quinta-feira, 28 de março de 2019

📘 Sobre Deus ser bom ou ruim 📖

» Série: Aparentes Contradições da Bíblia (28 de março de 2019)
“Deus é...
... bom ...
(Sl 45:9) O Senhor é bom para todos. [na verdade é o Salmo 145:9]
(Dt 32:4) Ele é justo e reto.

... ou ruim? ...
(Is 45:7) Eu formo a luz, e crio as trevas, eu faço a paz, e crio o mal; eu, o Senhor, faço todas as coisas.
(Lm 3:38) Não é da boca do Altíssimo que saem o mal e o bem?
(Jr 8:11) Assim diz o Senhor: Olhai! Estou forjando mal contra vós, e projeto um plano contra vós. [na verdade é Jeremias 18:11]
(Ez 20:25-26) Também lhe dei estatutos que não eram bons, e juízos pelos quais não haviam de viver; deixei-os contaminar-se em seus próprios dons, nos quais faziam passar pelo fogo tudo o que abre a madre, para os assolar, a fim de que soubessem que Eu sou o Senhor.”
Obs.: O texto entre as aspas foi transcrito conforme chegou até nós.

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É recomendado que este texto só seja lido após a leitura da postagem: Sobre Deus mudar de ideia e se arrepender (de 11 de fevereiro de 2019).
O que digo? Não é muito comum Nosso Amigo errar as referências dos textos, mas desta vez ele foi meio relapso. Entretanto é hábito dele usar textos fora do contexto, o que já dissemos que é extremamente perigoso para a compreensão correta das Escrituras Sagradas (ou de quaisquer outra coisa); assim, não é de admirar que ele aponte tantas contradições na Bíblia, as quais, em sua maioria, se mostram infundadas logo ao lermos seu contexto. Então vamos desfazer mais esse mal-entendido e aproveitar para mostrar que desta vez fez uso de mais uma artimanha para ludibriar seus incautos leitores. Vamos começar por isso.

Ah, a língua portuguesa
Queremos começar mostrando como Nosso Amigo foi astuto ao utilizar recursos da língua portuguesa para manipular seus leitores.
Talvez você tenha estranhado (mas não tenha dado muita importância ao fato) que ele tenha usado como ponto de contradição os adjetivos “bom” e “ruim” e não os antônimos diretos “bom” e “mau”.
Isto foi feito propositalmente por ele para enganá-los! Fugindo do esperado, da normalidade, mas se aproveitando da flexibilidade da língua portuguesa. Pode até tentar justificar que são palavras sinônimas, decerto, mas há uma diferença entre elas.
Se você fizer uma busca por antônimos, por exemplo no site https://www.antonimos.com.br/bom, verá que “ruim” não aparece como contrário de “bom” quando este se refere ao adjetivo “bondoso”. Mas, se você inverter a pesquisa, buscando por “ruim” vai aparecer como contrário a “bom” em algum sentido não específico da palavra. Sentido este delimitado “apenas” pela sinonímia.
Diferentemente se você buscar o antônimo de “mau”, logo notará que há uma especificação clara de significados.
Assim, podemos concluir que a contradição não existe devido aos textos apresentados para definir um caráter “mau” de Deus, não serem sobre Sua natureza, enquanto que os textos para “bom” o são.
Mas, apesar de acreditarmos que apenas isso fosse suficiente, mais a frente vamos analisar os textos dentro de seus contextos, para não restarem dúvidas.
Antes disso vamos falar sobre outras coisas:

