Gostaria primeiramente de me solidarizar com os familiares, amigos e entes queridos daqueles que têm sofrido com a perda de pessoas próximas, especialmente dos dois que citaremos o nome aqui.
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Recentemente faleceu em um acidente o jornalista Ricardo Eugênio Boechat (13/07/1952 - 11/02/2019). Sua morte me deixou triste por três motivos:
1. Pelo fim de sua existência conosco;
2. Por que gostava de seu trabalho e não mais poderei apreciá-lo;
3. Por que ele era ateu;
Um tempo antes já havia falecido outro ateu ilustre, Stephen William Hawking (08/01/1942 - 14/03/2018), se bem que não o considero um ateu (explicarei isso mais pra frente desta postagem), ainda assim sua morte me deixou:
1. Triste por que mais uma vida foi perdida;
2. Triste porque ele era ateu;
3. Feliz porque sua vida foi um exemplo de superação para qualquer pessoa sensata;
---------- Outras postagens para sua leitura
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Há dois motivos pelos quais estou escrevendo esta postagem. Um deles é para explicar o que acontece quando um ateu morre, mas precisamos abordar o assunto sobre duas suposições opostas; e por serem opostas, apenas uma delas é verdadeira:
I. Se os ateus estiverem certos (de que Deus não existe); então acabou.
Não há expectativa de vida eterna. Seus familiares chorarão sua perda enquanto for sentida, contarão histórias a seu respeito durante algumas gerações (caso haja o que contar) e seu legado será o resultado de seu trabalho, se este foi, de alguma forma, relevante. Dependendo de quão brilhante foi; seu nome até pode ser perpetuado. As homenagens póstumas confortam de certa forma seus familiares, pois lhes dizem que a vida deles foi importante para algumas pessoas, mas, como não há expectativa de reencontro, devem procurar se conformar com o fim definitivo de tudo. Para aqueles que nada fazem e nada deixam, nada resta. E, novamente, se os ateus estiverem certos, a grande parte da população mundial terá o mesmo destino: o esquecimento.
Talvez, ao final da vida, façam a pergunta que algumas vezes todos fazem ao fim de um dia difícil: “pra que foi tudo isso?” e poderá perceber que tudo foi exatamente o que acreditou ser: que veio do nada, para o nada, para nada e, no fim, voltará ao nada.
II. Se os ateus estiverem errados, isto é, Deus existe, então após a morte já descobrirão isso.
As Escrituras afirmam que após a morte, segue-se o juízo (Hb. 9:27), isto é, nada mais pode ser feito para mudar o destino que cada um escolheu para si. Se viveram esperando não irem viver com Deus, não irão. Simples assim. "Porque qual será a esperança do ímpio, quando lhe for cortada a vida, quando Deus lhe arrancar a alma?" (Jó 27:8).
E isto nos leva ao segundo motivo pelo qual estamos escrevendo esta postagem. De forma alguma se justifica as horríveis mensagens que circulam na Internet e a felicidade de alguns que se dizem cristãos por causa da morte de um ateu ou ímpio. Para estes deixem-me dizer duas verdades:
1. Até a segunda vinda de Cristo todos estão sujeitos a morte, inclusive você;
2. Exatamente por isso você deve parar um pouquinho de se preocupar com a salvação (ou perdição) dos outros e se preocupar um pouco com a sua própria, pois nem Deus tem prazer na morte de alguém (Ez. 18:23, 32; 33:11), de sorte que sua salvação pode estar mais longe do que imaginas.
Vamos aproveitar o assunto e falar ainda um pouco sobre a visão ateísta sobre a morte. Não posso dizer que é uma visão generalizada, mas é minha percepção do que já ouvi e li de ateus.
