» Out of Series (01 de Janeiro de 2024)
Graça e Paz da parte de Deus, nosso Pai, e de Nosso Senhor e
Salvador, Jesus Cristo!
Dando continuidade ao ciclo de giros que nosso pequeno planeta faz
em torno do Sol mais um ano se vai, e mais um ano se inicia. Com ele renovamos
nossos projetos, que muitas vezes nem foram iniciados ou concluídos. Refazemos
nossos planos, que nunca foram escritos. Nos comprometemos em sermos pessoas
melhores, companheiros mais próximos, famílias mais amorosas e cristãos mais
fiéis. Enfim, no futuro, sem dúvidas, seremos melhores!
• Religiosidade não é o problema
• Argumentação - a base da filosofia
• Os Dez Mandamentos, na interpretação de Jesus - O 1º mandamento
• Afinal, o que se tem que fazer para ter a vida eterna?
Infelizmente esse futuro não chegará para a maioria das pessoas e
você já deve ter se dado conta disso. Isto porque, nós, por nós mesmos, nunca
seremos tão bons quanto queremos; e nem tão excelentes quanto os outros esperam
que sejamos. Ressalvado, é claro, as raríssimas exceções, os quais são a prova
de que podemos, desde que estejamos dispostos a abdicar de nós mesmos e
deixarmos o Espírito Santo agir e trabalhar em nós. Sim! Este é o único modo:
Cristo em nós, a esperança da glória! (Cl. 1:27). Somente Ele é capaz de
começar boa obra em nós e, começando, irá completá-la até o dia de Sua volta
(Fp. 1:6).
É necessário, entretanto, ter fé e quanto mais perto estamos do
fim, mais difícil será mantê-la. Falo do fim, pois a cada dia mais nos
aproximamos dele (do nosso próprio ou da Sua volta, independentemente, iremos
encontrá-lo dentro de algum tempo) mais difíceis as coisas vão ficando de
acordo com Sua própria palavra: “No mundo, passais por aflições” (Jo.
16:33) e, como disse São Paulo: “... nos últimos dias, sobrevirão tempos
difíceis ...” (II Tm. 3:1). Quando atentamos para as coisas que vem
acontecendo, e olhamos para o futuro, ficamos desalentados: o mundo caminha
para uma nova espécie de governo totalitário; as instituições, para a falência;
os povos, para a depravação total; os fiéis, para o paganismo. É difícil prever
algo de bom surgindo se olharmos apenas para os acontecimentos do mundo e as
notícias sobre ele.
Em nosso país não é muito diferente. Ouvi durante todo o ano, em
todos os dias, uma única boa notícia que se repetia: hoje está melhor do que
estará amanhã!
Diante de todo o caos que nos cercam, me angustio e, no meu desespero
me deparo com a pergunta: há saída?
Ouço, frequentemente, como resposta a quem faz a pergunta
relacionado ao estado do nosso país: “sim, o aeroporto”. Para alguns talvez
seja realmente uma solução possível, mas não para a maioria. Não é de bom tom
tomar as exceções pela regra. Se quiséssemos fazer uso desta falácia poderíamos
citar o exemplo de Abraão, que foi chamado por Deus para deixar sua terra e ir
para outra que ele nem sabia qual seria. Mas, quando deixamos a própria
Escritura falar vemos que ele morreu sem ter acesso ao local que aguardava.
Vejamos o texto, pois ele é muito significativo, e atentem para nossos grifos:
“Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de ir para
um lugar que devia receber por herança; e partiu sem saber aonde ia.
Pela fé peregrinou na terra da promessa como em terra alheia, habitando
em tendas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa; porque
aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador”.
Sair do seu país; do seu estado; da sua cidade; do seu bairro; da
sua rua; da sua casa; da sua igreja; talvez seja a solução para algum problema
que você está passando, mas quanto maior for a escala da mudança, mais difícil
será; e, se você não está disposto a fazer algo para melhorar sua situação no
lugar em que você está agora, qual razão você terá para lutar em outro lugar?
Não será apenas o fato de que você já tomou uma iniciativa (no caso a da
mudança)? E por que não toma a iniciativa de melhorar a situação agora mesmo,
sem precisar de uma mudança física, apenas de atitudes e pensamentos?
Se olharmos para o que acontece geralmente, quando a situação está
difícil é castigo de Deus para o seu povo. Há diversos exemplos disso, mas
vamos citar o contexto que abre o livro de Neemias: os judeus estavam em pecado
e Deus permitiu que fossem atacados pelos Assírios e pouco mais de um século
depois, pelos babilônicos e, em ambos os casos, fossem derrotados. Muitos
morreram em batalha ou em decorrência da violência, das doenças, da seca e da
fome. Outros foram levados como escravos e sujeitados a todos os tipos de
trabalhos. Outros conseguiram fugir e se espalharam pelo mundo. Outros ainda se
esconderam e viviam, mesmo durante cinquenta anos, nos escombros da cidade, ainda
destruída, em grande miséria e desprezo. Como já disse, por muitas vezes eles
foram espalhados pelo mundo. Em todas Deus cumpriu o Seu Propósito e Sua
Palavra.