Bondade, igualdade e justiça nem sempre são parceiras
A imagem acima é uma situação hipotética que retrata três situações e nelas queremos que foquem em três aspectos: igualdade, justiça e bondade.
A ideia não é minha. Me foi enviada por um amigo nas redes sociais a muito tempo. Apenas remontei com algumas alterações.
Como é possível notar, nem sempre as três coisas (igualdade, justiça e bondade) vão estar juntas em um único “acontecimento” (neste caso cada quadro retrata um acontecimento). E parecerá ainda menos quando a ocasião da justiça envolver punição (que não é o caso desta imagem, evidentemente).
Vamos partir daqui com um exemplo mais prático: privar alguém de sua liberdade é ruim. Mas se quem está privando for um juiz e quem estiver sendo privado for um criminoso? Podemos dizer se o juiz é bom ou mau? Será que é possível adjetiva-lo nestes termos?
É neste ponto que acontecem confusões quando tratamos dos atos de Deus. Querem acreditar que por Deus ser bom ele não pode punir. O que é um engano!
O que ocorre, como vemos nos dois primeiros textos apontados na abertura desta postagem, é que apensar de Deus ser bom, ele também é justo (faz parte de Seus atributos); e assim é necessário, por vezes, trazer punições para aqueles que continuamente infringem Suas leis.
Se Deus pune, então como pode ser bom? Pode ser sua pergunta.
A resposta é simples: Deus tarda em punir, esperando que as pessoas se arrependam de seus atos. Apenas quando suas iniquidades alcançam uma determinada intensidade, é que Deus aplica juízo (Ne. 9:17; Jó 35:15; Sl. 145:8; Jl. 2:13; Jn. 4:2) como está escrito “O SENHOR é tardio em irar-se, mas grande em poder, e ao culpado não tem por inocente” (Na. 1:3a [ACF]). mas, “Acaso, tenho eu prazer na morte do perverso? —diz o SENHOR Deus; não desejo eu, antes, que ele se converta dos seus caminhos e viva?” (Ez. 18:23). Entretanto, “Desviando-se o justo da sua justiça e cometendo iniquidade, morrerá por causa dela; na iniquidade que cometeu, morrerá.” (Ez. 18:26).

