados ali há vários séculos” (Robert Jastrow, astrônomo, físico planetário, cientista da NASA, autor populista e futurista)

Finalizando quero apenas acrescentar um pedido: não ignore as evidências pois ao fazê-lo você está suportando uma fé cega. Até a próxima!

"Que a graça e a Paz de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo estejam com vocês." (I Co. 1:3)

DEUS OS ABENÇOE GRANDEMENTE!

Oz. B. Silva

Técnico em Informática, Graduado em Matemática e Servo do Deus Altíssimo.

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

⏳ O caso “era comum” ⌛

» Out of Series (23 de setembro de 2020)

Recentemente houve uma polêmica aqui, no Brasil, sobre a troca no material de educação do termo A.C./D.C. por AEC/EC e resolvemos escrever um pouco sobre o assunto e deixar alguns pontos para que possam ser meditados e apreciados por vocês, caros leitores.

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Para começar, a polêmica, que apesar de ter acontecido recentemente aqui no país, é bastante antiga no mundo e muita coisa já foi discutida e outras foram definidas sem qualquer discussão, isto é, algumas entidades resolveram modificar e pronto, quem não gostar, não consuma. Desde 2003 já encontramos na WEB algo sobre o assunto. Mas em si tratando de tempo, podemos dizer que a discussão é muito recente enquanto o uso das siglas A.C./D.C. é bem antigo. Foram encontradas já em escritos do século VIII, com a expressão “Anno Domini”. Seu uso é aceito internacionalmente por meio de convenção, mas à medida que o ateísmo vai aumentando nos países a extinção de seu uso entra em pauta.

Como é de costume nosso, fomos buscar a origem da expressão “Era Comum” (EC) e “Antes da Era Comum” (AEC). Buscamos a partir da defesa de quem insiste na substituição e alguns dos argumentos utilizados para justificar a troca vamos abordar mais à frente. Em um breve resumo do que é contado por eles temos o seguinte: primeiro se usou “Era Vulgar” e depois passaram a usar “Era Comum” e isso já desde o século XVII. Você vai encontrar isto facilmente em qualquer Wiki da internet. Lembrando que resumi os textos em apenas uma frase. Logicamente que trazem nomes, os abordaremos mais à frente. O que não mencionam é o contexto em que cada termo foi utilizado e é justamente isto que é importante sabermos.

Vamos começar pela expressão “Era vulgar”. Quando citam seu uso por Kepler (traremos uma breve biografia dos personagens citados aqui no final), no século XVII, não dizem que esta não foi a primeira vez que o termo foi utilizado. Pesquisando um pouco você chegará à conclusão que ela é bem mais remota. Encontrará quem diga que era utilizada pelos judeus sempre que se referiam a qualquer contagem de tempo que não fosse a judaica. A expressão foi adotada pelos maçons e ganhou significado próprio. A maçonaria, como todos já devem saber, existe, dizem, desde a idade média e é um grupo formado por pessoas influentes da sociedade que fazem reuniões e ritos secretos. No meio religioso é tido, hoje em dia, como uma seita por suas doutrinas ligadas ao misticismo. É justamente neste contexto que o Kepler faz uso do termo. Provavelmente ele era maçom (originalmente todos eram cristãos ou gnósticos) e com certeza era dado ao misticismo. Outro que fez uso dessa expressão e no mesmo contexto foi o místico Aleister Crowley. Ele se autoproclamava o Anticristo e devido a suas ideias e perversão lhe foi atribuído o número da besta descrita no Apocalipse (666), primeiro por sua própria mãe, e depois pelo músico e compositor Raul Seixas em sua música Sociedade Alternativa (acho que você nem percebeu a referência, estou certo?). Quando o termo foi usado fora do contexto usado por místicos sempre se fazia a referência clara ao calendário gregoriano.

Posteriormente, já no Século XIX, quando se fez uso da expressão “era comum” sempre se fazia referência a qual calendário estava se referindo. Por exemplo: “era comum dos judeus”, “era comum dos maometanos” ou “era comum da fundação de Roma”. Logo não era uma expressão que continha algum sentido próprio ou particular. Em outras palavras, não era um termo em substituição a expressão “Era Cristã”.



O termo “era comum” é ainda mais estranho ao desafiar o senso comum. Seria lógico se a era que vivemos é comum, que antes dela, seria a “era incomum”, não? Mas certamente logo seríamos levados a pensar que fosse algo tipo a Terra Média, de J. R. R. Tolkien ou Nárnia, de C. S. Lewis. Uma época onde seres míticos teriam vivido. Então faz-se o arranjo para “antes da era comum” e pronto. Tudo resolvido, ninguém mais vai se incomodar com isso. Será?

As desculpas para validar a troca do termo traz alguns problemas ou inconsistências. A mais elaborada delas é a de que já sabemos que o nascimento de Jesus, o Cristo, não se deu exatamente no fictício ano zero. Especula-se uma diferença de ± 7. Entretanto esta incerteza não afeta o evento do qual ele faz referência: marcar a vinda do Deus único a terra em forma humana. Além disso, alterar o nome de “cristã” para “comum” não iria alterar a evento que marca seu início. Ou seja, seria apenas uma troca de nomes que manteria o período e pouco mudaria do significado em si, ao menos na essência. Então esta desculpa não é uma questão de que a designação “depois de Cristo” está errada; o problema é outro.

Em 2016 surgiu uma proposta para se fazer um calendário baseado nas grandes conquistas humanas. Acho que seria uma boa ter tal calendário, mas qual seria o motivo para que este venha a substituir o já existente? Certamente não seria pela facilidade e também não seria pela relevância dos acontecimentos.

Outra desculpa muito utilizada é a de que nem todas as pessoas do mundo são cristãs e que seria mais “inclusivo” usar outro termo. Esta é ainda mais esfarrapada já que há uma convenção mundial para seu uso, assim como há convenções para outras coisas. Apenas para citar um exemplo enquanto a maior parte do mundo usa o metro, baseando-se no SI (Sistema Internacional de Medidas), os norte-americanos continuam utilizando pés e milhas, como unidade de medida de distâncias.

Se o problema fosse, realmente, o de ser inclusivo para ateus ou se fosse apenas de referência religiosa então estaríamos discutindo também, e concomitantemente, do fim dos feriados religiosos, da abolição de datas festivas como natal e páscoa, da proibição de nomes bíblicos como José, Maria, Pedro, Paulo, Tiago, Josué, Felipe ou de nomes que ficaram notórios por serem cristãos como Antônio, Agostinho, Jorge, Francisco. Estaríamos falando ainda sobre uma semana de 4, 6, 8 ou 10 dias, já que a semana de 7 dias faz referência ao texto bíblico de Gênesis 1. Também teríamos que trocar os nomes dos dias da semana já que sábado é bíblico e todos os outros são cristãos. Ah, e não esqueçamos o fim do descanso semanal, já que também é um preceito bíblico.