Os ateus não conseguem lidar muito bem com a morte. Não tem como se consolarem ou consolarem os entes queridos do falecido. Aqueles que meditam sobre o assunto chegam a duas excelentes conclusões: I. Precisam viver suas vidas ao máximo e; II. Precisam aproveitar cada momento que passam com as pessoas. São conclusões que devem ser seguidas por quaisquer pessoas, entretanto, da conclusão para a execução, geralmente, há um abismo muito grande, que na maior parte das vezes se torna intransponível, infelizmente; e, ao final, resulta em pouca ou nenhuma solução, isto é, o desfecho é o mesmo, não há outra alternativa, acabou. O Pirula, do qual eventualmente assisto alguns vídeos no YouTube, reconheceu: “Nós (generalizando para todas as pessoas, não falando apenas dos ateus) temos um problema de lidar com a finitude de tudo, não só com a finitude da vida. Tenho treinado mais para lidar melhor, mas pra mim não há alternativa” e “se eu estiver errado? É melhor mesmo que não exista nada do que ser torturado durante toda a eternidade”. Apenas como comentário pessoal: este tipo de pensamento vindo de alguém inteligente me parece realmente estúpido. Se partimos apenas para uma análise de risco, ele está fazendo a pior aposta.
Apesar de acharem que as religiões são uma forma das pessoas “enganarem a si mesmas” reconhecem que os mais religiosos lidam melhor com a morte e o luto. No entanto isto só será verdade se olharmos para as religiões de forma generalizada (já que a maioria delas discordam em muitas coisas e, por discordarem de pontos fundamentais, não podem todas estarem certas, mas, em verdade, há grande possibilidade de que apenas uma esteja), não podemos dizer que estão se enganando se olharmos para cada uma individualmente, pois todos estão considerando que estão certos (assim como os ateus). Ainda pode transparecer para aqueles que não as conhecem que há uma superstição, isto é, creem em uma vida após a morte apenas para se sentirem melhor. Entretanto isto apenas mostra o desconhecimento que têm. O luto e a morte são melhores aceitos nas religiões porque acreditam que esta é uma passagem, um recomeço, não o fim absoluto da existência. Como cristãos nossa fé é baseada nas Escritura Sagradas (nela somente) e ela nos diz que a vida não acaba após a morte, mas que todos seremos ressuscitados, uns para a vida eterna e outros para a morte eterna (Dn. 12:2; Jo. 5:28-29; Ap. 20:11-15). De sorte que a única dúvida que temos é com quem nos encontraremos na eternidade, já que cada um tem que cuidar de sua própria salvação (Mt. 10:22; 24:13; Mc. 13:13; Rm. 7:16-17; Hb. 6:11; Ap. 2:10, 26), “... pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus” (Rm. 14:12).
Ah, já ia esquecendo de dizer porque acho que o Hawking não era um ateu. Um ateu não passa a vida tentando provar que Deus não existe, ele simplesmente acredita nisso e pronto. O Hawking, entretanto, passou sua vida buscando provar que Deus não existe, logo, para mim, ele era um “anti Deus” e não um ateu. Ou então ele era louco, pois só um maluco passa a vida tentando encontrar provas de algo que não existe. Deixe-me explicar melhor: se algo não existe, não existem provas disso; só há provas de algo que possa existir ou ter existido. Assim não faz nenhum sentido alguém dizer que não crê na existência de Deus e ao mesmo tempo tente encontrar provas de que Ele realmente não existe. É uma busca inútil. É diferente de você contestar evidências encontradas por pessoas que querem provar que Deus exista. Ou você tem dúvidas e procura provas e é convencido por elas que existe ou, ao contrário, as evidências não lhe convencem e você encerra suas buscas, pois já se convenceu de que não há provas.
Esperamos que tenham compreendido, mas, caso algum ponto não tenha ficado claro, deixem suas dúvidas, críticas, sugestões e opiniões nos comentários e, se for proveitoso para todos, responderei ou abordaremos em uma próxima postagem, se Deus assim nos permitir.
Na Gospelmais você pode pegar o livro "O céu e o inferno", de C. H. Spurgeon, gratuitamente. Presente pra vocês.
Até a próxima!
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Até a próxima!
"porque eu mesmo desejaria ser anátema, separado de Cristo, por amor de meus irmãos, meus compatriotas, segundo a carne." (Rm 9:3)
DEUS OS ABENÇOE GRANDEMENTE!
Ozires de Beserra da Silva
Técnico em Informática, Graduado em Matemática e Servo do Deus Altíssimo.
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