Não vamos aqui focar na explicação de como Deus pode ser bom e existir tanto mal no mundo, mas acredito que a mensagem da imagem ao lado é suficiente, ao menos por hora, para explicar. Em livro tratamos mais detalhadamente do assunto. Esperamos em Deus que possamos termina-lo.
Nos atendo, então, aos textos que Nosso Amigo apontou, vamos abordar cada um deles na tentativa de os ajudar a entende-los:
Is. 45:7 – A palavra hebraica que foi traduzida por “mal” tem uma boa diversidade de significados. Todos, evidentemente, relacionados a algum tipo de mal, tais como: desagradável, aflição, miséria, adversidade. Como o texto traz contrastes, inicialmente entre “luz” e “trevas”, seria de esperar que a sequência também assim fizesse, e é neste sentido que o texto deve ser entendido. No caso devemos entender “paz” como “tranquilidade” e “mal” como “calamidade”. A versão que traz um entendimento mais simples deste versículo seria a BV (Bíblia Viva): “Eu crio a luz e a escuridão. Eu controlo todos os acontecimentos, os bons e os maus. Eu, o Senhor, é que faço todas essas coisas”. O contexto no qual este texto está inserido começa com os pecados do povo de Israel, o que culmina em sua derrota na guerra travada contra a Babilônia e seu consequente exílio. Agora Deus está dizendo ao Seu povo que usaria aquela mesma nação que havia destruído a cidade de Jerusalém para a restaurar. Explicando de outra forma, por causa do pecado do povo, Deus usa a guerra para puni-los e agora usará o mesmo governo que os escravizava para restaurar a nação de Israel. É neste sentido que Deus usa as circunstâncias boas e más para seus desígnios.
Lm. 3:38 – Neste texto vemos que tudo procede de Deus. Em uma visão bem simplista sobre a criação, Deus é o criador de todas as coisas, portanto, também criador do mal. Mas, como disse, esta é uma visão bem simplista, pois não é assim tão simples; mas isto é assunto para outro trabalho. O contexto aqui é a queda de Jerusalém para a Babilônia e a angústia (lamentações) do profeta Jeremias (muito provavelmente). Angustia essa estabelecida pela consciência do pecado cometido pelo povo contra Deus (Lm. 1:8), de como os falsos profetas os enganaram e não os alertaram de suas faltas (Lm. 2:14) e a terrível experiência de sua alma amargurada por causa dos terrores que vivenciou (Lm. 3:1-2). Atormentado por suas angústias disse: “Minha alma, continuamente, os recorda e se abate dentro de mim” (Lm. 3:20); então lembra-se de como o Senhor é bom, e diz: “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade” (Lm. 3:21-23) e conclui: “Então de que se pode queixar o homem, se ainda está vivo, apesar dos seus pecados?” (Lm. 3:39 [BPT – Bíblia para todos]). De sorte que o profeta tem plena consciência de que todo mal que caiu sobre eles foram em consequência (ou por punição) de seus próprios pecados.
Jr. 18:11 – O contexto é de um povo que abandonou a Deus e estava adorando outros deuses. Seus pecados haviam crescido tanto que tramavam em tirar a vida do profeta, apenas porque ele falava contra suas falhas e os advertia das consequências que seus pecados trariam. Essas consequências estavam nos planos que Deus traçava caso eles não se arrependessem. Os planos à que este vv. faz referência está descrito no vv. 21 do mesmo capítulo: “Portanto, entrega seus filhos à fome e ao poder da espada; sejam suas mulheres roubadas dos filhos e fiquem viúvas; seus maridos sejam mortos de peste, e os seus jovens, feridos à espada na peleja”. O pecado sempre trará consequências, algumas até de morte. Atentem para estes versos: “Palavra do SENHOR que veio a Jeremias, dizendo: Dispõe-te, e desce à casa do oleiro, e lá ouvirás as minhas palavras. Desci à casa do oleiro, e eis que ele estava entregue à sua obra sobre as rodas. Como o vaso que o oleiro fazia de barro se lhe estragou na mão, tornou a fazer dele outro vaso, segundo bem lhe pareceu. Então, veio a mim a palavra do SENHOR: Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel?” (Jr 18:1-6a). Como Deus nos fez do barro (Gn. 2:7), somos como vasos em suas mãos, então “Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus?! Porventura, pode o objeto perguntar a quem o fez: Por que me fizeste assim?” (Rm. 9:20).
Ez. 20:25-26 – O contexto é de quando alguns dos anciãos foram até Ezequiel para que este consultasse ao Senhor (vv. 1), mas Deus se recusa a lhes ouvir (vv. 2). Narra o que aconteceu ao tirar o povo do Egito (vv. 5) e como, mesmo não O obedecendo (vv. 8), manteve sua promessa (vv. 9), se revelou a eles (vv. 10), lhes deu os mandamentos para seguirem (vv. 11), lhes proporcionou descanso (vv. 12) e os fez entrar em uma terra de fartura (vv. 28). Mesmo Deus tendo se revelado a eles com grandes e diversas manifestações de poder ainda assim se rebelaram contra Ele (vv. 27). Deus, no entanto, repetidamente lhes perdoou e passou seus estatutos para seus filhos (vv. 21), mas estes também se rebelaram contra Ele (vv. 24). Então Deus permitiu que fizessem o que queriam para que condenassem a si próprios (vv. 25-26). O mesmo acontece hoje, como podemos ver nas palavras de São Paulo: “Sim, eles conheciam algo sobre Deus, mas não o adoraram nem lhe agradeceram. Em vez disso, começaram a inventar ideias tolas e, com isso, sua mente ficou obscurecida e confusa. ... Por isso, Deus os entregou aos desejos pecaminosos de seu coração. Como resultado, praticaram entre si coisas desprezíveis e degradantes com o próprio corpo. Trocaram a verdade sobre Deus pela mentira. Desse modo, adoraram e serviram coisas que Deus criou, em lugar do Criador, que é digno de louvor eterno! Amém. Por isso, Deus os entregou a desejos vergonhosos. Até as mulheres trocaram sua forma natural de ter relações sexuais por práticas não naturais. E os homens, em vez de ter relações sexuais normais com mulheres, arderam de desejo uns pelos outros. Homens praticaram atos indecentes com outros homens e, em decorrência desse pecado, sofreram em si mesmos o castigo que mereciam. Uma vez que consideraram que conhecer a Deus era algo inútil, o próprio Deus os entregou a um inútil modo de pensar, deixando que fizessem coisas que jamais deveriam ser feitas. ... Sabem que, de acordo com a justiça de Deus, quem pratica essas coisas merece morrer, mas ainda assim continuam a praticá-las. E, o que é pior, incentivam outros a também fazê-lo.” (Rm 1:21, 24-28, 32 [NVT], grifo nosso).

Conclusão
Deus é tão bom que nos orienta como devemos viver.
Quando nos desviamos, Ele nos avisa e usa meios para que voltemos ao caminho certo.
E quando mesmo sabendo de tudo isso, insistimos em O desagradar, Ele continua sendo bom e nos deixa fazer o que quisermos, entretanto, Ele também é justo juiz e nos julgará. E não poderemos depois reclamar das consequências e punições que receberemos.