Mas, então, qual é, realmente, o motivo disso?

O motivo é o ódio do mundo por Deus. Isto, aliás, a meu ver, é uma prova da Sua existência. Ninguém vai odiar o que não existe. Não vemos, por exemplo o mesmo empenho em acabar ou o mesmo rancor para com o Papai Noel ou o Coelhinho da Páscoa. Querem retirar toda e qualquer alusão a Ele esperando que assim desapareça. Não percebem que quanto mais se afastam de Deus piores as coisas ficam, não melhores. A vida de quem vive longe de Deus pode até parecer maravilhosa em diversos momentos, mas como é o final é visto em não poucos exemplos. Uso de drogas, perversão sexual, abusos e suicídios em muitos casos.

Por aqui o começo da discussão é por algo trivial, mas o que vem depois não será diferente do que já acontece em outros lugares: destruição de templos e símbolos cristãos e perseguição religiosa, que, infelizmente, muito raramente viram notícia.

“Engraçado” é verificarmos que na história do mundo todas as perseguições religiosas foram realizadas por religiosos e esta não é diferente. A única diferença é que desta vez os religiosos não sabem a que deus estão servindo.

Você, que se diz cristão, está na hora de firmar compromisso sério com o Senhor ou então “abandonar o barco”. As coisas estão começando a ficar sérias.

Se você resolver desistir quero apenas lhe deixar como lembrete as palavras de Jesus, o Cristo, a quem estão tentando retirar da história: “Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por minha causa achá-la-á. Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma?” (Mt. 16:25-26)

 

"Que a graça e a Paz de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo estejam com vocês." (I Co. 1:3)

DEUS OS ABENÇOE GRANDEMENTE!

Ozires de Beserra da Silva

Técnico em Informática, Graduado em Matemática e Servo do Deus Altíssimo.

Visitem nosso blog: http://sepade.blogspot.com

Breve biografia dos personagens citados:

- Johannes kepler nasceu em Weil der Stadt, cidade do sul da Alemanha, no dia 27 de dezembro de 1571. Foi matemático, astrônomo e astrólogo. Foi responsável pela elaboração das “Leis do Movimento Planetário” - as "Leis de Kepler". Apesar de cristão era muito preso ao misticismo. Fez parte ou conhecia bem as crenças do grupo secreto conhecido como maçonaria, que, inicialmente, era formado em sua maioria por cristãos. Morreu na cidade de Regenburg, Alemanha, no dia 15 de novembro de 1630.;

- Aleister Crowley nasceu em Warwickshire, na Inglaterra, no dia 12 de outubro de 1875. Foi mago, poeta, ocultista e escritor, que se autodenominou A Grande Besta 666 e o Anticristo. Considerado o homem mais perverso do mundo pela imprensa britânica durante os anos 20. Influenciou diversos músicos dos anos 40 a 80. Faleceu de bronquite crônica no dia 1 de dezembro de 1947 aos 72 anos.

- Raul Seixas nasceu em Salvador, Bahia, no dia 28 de junho de 1945. Foi um cantor, compositor, guitarrista e produtor brasileiro. Muito influenciado pelo misticismo, suas músicas trazem mensagens ocultas ou subliminares. Faleceu em São Paulo, no dia 21 de agosto de 1989, com apenas 44 anos, vítima de pancreatite aguda causada pelo excesso de bebida.

- John Ronald Reuel Tolkien, conhecido como J. R. R. Tolkien, nasceu em Bloemfontein, África do Sul, no dia 3 de janeiro de 1892. Católico, foi escritor, filólogo e professor universitário inglês, autor de Senhor dos Anéis e Hobbit, verdadeiros clássicos da literatura fantástica. Em 1972 foi nomeado Comandante da Ordem do Império Britânico pela Rainha Elizabeth II. Faleceu em Bournemouyh, Inglaterra, no dia 2 de setembro de 1973.

- Clive Staples Lewis (1898-1963), conhecido como C. S. Lewis, nasceu em Belfast, na Irlanda (atual Irlanda do Norte), no dia 29 de novembro de 1898. Apesar de ter sido criado em lar cristão se tornou ateu após a morte da mãe e despertou o interesse pelo ocultismo. Aos 31 anos se tornou cristão, e sua fé afetou profundamente sua obra, a religião foi tema constante em seus livros. Faleceu em Oxford, Inglaterra, no dia 22 de novembro de 1963.

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domingo, 30 de agosto de 2020

⏳ Quando deus morre ⌛

» Out of Series (30 de agosto de 2020)

Diz o insensato no seu coração: Não há Deus. Corrompem-se e praticam abominação; já não há quem faça o bem. Do céu olha o SENHOR para os filhos dos homens, para ver se há quem entenda, se há quem busque a Deus. Todos se extraviaram e juntamente se corromperam; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. Acaso, não entendem todos os obreiros da iniqüidade, que devoram o meu povo, como quem come pão, que não invocam o SENHOR?” (Sl. 14:1-4)


Há algum tempo recebi uma matéria (que pode ser lida neste link) onde um determinado cantor de uma banda “gospel” (não gosto deste termo, só pra saberem) canadense abandona o cristianismo dizendo que não acredita mais em “Deus”. O motivo desta postagem é para procurar esclarecer alguns pontos que o levaram a “matar deus” e o porquê da revista ter escrito “Deus” com letra maiúscula ao invés de minúscula. Encontramos aí uma série de “equívocos” dos quais teremos a oportunidade de abordar aqui.

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Começando pela revista

A vinculação da notícia foi feita pelo site de uma revista secular. Logo percebemos um interesse anormal em divulgá-la e, ao fazê-lo, lhe deu contornos exagerados. Não é incomum que tenhamos crises de fé. Há dias que nem mesmo achamos que vale a pena sair da cama. Se quem publicou a matéria tivesse conhecimento do erro cometido pelo cantor, ou ao menos não tivesse interesse particular em divulgar desta forma, teria feito a correção no título, escrevendo “Deus” entre aspas para ficar como o cantor escreveu ou com “d” minúsculo, para corrigir de imediato a ideia dele. Acontece que a cosmovisão adotada pelo jornalista lhe dá um interesse especial neste tipo de notícia e seria mais provável inverterem a ideia, do que a corrigir, infelizmente. Olhando a postagem feita pelo cantor diretamente no Instagram, o que podemos ver é uma grande confusão. Muitos o apoiam, outros o criticam, outros lamentam, outros tentam demovê-lo e ainda alguns tentam esclarecer-lhe que suas justificativas são equivocadas. Entretanto, percebe-se que mesmo estes últimos estão envoltos em uma grande confusão. Utilizam doutrina equivocada, imagens estranhas ou ideológicas que são contrárias as doutrinas bíblicas. O “politicamente correto” invadiu o meio cristão, e tem ganhado cada vez mais espaço. Vendo tal coisa percebo que o trabalho que busco fazer aqui (o de resolver erros e equívocos de entendimento) é tão importante, mas, ao mesmo tempo, sinto-me triste por ver que em muito pouco, ou quase nada, tenho conseguido sucesso. Entretanto, peço a Deus que ao menos uma pessoa possa ser iluminada pelo nosso trabalho, em algum tempo, e assim ficarei satisfeito por saber que todo trabalho não foi em vão.



