"Não furtarás." [Ex. 20:15]
Jesus menciona o oitavo mandamento
Jesus cita o oitavo mandamento de forma direta em apenas uma ocasião, mas não a abordaremos aqui pois trata-se da ocasião de Seu encontro com o jovem rico e já abordamos esta passagem anteriormente. Devido a este mandamento ser o mais abrangente de todos do Decálogo é inviável abordarmos todos os textos onde este mandamento é abordado indiretamente. Para sermos práticos vamos falar apenas do texto que traz a questão que julgamos mais importante, sem menosprezar, evidentemente, quaisquer dos outros aspectos por menores ou mais banais que pareçam, pois todos tem o mesmo peso diante de Deus.
◄►◄►◄►
O oitavo mandamento
Este mandamento visa preservar o bom andamento da sociedade protegendo os direitos de cada pessoa.
Sua implicação
Em sua abrangência total implica na proibição de se obter algo que não seja seu por direito, mais precisamente, é a garantia de que não perderá nada, que lhe seja de direito, para outrem que não possui direito algum sobre tal.
Como Jesus o interpretou
Abordaremos aqui apenas a passagem escrita em Mateus 22:15-21. Nesta passagem vemos os fariseus reunindo-se para maquinar uma forma de pegar Jesus em algo que o pudessem acusar. Eles enviaram a Jesus alguns de seus pupilos (não vou usar discípulos para não confundir com os discípulos de Jesus) juntamente com alguns partidários de Herodes (os herodianos). A questão que se levantou foi sobre ser ou não legal pagar impostos aos romanos. A resposta de Jesus é uma das frases mais conhecidas da humanidade: “Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” [Mt. 22:21b]. É justamente aqui que encontramos a menção indireta ao oitavo mandamento que queremos abordar. Dentre todas as coisas com as quais nos apossamos de algo que não nos pertence (em não poucas ocasiões, digamos de passagem) estamos diante de duas relatadas por Jesus:
1. A César o que é de César: César representa o governo e, portanto, o que lhe pertence são os impostos que devemos pagar (mas não apenas isso). Em um país como o nosso, que o retorno dos impostos que pagamos é muito aquém do mínimo, parece certo que soneguemos impostos. Entretanto este pensamento está totalmente errado. Ao deixarmos de pagar os impostos nos apossamos de algo que não nos pertence e isto é uma transgressão do oitavo mandamento. Quando um funcionário público se utiliza do cargo para obter determinadas vantagens isto também é uma forma de se apossar de algo que não lhe pertence. Como podem ver este mandamento tem muitas facetas.
2. A Deus o que é de Deus: Jesus mostra aqui que sempre nos apossamos de algo que é de Deus, ou que não estamos dando a Deus aquilo que Lhe pertence, retendo ou entregando para outrem.
Síntese
Se fossemos listar as formas como transgredimos este mandamento; seria uma lista um pouco extensa. O Loron Wade (vide bibliografia) traz uma lista com quatorze “ações” com as quais o violamos e ainda seria possível acrescentar mais algumas coisas. O mais importante para nós aqui, entretanto, é como temos transgredido este mandamento em nossa relação com Deus. Nos esquivamos de nossas responsabilidades e compromissos negando-lhe o que é Seu por direito. Somos Dele; servos Dele; seus Sacerdotes; e em muitas vezes negamos-Lhe até mesmo disponibilidade de tempo que O pertence por direito.
Os aguardamos nas próximas postagens.
"Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas!" [Mt 23:23].
DEUS OS ABENÇOE GRANDEMENTE!
Ozires de Beserra da Silva
Técnico em Informática, Graduado em Matemática e Servo do Deus Altíssimo.
Bibliografia
- WADE, Loron; Os Dez Mandamentos – Princípios divinos para melhorar seus relacionamentos; Tatuí – São Paulo; Casa Publicadora Brasileira, 2006;
Nenhum comentário:
Postar um comentário