Assim encerramos mais esta postagem, crendo que tenha ficado claro que não há contradições entre os textos apresentados. Os aguardamos nas próximas postagens.

"A condenação é esta: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Pois todo aquele que pratica o mal detesta a luz e não se aproxima da luz, para que as suas obras não sejam reprovadas." (Jo. 3:19-20 [NAA – Nova Almeida Atualizada Ver. 2017).
DEUS OS ABENÇOE GRANDEMENTE!
Ozires de Beserra da Silva
Técnico em Informática, Graduado em Matemática e Servo do Deus Altíssimo.
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domingo, 17 de março de 2019

♪ Eu tô zen, por MC Kekel ♫

- Cuidado com o que ouve! (17 de março de 2019)

A música desta postagem sai um pouco de nosso “meio”, isto é, contém algumas gírias que não conhecemos, mas ela tem alguns aspectos interessantes que valem a pena abordar e, como é uma música cativante, devido a sua melodia, e mesmo que a letra seja parca, pode facilmente influenciar os ouvintes. Então, vamos a letra:
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01. Solteiro, novamente eu 'to zen (repete 3x)
02. Só quero beijar sem sentimento pra ninguém (e repete 01. e 02.)

03. Pra causar, pra viver
04. Pra sair, pra zoar
05. De amor, sem saber
06. Não 'to nessa, só quero ver o jogo só rolar

07. Sem amar, sem perder
08. Sem chorar, sem sofrer
09. Pra viver sempre bem
10. Só quero pegar, só quero beijar
11. Sem amar ninguém (2x)

12. Solteiro, novamente eu 'to zen (3x)
13. Só quero beijar sem sentimento pra ninguém (e repete 12. e 13. e depois repete tudo)

