Desta vez estamos trazendo o sucesso do momento. Apesar da música ter sido lançada no ano passado (depois de ter sido gravada e descartada pelo Gustavo Lima), este ano começou a fazer enorme sucesso na voz do Gabriel Diniz. Não gostamos muito de abordar músicas com letras pífias, mas ao longo do tempo vamos fazer exceções quando der para trazer algo proveitoso. Vamos a letra:
01. Mas ela veio me xingando, enchendo o saco e perguntando
02. Quem é essa perua aí?
03. Mas peraí! Mas peraí!
04. Você não paga as minhas contas
05. Já não é da sua conta o que é que eu tô fazendo aqui
06. Mas mesmo assim vou te explicar...
07. O nome dela é Jenifer
08. Eu encontrei ela no Tinder
09. Não é minha namorada
10. Mas poderia ser
11. O nome dela é Jenifer
12. Eu encontrei ela no Tinder
13. Mas ela faz umas paradas
14. Que eu não faço com você
Compositores: Junior Lobo / Antonio Avelar Borges Junior / Joao Pala / Thawan Alves / Leo Sousa / Fred Wilian / Thales Gui / Aleef Rodrigues
Letra de Jenifer © WARNER/CHAPPELL EDICOES MUSICAIS LTDA.
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Pelo comentário que circula na WEB da história da composição desta música, trata-se de um caso de superação de um relacionamento, mas há uma parte dela que dá a entender que não é este o caso. Típico de letras ruins: ninguém sabe direito qual a intenção. Difícil entender como faz sucesso. A melodia é ruim, tem erros na métrica e na construção gramatical das frases e, nelas, ainda há palavras desnecessárias; mas vamos ao que interessa, a análise de cada linha (vamos começar com a ideia de que o relacionamento acabou, seguindo os comentários):
A. Na linha “1” entende-se que uma mulher, que tinha (ou acredita que ainda tem) um relacionamento com o homem a quem a letra retrata, descobre algo que ele fez e que a deixa com muita raiva, agredindo-o verbalmente e, inclusive, foi insistente e invasiva. Se já não havia um relacionamento entre os dois então sua reação foi atípica. Podemos então perceber duas coisas: a. A atribuição à mulher de um temperamento exagerado e descabido, o que a desvaloriza e justifica o fim do relacionamento, e; b. Uma supervalorização do “cara” já que mesmo após o fim do relacionamento ela ainda veio “tomar satisfações” com ele por algo que ele fez.
B. Na linha “2” descobrimos o motivo da fúria dela: ele estava com outra mulher. Se eles não tinham mais um relacionamento, estava livre para iniciar um novo, logo isto a coloca em uma posição ainda pior: tem também um ciúme exagerado, que chega a ser doentio;
C. Nas linhas “3” a “6” vemos a resposta dele: ela não mandava nele. E o fato dela não pagar pelos seus gastos sequer lhe dá o direito de questioná-lo sobre para onde ou com quem ele saía e que não precisa se justificar, mas mesmo assim vai. Claro que a intenção não é a satisfazer a curiosidade, mas coloca-la numa situação ainda pior;
D. Na linha “7” a “14” ele vai explicar quem é a pessoa que está com ele e como a conheceu. Entretanto, ao dizer que a encontrou pelo aplicativo de namoro, quer mostrar que é muito fácil substituir uma pessoa em um relacionamento. Este é o problema deste tipo de música: procura moldar nossa cosmovisão a aceitarmos algumas coisas que não são normais ou verdadeiras. Precisamos aqui lhes mostrar a distinção entre o que é comum e o que é normal, pois mesmo que algo tenha se tornado comum não quer dizer que é normal. O certo sempre será certo mesmo que a maioria acredite que é errado e o errado sempre será errado mesmo que a maioria acredite que é certo. O que esta música está dizendo é que os relacionamentos são descartáveis e que é muito fácil encontrar outra pessoa na busca de um novo e melhor relacionamento, sem compromissos e sem cobranças, mas que pode evoluir e ficar mais sério se