Usar “d” seria o certo

Quando alguém diz que deixou de crer em Deus, devemos questioná-lo em qual deus ele acreditava. Já desde uma de nossas primeiras postagens escritas, mais precisamente na de 03 de janeiro de 2015 (a qual pode ser lida aqui), penso sobre isso e venho trabalhando, e incentivando, para que aqueles que dizem servir a Deus possam, realmente, conhecê-lo. Tento alertá-los para o fato de que podem estar servindo a algum deus estranho, e estarem se enganando. Se você não conhece a Deus, é muito provável que o deus que você serve seja outro, ou, na melhor das hipóteses, você não o servirá bem, pois como é possível servir bem ao seu Senhor se não conheces suas vontades e seus gostos.

Se lermos a história de Jó (o que recomendo como primeiro livro, logo após sua conversão), veremos que mesmo sendo um “homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal” (Jó 1:1) e que, após um intervalo de tempo, reunia seus filhos e os santificava e levantava-se de madrugada e oferecia holocaustos por todos eles apenas baseado na possibilidade de que eles tivessem pecado contra Deus (isso é um pleonasmo, pois todo pecado cometido contra Deus, então o evitarei daqui pra frente, mas era necessário fazer essa abordagem) (Jó 1:5). Ainda assim lhe foi necessário todo um intenso sofrimento; perder praticamente tudo que possuía, inclusive seus filhos, para que pudesse então conhecer a Deus e, ao final, poder dizer: “Na verdade, falei o que não entendia; ... cousas que eu não conhecia. ... Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem.” (Jó 42:3a, 3c, 5). É possível, então, afirmarmos que o aqui mencionado cantor matou seu deus, com “d” minúsculo, pois, a Deus, com “D” maiúsculo, ele talvez nem o conheça, ou ao menos tenha apenas uma vaga imagem baseada naquilo que ele pouco ouviu, mas que, na verdade, não é capaz de O reconhecer, pois se O conhecesse, então, não deixaria de acreditar n’Ele, mas diria algo mais parecido com: “não quero mais servi-lo, porque não concordo com Ele em muitas coisas”. Passaria, assim, de uma questão de fé, para uma questão de opinião, o que, em verdade, é o problema que a maior parte das pessoas tem contra Deus; e para se auto justificar, busca anulá-Lo apenas para validar seus abjetos desejos ou quaisquer vontades pessoais.

Então, agora, pergunto a você, leitor: Você realmente conhece ao deus que você serve ou, ao menos, sabe que está servindo a algum deus?

 

De onde parte toda confusão

Toda confusão existente sobre qualquer assunto parte de três alternativas:

1. Falta de informação;

2. Má fé;

3. Premissas erradas;

Apesar de duas destas ou mesmo as três poderem acontecer juntas, vamos focar nossos objetivos na terceira partindo da premissa de que ninguém aqui está de má fé e que a quantidade de informação disponível é suficiente para todos. Vamos ainda nos ater aqui as questões levantadas pelo cantor e o seu contexto sociocultural.

Partindo daí, o que sabemos é que ele é canadense. Por lá, seguindo uma tendência mundial, o número de ateus declarados já é o terceiro maior do país. Mesmo entre os que se declaravam religiosos, em pesquisa feita em 2011, no mesmo ano do censo, diziam não crer em Deus. Somando os cerca de 24% que declararam abertamente serem ateus, 30% dos que se declararam católicos e dos 28% dos protestantes, mas não criam em Deus, podemos entender que ao menos metade da população deste país é ateia. Entre os demais cristãos apenas 25% frequentam igrejas. Os demais raramente ou nunca participam de cultos presencias. Então é razoável crermos que apenas 1/4 desta população diz ter algum tipo de compromisso com Deus. Só para comparação, no Brasil, segundo pesquisa (que pode ser lida aqui), mais de 80% da população diz ter algum compromisso (Fonte: G1).

Dentro deste contexto para se manter uma posição firme perante Deus é necessário realmente o conhecer, logo não é de admirar que este cantor tenha feito esta escolha. Se ele não O conhece, então qualquer deus que escolha para servir terá o mesmo destino. Saindo do contexto sociocultural vamos tentar resolver algumas das premissas erradas que o levaram a esta decisão.

 

Certamente era servo de um deus

Levando em consideração um evento semelhante que aconteceu com uma “pastora” daquele mesmo país, no ano de 2016, e o que ela falou, posso afirmar com convicção que o cantor, assim como ela, servia a um deus idealizado por ele mesmo. A reportagem pode ser lida neste link, e o trecho que me faz afirmar isto é: “Até o momento, Gretta já gastou 60 mil dólares canadenses (R$ 180 mil) na batalha para provar que sua definição de Deus merece ser considerada pelo júri religioso.” (grifos nosso).

Esta, na verdade, é uma confusão muito comum, infelizmente. A maior parte das pessoas acreditam em uma idealização pessoal de Deus, construindo para si mesmo, portanto, um falso deus. Desta forma, quando confrontado sobre sua real existência, não conseguem manter sua crença devido a grande quantidade de fé que é necessário para a sustentar. Se quiser saber mais sobre de que as crenças são constituídas leia nossa postagem deste link.

 

Deus como invenção humana

É comum vermos por aí pessoas dizendo que “a invenção de deus foi a maior de todas as invenções da humanidade”. Tais pessoas não poderiam estar mais enganadas. Todos os deuses criados pelo homem estão em uma relação de servo ou de troca, o mesmo não acontece em relação a Deus, apesar de não raramente vermos pessoas O tratando da mesma forma. Isto porquê não seria sensato ao homem criar um deus com o qual não lhe seja possível barganhar. Porque o homem criaria um deus ao qual o próprio homem não lhe possa acrescentar nada ou fazê-lo mudar de atitude ou opinião?