Compositores: Kedson William Da Silva
Letra de Eu Tô Zen © Ubc

Esta música, apesar de ser bastante repetitiva (típico de doutrinação, no pior sentido da palavra), traz algumas coisas interessantes, mas, há uma que não vamos abordar na análise de cada linha, que é o fato dela fazer clara distinção entre amor e sexo. As músicas, há muito que misturam as duas coisas e esta, neste aspecto, destoa (agora no melhor sentido da palavra). As demais vamos ver a partir de agora:
A. Na linha “1” e “12” apesar de ser possível utilizar o termo “solteiro” informalmente como alguém “que não está mais casado” este significado moderno é um erro. Isto porque em sua maioria é utilizado para esconder um fato que pode lhe causar desconforto: saiu de um relacionamento que fracassou. À maioria das pessoas preferem esconder um fracasso do que utilizá-lo como aprendizado para melhorar e acertar na próxima tentativa. Mas o pior é que ao esconder um relacionamento que não deu certo você pode estar enganando aos outros e a si mesmo. Você não é obrigado a dar explicações a ninguém de sua vida pessoal, e justamente por isso, você não precisa esconder que cometeu erros. Somos humanos e erramos. Todos erram. Ao invés dessa música lhe incentivar a ser uma pessoa melhor, diz para você esconder suas frustrações dentro de si mesmo, enterra-la em seu coração, quando São Pedro nos lembra que devemos, estar “lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós.” (I Pe. 5:7), isto é, não devemos guardar frustrações e rancores, antes devemos lança-los fora, aos pés do SENHOR. Este verso ainda traz a ideia de que estar em um relacionamento é complicado, trabalhoso; é algo que deixa aflito e, consequentemente, que deve ser evitado. Não poderia estar mais errado. Decerto que relacionamentos não são fáceis em vários momentos, mas, se fizermos as escolhas certas, colocando Deus acima de tudo e a frente de cada decisão, teremos momentos maravilhosos que superarão em muito os momentos ruins. Ah, e momentos ruins acontecem com todo mundo e os solteiros não são exceção;
B. Na linha “2” deixa claro não querer mais entrar em um relacionamento. Teve uma má experiência e não quer tentar novamente. Mas o pior não é isso; é não reconhecer que teve parte no fracasso. Como parte integrante do relacionamento, quando ele naufraga, você também é culpado. Talvez tentemos nos justificar para nós mesmos e para os outros, mas se tivéssemos feito algumas coisas de forma diferente, será que o relacionamento não teria dado certo? Geralmente fazemos escolhas erradas. Mas os relacionamentos geralmente dão errado porque já começam errados. Se começou errado e Deus não for incluído para consertar, certamente dará errado. Outra coisa neste verso é que agora ele está disposto a se preservar. Mas, “não dar sentimento” é o mesmo que usar a outra pessoa. É trata-la como objeto. É egoísmo. É não se importar com o que causará no outro;
C. Na linha “3” há uma gíria que, como disse no início, não faz parte “do meu mundo”, mas imagino que “pra causar” signifique “para impactar” ou “para provocar”, mas não sei como estas definições se harmonizam com o restante da linha. É preciso impactar para viver? Ou só se vive se impactar? Ou então seria uma forma de dizer que “quer viver intensamente”? Mas, se este último for o caso, é realmente possível ser feliz usando as outras pessoas? Lembremos que a terceira lei de Newton diz: “A toda ação há sempre uma reação oposta e de igual intensidade”;
D. Na linha “4” está um pouco mais simples. Ele diz que quer sair pra se divertir sem compromisso. “Aproveitar a liberdade” que agora tem e ir pra farra. Bom, tem gosto pra tudo no mundo. Mas, se ele não podia se divertir indo para as festas no relacionamento que tinha, não é um indício de que ele tinha escolhido mal? Então temos que pensar qual realmente o motivo do fracasso? Em um relacionamento ambos devem abrir mão de algumas coisas ou os dois devem gostar de fazer exatamente as mesmas coisas; caso contrário não dará certo. É muito provável que seus próprios desejos foram o motivo do fracasso;
E. As linhas “5” e “6” não consegui entender. Por favor me ajudem colocando aí nos comentários o que vocês acham que seria;
F. Nas linhas “7” a “9” diz que não vai amar para não ter que perder. Ele não podia estar mais errado. Com o amor é que ganhamos, inclusive quando perdemos. Na verdade, diria que é preciso perder para poder amar, e, quando se ama, é que você percebe que a troca valeu a pena. Viver sempre bem sem amar é impossível. Assim como é impossível amar sem sofrer. Como diz o belo texto de São Paulo: “O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” (I Co. 13:4-7, grifo nosso) e, como escreveu o Apóstolo João: “No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor.” (I Jo. 4:18);
G. Nas linhas “10” a “11” apenas deixa claro o que já disse antes, que só vai “ficar”, sem estar disposto a amar. É evidente que depois de mais esta experiência fracassar (e vai), ele pode se envolver novamente com alguém, mas até lá, quantas pessoas terá feito sofrer?
Vamos ficando por aqui. Nos ajudem com as linhas “5” e “6” deixando seus entendimentos aí nos comentários e tenham cuidado com o que ouvem para que não venham a olhar o mundo de forma distorcida, mas, sim, pela lente transparente da Palavra de Deus.
P.S.: Se tiverem alguma música que queiram entende-la melhor, deixe seu título e interprete nos comentários. Podem ser músicas seculares ou gospel. Faremos o possível para atendê-los.
Que Deus nos dê sabedoria e renove nosso entendimento.
Ora, o intuito da presente admoestação visa ao amor que procede de coração puro, e de consciência boa, e de fé sem hipocrisia. Desviando-se algumas pessoas destas coisas, perderam-se em loquacidade frívola, pretendendo passar por mestres da lei, não compreendendo, todavia, nem o que dizem, nem os assuntos sobre os quais fazem ousadas asseverações.” (I Tm. 1:5-7)
DEUS OS ABENÇOE GRANDEMENTE!
Ozires de Beserra da Silva
Técnico em Informática, Graduado em Matemática e Servo do Deus Altíssimo.

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quarta-feira, 6 de março de 2019

✨ Verdade Absoluta, Verdade Relativa, Meia-Verdade e Mentira ✨

» Cosmovisões – Parte 02 (06 de março de 2019)

INTRODUÇÃO
Como nossa cosmovisão pessoal é formada a partir de pressupostos formados pelos caracteres de verdade encontrados naquilo que nos chega ao conhecimento, é necessário, então, sabermos como reconhecer se aquilo que cremos como verdade realmente o são. Queremos mostrar nesta postagem o que é cada uma das verdades bem como a mentira; e como é possível, de forma geral, a partir de alguns exemplos particulares, identifica-las. Saber identifica-las é primordial na composição de nossa cosmovisão pessoal.
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A VERDADE IMPORTA
Mesmo que comumente vejamos pessoas dizerem que não estão preocupadas com a verdade, ao menos não com o que outras pessoas dizem ser a verdade, este discurso é uma mentira. Todos estão preocupados com a verdade e, digo ainda mais, de estar posicionado nela. Tudo que fazemos é, naturalmente, firmado no princípio de que estamos situados na verdade absoluta, ou seja, que a conhecemos e a contemos.