for bom para ambos. Até que não seja mais agradável e termine para recomeçar em outro nos mesmos moldes e como novas e melhores experiências; ao menos na expectativa. Até que um dia você pare de tentar relacionamentos permanentes, pois uma hora eles ficam complicados demais; monótonos demais; ou, simplesmente, porque você cedeu a seus desejos. Neste meio tempo muitos relacionamentos são destruídos e as consequências perduram durante muito tempo, dependendo da quantidade de pessoas que foram envolvidas neles. A Escritura Sagrada diz que Deus "... não inocenta o culpado, e visita a iniquidade dos pais nos filhos e nos filhos dos filhos, até à terceira e quarta geração!" (Ex 34:7), logo não é estranho que o mundo esteja piorando e cada vez pior. Deus tenha misericórdia de nós;
E. Na linha “13” e “14” há a informação de que este novo “relacionamento” está lhe proporcionando uma experiência que ele não teve no relacionamento anterior. O problema é que a música induz as pessoas que estiverem passando por problema parecido que a culpa é de quem foi trocado, neste caso: dela. Ela que era chata demais, ciumenta demais, invasiva demais, doente; e ainda não lhe proporcionava prazeres que são comuns até mesmo em relacionamentos “esporádicos descompromissados”. Isto pode levar mulheres a se submeter a atos degradantes por acharem que quaisquer fetiches do parceiro são normais e que “todo mundo faz”, quando não há nenhuma normalidade nisso. Como já dissemos, não é porque todo mundo faz, ou seja, não é porque seja comum, que será normal. Você não deve fazer aquilo que é errado para satisfazer outro. Isto terá consequências, se não físicas, psicológicas. Todo pecado traz consequências e, um dia, você as sentirá;
F. Na linha “14” entretanto, há uma informação que desfaz toda imagem que foi desenhada da mulher. Veja que por toda a letra há apenas uma menção clara do fim do relacionamento que se encontra na linha “5”, mas aqui, há uma informação que mostra que ainda há algum relacionamento entre eles. Quando diz “eu não faço com você”, deixa claro que algum relacionamento entre eles ainda existe; e isto quer dizer que ela tem todo direito de estar brava e “cobrando explicações” dele. Então o “bom moço” na verdade é quem a estaria traindo. E então, nesta nova perspectiva, a linha “4” deve ser abordada de uma forma diferente. Um casamento terá muita dificuldade de dar certo se o pensamento de quaisquer (ou das duas) partes for esse. Em um casamento não deve existir o meu e o seu, mas sim o nosso. Os dois são uma só carne e isto quer dizer que o que é de um, é também do outro; e isto inclui também os problemas (Mc. 10:6-12). Se o casamento não for entendido desta forma haverá sempre um lado que não estará feliz.
Vamos ficando por aqui. Mas quero fazer ainda um alerta: se seu relacionamento está baseado apenas em sexo, então ele está fadado ao fracasso, não importa o tipo de sexo que vocês façam, isto é, não há relacionamento saudável se ele é baseado apenas na relação sexual. Se você está em um relacionamento assim é hora de rever sua cosmovisão.
Tenham cuidado com o que ouvem para que não venham a olhar o mundo de forma distorcida, mas de forma reta pela lente transparente da Palavra de Deus.
P.S.: Se tiverem alguma música que queiram entende-la melhor, deixe seu título e interprete nos comentários. Podem ser músicas seculares ou gospel. Faremos o possível para atendê-los.
Que Deus nos dê sabedoria e renove nosso entendimento.
"Assim também os maridos devem amar a sua mulher como ao próprio corpo. Quem ama a esposa a si mesmo se ama." (Ef 5:28)
DEUS OS ABENÇOE GRANDEMENTE!
Ozires de Beserra da Silva
Técnico em Informática, Graduado em Matemática e Servo do Deus Altíssimo.
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