As sociedades também não se formam e mantém por causa das religiões, ou seja, uma religião não é necessária para que pessoas se unam em uma comunidade. Isto, além de historicamente ser um equívoco, é um contrassenso. Segundo HARARI, autor de Sapiens – Uma breve história da humanidade, as sociedades cresceram devido as necessidades econômicas (revolução agrícola, industrialização de produção) e o que ele chama de “revolução cognitiva” ou a capacidade do homem de inventar uma realidade (e ele coloca o dinheiro como sendo o apogeu do intelecto religioso humano, não a existência de Deus).

Como o HARARI é muito confuso com as coisas que escreveu é difícil especificar a partir de quando, para ele, a religião passou a ter influência real na sociedade; mas, independente se os primeiros traços de religião surgiram a 70 mil anos (como dito na página 25) ou se a 5 mil anos (como na página 6), e apesar dela ter sido amplamente praticada, o fato é que se forem uma invenção humana, uma comunidade já estava unida por outro motivo material quaisquer.

Se as comunidades surgem sem a necessidade da crença na existência de um deus específico, porque ele seria inventado? As comunidades já não estiveram ligadas por motivos materiais e de sobrevivência? Logo, se é verdadeiro (que Deus é uma invenção humana) os traços religiosos não deviam surgir apenas quando as comunidades fossem grandes demais? Mas não é isto que acontece. E isto é até um contrassenso – dizer que as religiões foram inventadas depois da comunidade já existir e ser relativamente grande – pois ao mesmo tempo que se menospreza as religiões, as pessoas – como já visto em pesquisas – as tem como “as causadoras dos maiores males da humanidade”. E apesar do que acabamos de escrever, que está escrito em um livro tido como “Bestseller” e de pesquisas realizadas no mundo todo, são percepções que não condizem com a realidade.

Abrindo aqui um parêntese: esse livro, na verdade, foi um dos piores que já li; tem uma grande quantidade de contradições em seu próprio texto. Se eu precisasse resumir o que ele quis transmitir em poucas palavras diria algo como: tudo que existe de verdade é o meramente material. O restante são mitos cuja grandeza depende de quão bem se conte a estória, inclusive esta (o livro).

Até o momento, mesmo entre as menores comunidades e mesmo as mais afastadas, sempre foram encontrados traços de religiosidade. Mesmo que não tenham especificamente um deus, cultuam a natureza ou espíritos de antepassados ou mesmo realizam cerimônias fúnebres; o que é a forma mais simples de religiosidade. Se neste momento você pensou em uma reportagem tendenciosa que saiu na mídia sobre a tribo Pirahã lhe aconselho pesquisar um pouco mais e você pode começar por este link.

E a percepção que as pessoas tem da religião parte de outros equívocos de entendimento. Dito isto, de forma ampla para religião, vamos nos focar um pouco em dois pontos:

a. Todas as pessoas são religiosas – Como já dissemos antes, em link compartilhado um pouco acima, a religião tem por base a fé e esta é a crença em alguém ou algo. Para simplificar este texto, podemos citar o exemplo dado pelo próprio HARARI da fé universal das pessoas no dinheiro. Sendo personificação e objeto de fé, facilmente se tornará o deus daqueles que colocam nele todo seu empenho, esforço e esperança, ou seja, se tornará um deus ao se tornar também objeto de culto;

b. Deus não pode ser inventado – Mesmo que todas as religiões do mundo tinham sido inventadas, Deus não pode ter sido. Isto porque Deus não é um conceito proveniente da mente humana. Sua complexidade descrita nas Escritura é apenas parte daquilo que Ele é, logo não seria possível ao homem projetá-Lo. Compare Deus com quaisquer outros deuses e verás tantas diferenças que as semelhanças encontradas serão meras sombras. Na verdade, todas as religiões são tentativas do homem, através de seu próprio intelecto, de conhecê-Lo. Mas, exceto por suas duas grandes obras, não há como ser conhecido, e mesmo neles, nos seus dois grandes livros, só O conhecemos até onde Ele quiser se revelar. Não é possível ao homem descrevê-lo e entendê-Lo em sua plenitude. Fora disto, qualquer tentativa meramente humana resultará em um falso deus ou uma caricatura d’Ele.

A busca da humanidade, em qualquer tempo, por uma divindade, é a maior prova de que Deus não é uma criação humana.

 

Respondendo as questões do cantor

Agora vamos nos deter nas questões levantadas pelo cantor que serviram de “desculpa” para sua tomada de decisão. Acredito que estas questões são perguntas de muitas outras pessoas, por isso resolvemos aborda-las:

1. Se Deus é todo amor e todo poderoso, por que há tanta maldade no mundo?

R. O interessante desta pergunta é que sempre ela é levantada por quem acabou de fazer uma má escolha. Percebem a ironia da questão? É como se a pessoa que fez a escolha de se afastar de Deus está perguntando porque Deus permite que o faça, sendo Ele poderoso e amoroso. Ele permite que cada pessoa faça suas escolhas. Como é amor utiliza de Seu poder para lhe dar muitas chances de fazer a escolha certa. É justamente porque Ele é amor que suporta toda maldade que existe no mundo apenas para lhe dar a chance de se arrepender das maldades que você fez. E, caso não queiras se arrepender deles, o que Deus faz na maioria da humanidade está escrito no Salmo 81:12: “Assim, deixei-o andar na teimosia do seu coração; siga os seus próprios conselhos”, mas o Apóstolo Paulo adverte: “Ora, conhecendo eles a sentença de Deus, de que são passíveis de morte os que tais coisas praticam (as perversões de seus próprios corações), não somente as fazem, mas também aprovam os que assim procedem.” (Rm. 1:32).

2. Ele não pode fazer nada sobre isso?

R. Pode e faz. “Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma. Ora, na vossa luta contra o pecado, ainda não tendes resistido até ao sangue e estais esquecidos da exortação que, como a filhos, discorre convosco: Filho meu, não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és reprovado; porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe. É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige? Mas, se estais sem correção, de que todos se têm tornado participantes, logo, sois bastardos e não filhos. Além disso, tínhamos os nossos pais segundo a carne, que nos corrigiam, e os respeitávamos; não havemos de estar em muito maior submissão ao Pai espiritual e, então, viveremos? Pois eles nos corrigiam por pouco tempo, segundo melhor lhes parecia; Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade. Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça. Por isso, restabelecei as mãos descaídas e os joelhos trôpegos; e fazei caminhos retos para os pés, para que não se extravie o que é manco; antes, seja curado.” (Hb. 12:3-13) e “Que diremos, pois, se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita longanimidade os vasos de ira, preparados para a perdição, a fim de que também desse a conhecer as riquezas da sua glória em vasos de misericórdia, que para glória preparou de antemão,” (Rm. 9:22-23). Como podem ver, o fato de Deus suportar toda maldade que existe é uma amostra de poder, pois seria muita fácil acabar com tudo. Sim, com tudo. Pois a única forma de acabar com a maldade no mundo é retirar dele aqueles que causam o mal, isto é, toda e qualquer pessoa que existe.