O MAIS FUNDAMENTAL
Uma cosmovisão é composta por um conjunto de ideias. Todas estas ideias tendem a seguir um certo fluxo que busca evitar a contradição, isto é, as ideias costumam se alinhar de forma que a cosmovisão seja coerente em todas as suas ideias. Como diz SIRE: “Uma cosmovisão é composta de uma série de pressuposições básicas, mais ou menos consistentes entre si, mais ou menos conscientemente defendidas, mais ou menos verdadeiras”. Para que isto ocorra é preciso do que chamaremos aqui de “unidade básica da cosmovisão”, que são as definições. Vale ressaltar que utilizaremos mais o conceito matemático, por ser mais rígido, do que o linguístico.
As definições são conceitos extremamente básicos e intuitivos que não precisam ser explicados para serem entendidos como verdade e “geralmente essas pressuposições não são questionadas por cada um de nós, raramente ou nunca são mencionadas por nossos amigos” (SIRE). São tão fundamentais que é praticamente impossível haver uma posição diferente, ou seja, você só vai poder aceitar ou recusar aquilo como verdade. No campo da filosofia é bem difícil citar exemplos, mas no campo da matemática podemos citar alguns exemplos e usaremos o trabalho de Euclides, “Os Elementos”, para apresentar alguns apenas para facilitar a compreensão:
I. Ponto é o que não tem partes ou o que não tem grandeza alguma;
II. Linha é o que tem comprimento sem largura;
III. As extremidades da linha são pontos;
Isto é necessário porque precisamos “entender duas características centrais das cosmovisões: seu caráter pressuposicional e suas possíveis respostas à pergunta mais fundamental que podemos fazer” (SIRE). A primeira deve ser tomada como o elemento primordial que sustenta todas as outras coisas e, portanto, deve ser pautada na verdade absoluta, e a segunda deve ser tomada como um axioma, que explicaremos mais à frente.
Esta primeira ainda tem “duas características primárias: A primeira é o fato que nossos compromissos fundacionais primários são apenas isto – compromissos, isto é, pressuposições. São aquelas coisas a que chegamos quando não podemos mais explicar porque dizemos o que dizemos. A segunda é o caráter da pergunta” (SIRE) que se faz, como “o que é o caso” e não “como sabemos ou acreditamos que é o caso”, por exemplo: “porque existe algo em vez de nada?” e não “como você entende que algo surgiu?”.
Precisamos então definir algumas coisas fundamentais e isto porque “essencialmente, cosmovisão é um conjunto de pressuposições (suposições que podem ser verdadeiras, parcialmente verdadeiras ou totalmente falsas) que sustentamos (consciente ou subconscientemente, consistente ou inconsistentemente) sobre a constituição básica de nosso mundo” (SIRE).
POSTULADOS
A partir destas “unidas básicas da cosmovisão” postulamos algumas coisas, isto é, admitimos que alguns conceitos são tão básicos que não precisam ser explicados. Já os aceitamos como verdade por serem decorrentes das definições. Estes conceitos, entretanto, são extremamente importantes pois serão como que regras impostas para provarmos que as ideias são verdadeiras. Citando como exemplo dois dos postulados de Euclides: “podemos ligar dois pontos por uma linha reta” e “uma linha reta pode ser estendida até onde seja necessário”. Como podem perceber, os postulados utilizam as definições para se mostrarem verdadeiros.
Decerto que o que estamos dizendo aqui pode parecer estranho e fazer pouco sentido dentro do assunto Cosmovisões, mas, será necessário para definirmos verdade e mentira, visto que não se constrói uma casa de alvenaria sem empilhar tijolos.