Certamente quanto maior for a escala da mudança mais difícil será
para alterar a situação, mas cada um deve se ocupar das batalhas que se lhe
apresentam; Deus não dá a cruz maior do que possamos suportar (o texto de I Co.
10:13 fala de tentação, mas creio, sem prejudicar a verdade bíblica, poder parafrasear
desta forma). Então, para começar, por que não se dispor a melhorar sua igreja?
– Entenda, “sua” me refiro a igreja que você frequenta, e a qual, espero, que
faça parte dela, assim como parte do Corpo da Noiva de Cristo. – Certamente este
é um lugar onde você poderá contribuir muito e fazer a diferença na vida de
alguém. Esta seara está sempre precisando de trabalhadores e Seu dono é quem dá
as ferramentas necessárias para executar a tarefa. Aqui não há trabalho de
maior ou menor valor, afinal, no Reino dos Céus, aquele que serve é maior do
que quem é servido (Lc. 22:26-27) e quem quer ser o primeiro, seja o último
(Mc. 9:35). E ainda, como dizem: é muito melhor dar do que receber.
Sei que não é simples, ou fácil. Requer esforço, paciência e
perseverança. Sem isto só lhe restará a fuga. Ir para longe e, em geral, não
conseguir mudar nada nem na sua vida, nem na dos outros, e ainda passar a viver
enganosamente, por puro ego; só para não parecer que fez a escolha errada.
Lembre-se do filho pródigo (Lc. 15:11-32) e reflita; talvez você esteja em pior
situação que ele.
Sim, eu sei, pessoas são difíceis e, apesar da igreja ser uma
instituição divina, está repleta de pessoas humanas e, portanto, falhas. Cheias
de erros e defeitos. Aliás, sua existência (da Igreja, digo), é realmente um
milagre, já que é o lugar com a maior concentração das piores pessoas, afinal,
é o hospital de Cristo, onde apenas os doentes vão buscar soluções para seus
problemas.
Pense, então comigo, se as coisas estão ruins em toda parte,
talvez ficar e lutar para que as coisas aconteçam seja uma solução melhor do
que abandonar, fugir ou recomeçar em outro lugar. Estamos onde estamos porque
Deus nos colocou neste lugar e, como peregrinos na terra da promessa, habitamos
em tendas, buscando um conforto mínimo, como estando em terra alheia, em país
estrangeiro, trilhando o caminho que nos conduz ao Lar Celestial, assim como
fizeram os antigos.
“E que mais direi? Certamente, me faltará o tempo necessário
para referir o que há a respeito de ...” tantos outros, “... os quais,
por meio da fé, subjugaram reinos, praticaram a justiça, obtiveram promessas,
fecharam a boca de leões, extinguiram a violência do fogo, escaparam ao fio da
espada, da fraqueza tiraram força, fizeram-se poderosos em guerra, puseram em
fuga exércitos de estrangeiros ... Alguns foram torturados, não aceitando seu
resgate, para obterem superior ressurreição; outros, por sua vez, passaram pela
prova de escárnios e açoites, sim, até de algemas e prisões. Foram apedrejados,
provados, serrados pelo meio, mortos a fio de espada; andaram peregrinos,
vestidos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, afligidos, maltratados
(homens dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, pelos
montes, pelas covas, pelos antros da terra. Ora, todos estes que obtiveram bom
testemunho por sua fé não obtiveram, contudo, a concretização da promessa, por
haver Deus provido coisa superior a nosso respeito, para que eles, sem nós, não
fossem aperfeiçoados” (Hb. 11:32-40).
Encerro então parafraseando a oração feita por Neemias: “... Ah! SENHOR, Deus dos céus, Deus grande e temível, que guardas a aliança e a misericórdia para com aqueles que te amam e guardam os teus mandamentos! Estejam, pois, atentos os teus ouvidos, e os teus olhos, abertos, para acudires à oração do teu servo, que hoje faço à tua presença, dia e noite,” pelos Teus escolhidos, estes que são “teus servos; e faço confissão pelos” nossos pecados, “os quais temos cometido contra ti ... Temos procedido de todo corruptamente contra ti, não temos guardado os mandamentos, nem os estatutos, nem os juízos que ordenaste ... Lembra-te da palavra que ordenaste a Moisés, teu servo, dizendo: Se transgredirdes, eu vos espalharei por entre os povos; mas, se vos converterdes a mim, e guardardes os meus mandamentos, e os cumprirdes, então, ainda que os vossos rejeitados estejam pelas extremidades do céu, de lá os ajuntarei e os trarei para o lugar que tenho escolhido para ali fazer habitar o meu nome. Estes ainda são teus servos e o teu povo que resgataste com teu grande poder e com tua mão poderosa” (Ne 1:5-10) através do sangue precioso do Teu Amado Filho, Jesus, Nosso Senhor e Salvador.
A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo seja convosco. Amém!
Oz. B. Silva
Técnico em Informática, Graduado em Matemática e Servo do Deus Altíssimo e autor do blog http://sepade.blogspot.com
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