3. Ele escolhe não fazer?

R. Como já dissemos: sim! As únicas formas de acabar com a maldade no mundo são: a. voltar agora para julgar a todos ou; b. retirar o livre arbítrio (ou direito de escolhas) de todos. No primeiro caso acontecerá no tempo certo e definido por Ele mesmo e, neste último, não aconteceria, pois, iria contra Seus próprios atributos e Ele não pode fazê-lo.

4. A maldade no mundo é um resultado de seu desejo de nos dar liberdade?

R. Não é parte de seu desejo, mas é parte de seus atributos. Explicarei isto no livro que estou tentando terminar de escrever. Mas, por agora, você pode entender que Deus nos deu o livre arbítrio e escolhemos, a todo instante, pecar. Este é o resultado da maldade no mundo: o pecado que cometemos.

5. Se Deus é amor, por que ele manda as pessoas para o inferno?

R. Ele não manda, as pessoas escolhem, livremente, ir para lá. Mesmo Deus a todo instante convidando-nos a estar com Ele, geralmente, recusamos. Como está escrito no Evangelho segundo escreveu São João: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más. Pois todo aquele que pratica o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem argüidas as suas obras.” (Jo. 3:16-20).

 

Vamos encerrando aqui esta postagem. Trouxemos aqui todas as questões que foram colocadas na matéria que nos trouxe a informação e esperamos que as respostas tenham ficado a contento. Caso negativo deixem suas dúvidas e considerações nos comentários que, se forem pertinentes, responderemos e quem sabe seus questionamentos viram uma postagem no blog também.

 

"Que a graça e a Paz de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo estejam com vocês." (I Co. 1:3)

DEUS OS ABENÇOE GRANDEMENTE!

Ozires de Beserra da Silva

Técnico em Informática, Graduado em Matemática e Servo do Deus Altíssimo.

Visitem nosso blog: http://sepade.blogspot.com

Bibliografia

• HARARI, Yuval Noah. Sapiens – Uma breve história da humanidade. Editora L&Pm, 2015;

• Irreligião no Canadá. Wikipédia. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Irreligi%C3%A3o_no_Canad%C3%A1. Acesso em: 16/06/2020;

• Religião no Canadá. Wikipédia. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Religi%C3%A3o_no_Canad%C3%A1. Acesso em: 16/06/2020;

quarta-feira, 29 de abril de 2020

⏳ Filme: O Poço – Uma análise geral (contém Spoilers) ⌛

» Out of Series (29 de Abril de 2020)

Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus” (II Tm. 3:1-4)

Algumas coincidências da vida realmente são incríveis. Não fosse o momento de pandemia que estamos vivendo, este filme não teria a repercussão que teve, isto porque, apesar de interessante, seria pouco relevante em momentos “normais”. Nesta postagem vamos falar sobre os poucos acertos e os diversos erros ideológicos que há neste filme bem como algumas referências religiosas que se apresentam.

Sinopse
Para conduzir um experimento social foi construída, e é comandada por um grupo chamado de “A Administração”, uma prisão que consiste em 333 níveis (ou andares). Duas pessoas por nível são colocadas lá por um período de tempo e, a cada mês, são forçados a trocar de nível, subindo ou descendo, aleatoriamente. No centro de cada nível há um retângulo por onde uma vez por dia desce uma mesa com comida e esta fica parada em cada nível por um determinado período de tempo. Os que estão no nível 1 podem, então, comer o que quiserem e após o tempo determinado a mesa desce para o andar seguinte, e assim sucessivamente. As pessoas não podem guardar comida. Evidentemente, à medida que a mesa desce, a quantidade de comida fica cada vez menor. Então, a prisão consiste, unicamente, em comer para sobreviver.

Crítica explicita
O filme é uma crítica explicita ao capitalismo e a estrutural social de diversos (senão todos) os países. Nos níveis de 1 ao 3 as pessoas praticamente podem comer o que quiserem. Do nível 4 ao 15, talvez falte algo, mas têm grande fartura. Do nível 16 ao 50, pode-se comer muito bem. Do nível 51 ao 100 comem razoavelmente bem, dos níveis 101 a 180, comem mal, e, após esse nível, raramente chega alguma comida. Vemos nesta estrutura as distribuições das classes sociais de “A” a “F”, onde a maior parte da população de um país come pouco ou quase nada, enquanto uma minoria tem de praticamente tudo e esbanja. Apesar disto ser notório em qualquer país que se observe não se pode olhar para apenas este aspecto e ignorar todos os outros que o envolvem, isto é, apesar de alguns poucos terem muito, e muitos terem pouco ou nada, este não é o problema principal pelo qual existe a chamada “desigualdade social”.

A falácia da “desigualdade social”
A “desigualdade social” não é o problema de um país, mas é apenas um artifício usado por pessoas que querem chegar ao poder e instaurar um regime ditatorial. Para explicar porque devemos tratar com relutância aqueles que abordam, insistentemente, esse tema, precisaremos fazer um exercício imaginativo: Suponha uma comunidade onde todas as pessoas ganham apenas o suficiente para comer 100g de arroz por dia e digamos que o custo disso seja de 30 dinheiros. Agora, por favor, me responda a seguinte pergunta: qual o tamanho da “desigualdade social” desta comunidade? Pois é, não há “desigualdade social”, entretanto isto não é sinal que a vida dessas pessoas seja boa.
Agora imaginemos que alguém com muitos dinheiros se estabelece neste local e monta uma empresa e contrata alguns dos moradores. Aqueles que forem empregados ganharão alguns dinheiros que melhorarão suas condições de vida e, indiretamente, irá surgir novas demandas na comunidade que terá a chance de receber uma parte deste dinheiro, oferecendo serviços que atendam as novas demandas apresentadas. Assim, apesar de surgir a “desigualdade social”, uma parte das pessoas agora tem uma melhor condição de vida e à medida que estas melhoram, vão “puxando” para cima, uma parte da comunidade. Então o problema não é a “desigualdade social”, mas o motivo pelo qual as pessoas vivem em miséria.
Concluímos com este exercício que a “desigualdade social” não é sinal de vida pior, bem como a falta dessa desigualdade significa vida melhor. Ao passo que teremos sempre necessidades diferentes, continuamente haverá desigualdade; e isto significa apenas que há mais oportunidades para todos melhorarem de vida.