AXIOMAS
Os axiomas são conhecidos pela maioria das pessoas como “noção comum”, isto é, algo que é aceito por todos como verdade sem que seja preciso explicar porque isto é verdade. São tão óbvias que negá-las seria um disparate. Facilmente você se deparará com elas no seu dia a dia, mas vamos continuar usando como exemplo os do Euclides:
- “O todo é maior do que qualquer das partes”;
- “As cousas que são iguais a uma terceira, são iguais entre si”;
- “As metades de uma mesma quantidade são iguais”;
Todos estes (definições básicas, postulados e axiomas) são tão fundamentais que os aceitamos intuitivamente, no entanto, ao ser recusado é preciso que seja exposta um conceito que possa ser verdadeiro, a recusa do axioma apresentado pode implicar em um erro muito antes dele próprio. E não pode existir um meio termo, ou seja, ele só pode ser verdadeiro (verdade) ou falso (mentira). Vamos para um exemplo mais dentro do assunto: por definição os teístas dizem que Deus existe, enquanto que os ateístas, que entendem que esta definição é falsa, entendem, por consequência, que Deus não existe. Como as duas não podem estar certas, uma delas será verdade e a outra, portanto, será mentira; e também não existe meio-termo. Não é possível dizer: “Deus existe em parte” ou “Deus meio que não existe”. O que pode mudar é o conceito do que seja Deus, não sua existência ou não existência. Quando formos falar do teísmo e ateísmo como cosmovisões detalharemos mais o assunto.

PROPOSIÇÕES
Agora vamos tomar alguns conhecimentos da argumentação matemática que nos ajudará a distinguir as verdades e as mentiras, que é a forma como se trata as proposições.
Proposições são sentenças, geralmente não longas e que trazem um sentido completo. Em geral a construção das proposições não são objeto de questionamento, mas sim, se ela é verdadeira ou falsa. As proposições também podem ser (além de verdadeiras e falsas): afirmativas ou negativas.
As duas “classes” são independentes, isto é, uma proposição negativa pode ser verdadeira enquanto que uma proposição afirmativa pode ser falsa. Vamos tratar aqui, apenas por facilidade, que toda afirmativa é no sentido de “ocorre” e toda negativa no sentido de “não ocorre”. Vamos para os exemplos:
- Proposição afirmativa: “Chove”;
- Negação da afirmação ou proposição negativa: “Não chove”;
E:
- Proposição verdadeira: “O sol é quente”;
- Proposição falsa: “O sol é gelado”;
E ainda:
- Proposição negativa verdadeira: “Planetas não são estrelas”;
- Proposição afirmativa falsa: “Planetas são estrelas”.
Dentro destes princípios podemos agora dizer que uma proposição é verdade (verdadeira) ou mentira (falsa) e isto independe se a proposição é uma afirmação ou uma negação. Então vamos adiante.

VERDADE ABSOLUTA, VERDADE RELATIVA, MEIA-VERDADE E MENTIRA
Primeiro aos conceitos:
- Verdade absoluta: é uma proposição verdadeira independente de aceitação, verificação ou comprovação. Não é afetada pela verdade relativa ou pela meia-verdade, isto é, ela sempre existirá mesmo que não a possamos evidenciar;
- Verdade relativa: é uma proposição que pode ser verdadeira dependendo de fatores (geralmente de perspectiva) entre indivíduos. Entre as verdades relativas haverá apenas uma verdade absoluta, mesmo que não evidenciada, e todas as demais serão mentiras (quando e se a verdade absoluta for evidenciada). Entendendo “universo” como item analisado, não pode haver duas verdades absolutas no mesmo “universo”. Caso seja identificada duas verdades absolutas pode haver duas causas: 1. É a mesma verdade absoluta descrita de forma diferente ou; 2. Está sendo analisado dois “universos” distintos, mesmo que interdependentes ou subsequentes;
- Meia-verdade: é uma sentença deliberadamente incompleta, isto é, uma afirmação que omite parte dos fatos ou informações com intuito de fazer o receptor chegar a uma verdade baseado em suas próprias pressuposições e não nas do locutor;
- Mentira: é o oposto da verdade absoluta ou, melhor dizendo, tudo que não seja verdade.
Vamos entende-las a partir de exemplos.