Recursos são limitados, mas não perpetuamente limitados
Um ponto que o filme aborda é a limitação dos recursos em determinado período de tempo. Isto é verdade. Não é possível consumir recursos a vontade, pois estes são limitados, ao menos dentro de um certo espaço de tempo. No filme isto é retratado pela quantidade de comida disponível para todos por dia. À medida que os dos níveis superiores consomem e estragam, os dos níveis inferiores passam fome ou morrem.
Entretanto, o que o filme erra, ao menos na metáfora com a realidade, é que não é verdade que os recursos são sempre limitados, ou seja, a quantidade de recursos, na verdade, pode aumentar de acordo com a demanda. Se houver mais gente interessada em algo, independente do que seja, a quantidade deste algo tende a aumentar. Por exemplo, na medida que uma comunidade começa ter falta de comida há uma tendência natural de procurar aumentar a quantidade deste recurso para atender a todos. As pessoas que hoje, infelizmente, passam fome, não é, na verdade, porque não há comida suficiente no mundo, mas o motivo é que algo ou alguém dificulta o acesso dessas pessoas ao recurso necessário. Em geral, o maior culpado disso, não é o sistema econômico adotado, mas o sistema político adotado. Um pouco mais à frente voltamos a este ponto.

Falha de comunicação é um problema sério
O filme também aborda as barreiras de comunicação entre os níveis. Decerto que há uma certa dificuldade de comunicação entre as classes sociais, mas não da forma impossível que o filme apresenta. No filme os que estão em níveis superiores não ouvem os que estão abaixo, bem como os que estão abaixo não estão dispostos a ouvir os que estão nos níveis superiores. Esta impossibilidade, na realidade, não existe. No filme, o fato de forçosamente haver uma alternância entre os níveis, não melhora em nenhum momento a comunicação entre eles, mas isto foge muito a veracidade.
Hoje também estamos tendo sérios problemas de comunicação. Não por divisão entre as classes econômicas, mas pelas diferenças ideológicas. A discussão, não raramente, sai do campo das ideias, para o ataque pessoal e enquanto todos estiverem absolutamente certos que não podem estar errados, essa falha na comunicação significará um sério problema. Enquanto não houver entendimento, ao menos da maioria de que direção devem tomar, as diferenças socioeconômicas serão apenas um agravante da situação geral.

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• Cosmovisão: Origem, significado e formação

Alternância de classes
Como já mencionado, no filme, os presos não tem influência em qual nível entrará e estará nos próximos meses. Apesar de algumas vezes, alguns que estão nas classes sociais mais altas perderem tudo que possuem devido a eventos que estão fora de seu controle e, de repente, estarem nas classes baixas, o inverso não ocorre. É impossível que, sem mérito ou sorte, os que estão nas classes baixas subam; e esta sorte não é de forma alguma sem um movimento pessoal, por exemplo, é praticamente impossível alguém ganhar o prêmio da megasena sem apostar.
Como crítica ao capitalismo o filme peca ao não incorporar em seu roteiro a meritocracia. Na vida real, em países mesmo com pouca liberdade econômica, as pessoas mudam facilmente de classes principalmente entre as baixas, e há possibilidades de alcançar as mais altas. Com trabalho e conhecimento consegue-se, aos poucos, melhorar sua qualidade de vida.

Dependência das classes
O filme trata deste tema também de maneira errada. Ele transmite que existe apenas uma dependência unilateral e de baixo para cima, ou seja, quem está nos níveis baixos depende totalmente dos que estão nos níveis superiores. Mas, na realidade, apesar de haver um distanciamento entre as classes sociais, há uma dependência recíproca entre elas, o que traz a necessidade de algum diálogo. Esta interdependência, por vezes, é distorcida pela ideologia marxista que coloca as diferenças de classes como uma luta perpétua; o que leva ao entendimento de uma relação parasitária, em que, os que tem mais recursos, só os detém porque rouba dos demais. Mas, na verdade, quem tem mais é porque gerencia melhor os recursos que dispõe (exceção os que cometem crimes, claro). Na visão capitalista, cada um é empresário de si mesmo, negociando dos recursos que dispõe.

Sacanagem e desperdício
No filme é mostrado como os que estão nos níveis superiores desperdiçam recursos apenas para “sacanear” os que estão nos níveis abaixo. Mostra que fazem isso até com prazer. Isto é um equívoco. É conhecido e notório como aqueles que estão nas camadas mais altas desperdiçam poucos recursos. Aqueles que acumulam riquezas são constantemente chamados de “pão duro”, ou sovinas, na norma culta. Mas isto, na verdade, é o básico da educação econômica: se quer ter mais recursos, não jogue os que tem no lixo.
Mas também há um preciso acerto por parte do filme: como nele aqueles que chegam aos níveis altos o fazem sem esforço, desperdiçar parece natural. Mesmo aqueles que chegaram as classes altas por conta da sorte, voltam a pobreza com mais frequência do que se imagina. Aqui você poderá ler alguns desses casos.
Se você desperdiça comida, então também é responsável tanto pela sua falta de alimento como pela de milhares de pessoas no mundo. Quando você faz comida e percebe, após todos comerem, que fez em excesso, quantas vezes você preparou um prato ou dois e levou para alguém que está em dificuldades? Decerto que você descobrirá facilmente onde encontrar pessoas que ficariam felizes se recebessem uma quentinha.

Acumulação de recursos
No filme é vedado aos prisioneiros o acumulo de recursos, sendo pela tentativa disso, punidos. No intuito do experimento era esperado que isto ocorre-se, mas como crítica ao capitalismo, é evidentemente um erro. O acumulo de recursos, para os que estão presos nas classes sociais, é pecado no comunismo. O comunismo além de não acabar com todas as classes sociais (como propõe), aumenta a distância entre a classe baixa e a classe alta e a dominante. O comunismo que visa uma ditadura do proletariado (mas prega a liberdade) termina por criar uma ditadura política que espalha miséria entre a massa, privilegia os “amigos do rei” e a classe política que está no poder (mas a pregação é o fim do estado político, das classes sociais e da propriedade privada). Exemplos disso não faltam no mundo. Então, novamente, o problema da fome é antes um problema político que um problema econômico.
No capitalismo é permitido o acumulo de recursos e o comércio dele. Isto para qualquer pessoa. Independente da classe social que se encontra. À medida que há demanda para determinado recurso (bens ou serviços) mais deste recurso é produzido e mais riqueza é acumulada e distribuída.
Este ponto, de acumulação de recursos, foi um dos que deu notoriedade ao filme devido ao problema causado pelo isolamento social adotado por governadores e prefeitos. A população tomada pelo pânico começou a acumular itens sem se preocupar com as necessidades do próximo. Assim como mostrado no filme, na vida real, o seu maior inimigo pode ser seu vizinho; e aqueles que estão nas piores situações são aqueles que serão sacrificados, e, pior, isto incomoda muito pouca gente (não no discurso, claro). É também neste momento de dificuldade geral que vemos vários daqueles que acumularam mais recursos anteriormente se sensibilizam e, voluntariamente, distribuírem parte com os mais necessitados. Mesmo aqueles que não tem muito, se juntam e ajudam alguns. Enquanto isso aqueles que posam de “defensores da igualdade” sequer se disponibilizam a abrir mão de recursos públicos; recursos estes que são retirados dos mais vulneráveis (que dizem defender) pois são estes que mais se beneficiariam destes recursos se aplicados onde devia ser.

Comunismo como superior
O filme faz uma sútil, mas clara, referência a superioridade lógica do comunismo. Este, certamente, foi o maior erro cometido. O comunismo como política social e econômica é um fracasso atrás do outro. Tal ideologia não obteve sucesso em nenhum lugar do mundo. Os países com ideologia socialista implantada que parecem estar dando certo adotaram o capitalismo na economia, mantendo a ideia do socialismo nas políticas públicas, mas não a da ideia, do discurso, mas a real, a que acontece de fato. Podemos pegar quaisquer exemplos e veremos quais ações que os governantes tomam. Na Rússia, o governo, que já está no poder a vinte anos, tenta estender seu mandato por mais dezesseis, claramente um governo autoritário. Na China, maior PIB mundial nos últimos vinte anos, o partido comunista está no poder desde 1º de outubro de 1949, e é claramente um governo totalitarista. Esses são os únicos dois casos. E o que há em comum entre eles além de buscarem se perpetuar no poder? O fato de adotarem a tortura ou campos de concentração já seria suficiente para serem rejeitados, certo? Veja nestes links aqui, aqui (este link contém outras fontes ao fim da matéria) e aqui. A Coreia do Norte, não é preciso dizer, é uma ditadura. Os demais países que tem implantado ou se dizem socialistas/comunistas não estão bem economicamente e socialmente (como Cuba, Venezuela) ou não são realmente (como Portugal). Logo, não é racional apoiar algo que, mesmo depois de tantas experiências infrutíferas, continua fracassando miseravelmente.
As políticas defendidas pela esquerda incluem pautas como aborto, secularização da população, liberação de drogas, casamento homossexual, doutrinação ideológica nas escolas, feminismo, confisco de renda e propriedade, estatização das empresas, inchaço e controle do estado e perseguição à cristãos, são apenas algumas. Me admiro muito que pessoas ditas cristãs se coloquem nesse espectro ideológico. Não sei sé é por conveniência que são cristãos ou se é por ignorância que se alinham a esquerda. Se este último for o caso, leia a matéria neste link, talvez você mude de ideia.

Teoria dos jogos
O filme também aborda vagamente o comportamento descrito nesta teoria. Como não há interação possível (seguindo o roteiro) entre os níveis, o melhor é jogar sozinho. Mesmo o parceiro de nível é visto como inimigo, ao menos na expectativa do protagonista e seu primeiro “parceiro”. É claro que na maior parte da vida social há uma grande quantidade de interações entre indivíduos e, com raras exceções, a cooperação é mais vantajosa. Desde que o filme não limitasse a interação entre as pessoas, inevitavelmente a cooperação de todos logo seria vista com melhor solução e passariam todos a economizar recursos visando sua própria sobrevivência quando estivesse nos níveis mais baixos (o que seria a intenção do experimento realizado). Em um ambiente onde os recursos são escassos cooperar com um grande grupo não é a melhor saída, o que ocorreria, então, seria a eliminação de parte da população, para adequar os recursos. E, por incrível que pareça, isto foi feito em vários momentos da história em países comunistas, como, por exemplo, Holodomor.

Estado e salvador
No filme a “Administração” faz o papel de estado. Como deus, é o responsável por sustentar, instituir leis e aplicar sanções e, principalmente, é responsável pelo destino dos presos. Em determinada parte do filme, diante da impossibilidade das pessoas serem “racionais” e “generosas” é dito que a mentalidade das pessoas deve mudar. O protagonista então responde que “mudanças nunca se produzem de maneira espontânea” e, então, ouve que ele devia ser o messias destas pessoas. Isto é, diante da impossibilidade das pessoas mudarem por si mesmas, seria necessário que surgisse algo ou alguém capaz de provocar esta mudança. Então é trazido ao enredo a figura do Messias, mas não de Cristo, a de um outro, que, não podendo convencer pelo diálogo, estivesse disposto a usar a força e matar, se fosse necessário. Este simbologismo então coloca no protagonista a figura do messias que ascende ao estado. Era isto que o povo de Israel esperava do Messias nos dias de Jesus, que ele fosse capaz de libertar o povo dos inimigos (Lc. 1:68-75). Também é isto que a sociedade secularizada espera nos dais de hoje. Diante disto não estaríamos errados ao afirmar que o estado é o deus deste século, que é idolatrado e do qual se espera provisão e segurança. Quando o estado toma o lugar de Deus, os que não se submetem findam sendo presos, torturados e, por fim, mortos.
Iremos, se Deus assim nos permitir, abordar este tema (do estado ser um deus) mais amplamente em postagem futura baseado em texto bíblico.

Utopia
O filme mostra acertadamente que não existe sociedade humana perfeita. Não importa qual o sistema econômico ou político adotado, a sociedade justa e perfeita não é possível de ser alcançada pela própria humanidade. Quanto mais o homem precisar restringir a liberdade de outros, pior será. Sonhos de sociedades humanas iguais (ou igualitárias) não passam de devaneios. Pois, ao paço que o homem teve sua natureza corrompida pelo pecado, não é possível que haja qualquer perfeição que possa, por si mesmo, alcançar. Até mesmo a comunidade mais próxima da perfeição, a Igreja de Cristo, está tão longe da perfeição quanto cada indivíduo o está. Assim todos aqueles que abandonam a igreja, por não encontrar nela a perfeição esperada, vivem utopicamente. Uns mudando constantemente de igreja e outros já desistiram de encontrá-la. Este tema também trataremos em postagem futura, se Deus nos permitir.
Não importa se é uma família, um clube, uma igreja, um bairro, uma cidade ou um país; o mundo perfeito não pode ser conquistado pelo homem. É muito mais provável que quanto mais o homem agir tentando realizar seu ideal de perfeição, pior ficará a situação. E isto é mostrado no filme quando o protagonista questiona se o motivo para o experimento não seria justamente o oposto do propósito revelado.