A XÍCARA
A imagem ao lado representa uma xícara real e a partir dela vamos trazer proposições diversas que exemplificam os itens anteriores.
1. Verdade absoluta: “Esta xícara tem asa”;
2. Verdade relativa: “A asa desta xícara está do lado esquerdo”;
3. Mentira: “Esta xícara não tem asa”;
4. Meia-verdade: “O conteúdo da xícara é para beber”.
Pelas proposições apresentadas acredito que os itens ímpares (1. e 3.) não precisam de maiores esclarecimentos, enquanto que os itens pares (2. e 4.) precisam de mais alguma coisa para serem compreendidos bem por todos. Estas proposições têm o conteúdo que representa cada um dos itens.
A verdade absoluta será uma proposição inegável por qualquer pessoa em seu tino perfeito.
A verdade relativa pode ser questionada caso alguém esteja posicionado em algum lugar que lhe dê uma perspectiva distinta do locutor, por exemplo, se o receptor estiver olhando a xícara em posição diferente do locutor ele poderá entender que a asa da xícara esteja à direita ou mesmo atrás (caso ele não a esteja vendo). Para que a verdade relativa se torne uma verdade absoluta seria necessário então que o locutor complementasse (ou refizesse) a proposição, que poderia ficar mais ou menos assim: “A asa da xícara está do meu lado esquerdo”. Desta forma todas as outras formas de ver a asa da xícara seriam mentiras, deixando de existir a verdade relativa, já que a relativização foi anulada.
A mentira pode ser a negação da verdade absoluta, a insistência da relativização da verdade absoluta ou uma proposição impossível ou inconcebível, por exemplo, na proposição: “A asa da xícara está do lado de dentro”. Sendo anulada a impossibilidade ou inconcebilidade por meio de evidências, deixará de ser mentira e passará a ser verdade. Estas evidências, no entanto, devem ser incontestáveis para que seja uma verdade absoluta. Como explicamos na postagem anterior, algumas evidências são questionáveis ou insuficientes e, nestes casos, se enquadrarão em verdade relativa.
A meia-verdade é a mais difícil de reconhecer e também a mais perigosa e mais utilizada pelos mal-intencionados. No exemplo citado se você bebe o líquido da xícara você morre. Isto porque é um veneno muito forte. Logicamente se você não conhecesse a pessoa que estivesse lhe oferecendo você não beberia sem perguntar antes, mas ela é perigosa justamente por causa disso: porque geralmente confiamos nas pessoas que as utilizam e elas geralmente as utilizam para evitar que nos decepcionemos com elas. Entretanto o mau causado é muito maior do que dizer a verdade. Costumo dizer que toda meia-verdade, por ser uma forma de ocultar a verdade para se ter algum proveito indevido, é uma completa mentira.

O MAIOR EXEMPLO DA MEIA-VERDADE
Poderíamos citar muitos exemplos de meia-verdade. Mas vamos ficar apenas como a mais conhecida e também a mais fatídica que é a que está descrita no livro do Gênesis. Em Gn. 2:16-17, lemos Deus dando ordem ao homem para não comer do fruto de determinada árvore que foi plantada no jardim. Desobedecer, lhe causaria a morte. Em Gn. 3:1-6 lemos um diálogo entre a mulher e a serpente. Após a mulher explicar à serpente a ordem de Deus e o que aconteceria em caso de desobediência “a serpente disse à mulher: é certo que não morrereis” (vv. 4). Ao terem comido do fruto daquela árvore; morreram, primeiro espiritualmente, tendo morrido para Deus, perderam sua comunhão com Ele, e, posteriormente, a morte física.

Cremos que tudo que foi colocado aqui foi compreendido, mas, caso não, deixem suas dúvidas, críticas, sugestões e opiniões nos comentários e, se for proveitoso para todos, abordaremos na próxima postagem desta série. Agora que estamos melhores preparados para identificar quais proposições podem, ou não, serem verdadeiras, a partir delas veremos como saber se nossa forma de pensar também são lógicas e verdadeiras. Até a próxima!

"Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram." (Rm 5:12)
DEUS OS ABENÇOE GRANDEMENTE!
Ozires de Beserra da Silva
Técnico em Informática, Graduado em Matemática e Servo do Deus Altíssimo.


Bibliografia

- COMANDINO, Frederico. Euclides – Elementos de Geometria. São Paulo: Edições Cultura, 1944;
- SIRE, James W. Dando nome ao elefante: Cosmovisão como um conceito. 2ª edição. Brasília, DF: Editora Monergismo, 2012;