Lado sombrio
Saindo agora do lado ideológico e social do filme vamos entrar um pouco nos aspectos comportamentais que foram abordados.
Logo fica evidente como o filme vai tratar o lado sombrio das pessoas diante das incertezas, dificuldades e poder que surgem ao mudar os prisioneiros de níveis. Diante da escassez ou ao menos da possibilidade dela, cada um busca saciar suas próprias necessidades. Recentemente vivenciamos esse lado sombrio de várias pessoas assim que foi alarmado que o vírus SARS-CoV-2 havia chegado por aqui e que o isolamento social chamado de horizontal foi recomendado por governadores e prefeitos.
No filme fica evidente diversos aspectos das reações humanas.

Moralidade
O objetivo do experimento de despertar “solidariedade espontânea” era impossível de realizar com as condições que foram colocadas. Boa parte das pessoas que foram enviadas para lá foram para fugir de punições por crimes, isto é, pessoas que já tinham sua moralidade abalada (não é dito no filme, mas fica subentendido pelas poucas interações que foram mostradas). Não tinham empatia com o próximo e facilmente fariam qualquer coisa para sobreviver.
De fato, em uma sociedade sem Deus, como é defendido pelo espectro político à esquerda, o conceito de moral não existe de fato. Logo, se a moral é algo que só existe devido a conveniência e sobrevivência da espécie, seria totalmente justificado que determinadas coisas sejam feitas. A moral faz com que nos limitemos e, ao suprimirmos o ego (que por sua vez adequa o Id, de acordo com Freud), estamos indo contra a nossa própria natureza. Então, porque não seguir a natureza e fazermos o que quisermos?
Apesar de que ateus defendem não depender da existência de Deus para ter moral, a qual não passa de um “conjunto das regras, preceitos etc. característicos de determinado grupo social que os estabelece e defende” (Houaiss). Vejamos o seguinte, o grupo social que ficou conhecido como nazismo cometeu diversas barbaridades. Se moral é um conjunto arbitrário de regras, como podemos julgar se o que fizeram era errado? Você pode dizer que é porque mataram pessoas. Mas “não matar” também é um conceito moral que, sem Deus, é apenas mais uma regra de uma determinada sociedade e como tal pode não valer em outra.
O filme mostra que aqueles que estão nos níveis mais baixos acabam por praticar antropofagismo, isto é, os mais fortes ou melhores armados acabam por comer seu companheiro de nível para sobreviver ou mata apenas para ter outro parceiro de nível no mês seguinte. Ou como dizer que indígenas que enterram seus filhos vivos podem ser criticados? Ou como dizer que não se deve mentir? Sem a existência de Deus como dizer se essas atitudes estão erradas? Se a régua for “não prejudicar alguém”, até dizer a verdade, em muitas vezes, será condenável. E como atos que são praticados em privado podem ser considerados errados?
Se limitarmos então ao cumprimento das leis do país, então novamente não podemos condenar os atos já citados e ainda recai uma outra questão, como trazido por GEISLER & TUREK:
como destacamos em um livro ... chamado Legislating Morality [Legislando sobre a moralidade] todas as leis são formadas na perspectiva da moralidade. A única pergunta é: "De quem é a moralidade que está sendo usada para legislar?". Pense sobre isso. Toda lei declara um comportamento como certo e seu oposto como errado — isso é moralidade. A moral idade de quem deveria estar presente na lei nas questões como aborto ou eutanásia? Essas são questões que impactam diretamente a vida e a saúde de pessoas reais. Se é moralmente errado matar pessoas inocentes, será que essa verdade não deveria estar presente na lei? Do mesmo modo, a moralidade de quem deveria estar presente na lei nas questões de políticas públicas que podem afetar sua vida, sua saúde e suas finanças? As coisas que incluímos na lei podem afetar dramaticamente a vida, a liberdade e a busca pela felicidade de todos os cidadãos.
Sem a existência de Deus, em última instância, qualquer coisa, por mais abominável que seja, pode ser justificada. Esperamos em Deus que tenhamos alcançado o propósito de deixar claro este ponto, mas caso negativo, podem nos ajudar nos comentários.

Toda humanidade está no pecado
Viu o SENHOR que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração;” (Gn. 6:5) “Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias. São estas as coisas que contaminam o homem ...” (Mt. 15:19-20a).
A esperada “solidariedade espontânea”, expectativa do experimento no filme, não poderá surgir em uma sociedade caída por causa do pecado, pois “todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer.” (Rm. 3:12). Sem o sangue de Cristo para nos redimir e restaurar nossa natureza caída, não é possível que façamos nada de bom, a não ser para satisfazer nossa própria vaidade e ego. O filme enfoca bastante nos aspectos caídos do homem. O texto bíblico com o qual abrimos esta postagem aparece claramente em diversas cenas ao longo do filme. Mostra como são egoístas não importando a dificuldade do momento que vivem. Como são avarentos ao se negarem em ser generosos com os dos níveis abaixo. Como são arrogantes ao estarem “por cima”. Também vemos como são irreverentes ao se desfazerem dos que estão abaixo. Com raras exceções são desafeiçoados, não conseguem nutrir amizade real com os outros. São cruéis, e isto é facilmente visto pelos objetos que foram escolhidos para levarem para o Poço. São, apesar de mostrado com pouca ênfase, traidores.
Estes são os que facilmente identificamos mostrados no filme e que estão listados no texto.

Conclusão
Concluímos aqui está postagem dizendo que o Poço é uma representação próxima da humanidade sem Cristo. Com a ausência de Deus, não existe moral e, portanto, o que acontece no Poço não pode ser condenado, seja por aqueles que projetaram o experimento e o conduzem, sejam pelo que os presos dizem e fazem, mesmo assassinato e antropofagia. Como o homem está corrompido pelo pecado e não pode livrar-se dele sozinho ou com ajuda humana, as Escrituras nos tratam como mortos em nossos delitos e pecados (Ef. 2:1) mas “Se, porém, Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito é vida, por causa da justiça" (Rm. 8:10), “Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna” (Rm. 6:22).

"Que a graça e a Paz de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo estejam com vocês." (I Co. 1:3)
DEUS OS ABENÇOE GRANDEMENTE!
Ozires de Beserra da Silva
Técnico em Informática, Graduado em Matemática e Servo do Deus Altíssimo.

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Biografia
• FERNANDES, Cláudio. Holodomor. História do Mundo. Publicação não datada. Disponível em: https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/holodomor.htm. Acesso em: 26/04/2020;
• GEISLER, Norman & TUREK, Frank. Não tenho fé suficiente para ser ateu. São Paulo. Editora Vida, 2006;
• GIELOW, Igor. Putin abre o jogo e defende mudança para tentar ficar no poder até 2036. Folha de São Paulo. Publicação de 10/03/2020. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2020/03/putin-defende-mudanca-na-lei-que-dara-a-ele-direito-de-disputar-mais-dois-mandatos.shtml. Acesso em: 26/04/2020;
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