sexta-feira, 3 de julho de 2015

.: Uma pergunta pode mudar uma história :. (03 de Julho de 2015)


- A Bíblia se contradiz quanto a sua inspiração divina?

Começando sobre as contradições apontadas, na sequência que estão escritas, vamos ver o que foi dito sobre a inspiração das Escrituras Sagradas:

“A Bíblia nos fala que toda a escritura foi inspirada por Deus (II Timóteo 3:16). [Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça,]”
“Mas em alguns trechos é negada a inspiração divina (I Coríntios 7:6; 5:12) [E isto vos digo como concessão e não por mandamento.]; [Pois com que direito haveria eu de julgar os de fora? Não julgais vós os de dentro?] (II Coríntios 11:17) [O que falo, não o falo segundo o Senhor, e sim como por loucura, nesta confiança de gloriar-me.]”
Obs.: O texto entre as aspas foi transcrito conforme escrito e o texto entre colchetes eu incluí, sendo estes, os textos referentes aos versículos citados como defesa de sua tese.

O que digo? Digo que podemos ver a tentativa de manipular o texto para que este o atenda. Qualquer um que ler os dois primeiros textos, mesmos estes isolados como estão, perceberá que não há nenhuma contradição ou negação a inspiração divina das Escrituras. Nosso amigo (passarei a me referir ao autor do texto que me foi enviado desta forma, já que este não está declarado) está se valendo dos pronomes para atribuir o que está escrito a pessoa que o escreveu. De forma alguma tem sido negado quem escreveu qual livro, e até é motivo de estudo e pesquisa aqueles livros que ainda não se sabe quem os escreveu. E isto também não é razão para se negar a inspiração divina dos livros escritos. Como exemplo vamos citar os belos salmos escritos por Davi. Foram escritos por Davi. Isso de alguma forma nega a inspiração divina? Vejamos o que Jesus disse a Pedro em determinada passagem:

Indo Jesus para os lados de Cesaréia de Filipe, perguntou a seus discípulos: Quem diz o povo ser o Filho do Homem?
E eles responderam: Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros: Jeremias ou algum dos profetas.
Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou?
Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.
Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus.
Mt. 16:13-17

Podemos ver que a resposta à pergunta de Jesus foi dada por Pedro e mesmo assim Ele atribui sua resposta a uma Inspiração Divina. Apenas este texto é suficiente para nos esclarecer como foi escrita toda a Bíblia.
Quanto ao segundo texto que, aparentemente, é uma contradição, pois Paulo diz claramente “O que falo, não o falo segundo o Senhor”, o que nos remeteria a que, na Bíblia, haveria ao menos um texto o qual não seria inspirado, já que o próprio Paulo o diz.
No entanto esse texto nos mostra dois pontos que são críticos: 1. Pegar textos isolados de seus contextos e tirar conclusões sobre ele e, 2. tentar entender as escrituras através do nosso próprio entendimento.
Não estou dizendo no ponto 2 que não seja possível a qualquer pessoa entender as Escrituras ou que cada um não possa fazer seus próprios estudos sobre as Escrituras. O que estou fazendo é uma referência ao que o Apostolo Pedro escreveu em 2 Pe. 1:20,21: “Antes de tudo, sabei que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal, porquanto, jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens santos falaram da parte de Deus, orientados pelo Espírito Santo.” [KJA]
Para entendermos o segundo texto citado pelo Nosso Amigo, precisamos ler todo o capítulo 11 para que saibamos em qual contexto está inserido o texto. Vou colocar abaixo, o texto da versão KJA, que está numa linguagem mais próxima da nossa, como Paulo começa escrevendo este capítulo e o texto que precede o versículo usado, bem como ele mesmo e o seguinte:

Quisera eu me suportásseis ainda um pouco mais na minha loucura! Rogo-vos que sejais pacientes comigo.
… .
Afirmo, uma vez mais, que ninguém me considere louco. Mas, se assim pensais, recebei-me como quem acolhe a um fraco de juízo, pois assim, ao menos, terei algo de que me orgulhar. Ao declarar esse orgulho, não o estou fazendo segundo o Senhor, mas como quem perdeu a sensatez. Considerando que há muitos que se orgulham de acordo com padrões mundanos, ora, eu de igual modo posso me orgulhar.

Peço a vocês que me digam se falta Inspiração Divina neste capítulo.
Não vejo necessidade de explicações adicionais. Lhes aconselho no entanto a lerem toda esta segunda carta aos Coríntios para saberem o motivo pelo qual ela foi escrita. Todo o contexto é importante no entendimento das Escrituras para que não tiremos conclusões equivocadas do que está escrito.
Concluindo, se você ainda tem alguma dúvida sobre como é a Inspiração Divina, vou lhe dar um exemplo bem prático. Você é ruim para decorar os textos da Bíblia? Não prega o Evangelho por esse motivo? Tem medo de não saber o que falar? Lembrem que “… não cuideis em como ou o que haveis de falar, porque, naquela hora, vos será concedido o que haveis de dizer, visto que não sois vós os que falais, mas o Espírito de vosso Pai é quem fala em vós.” (Mt. 10: 19,20). Se você já saiu para Evangelizar, e orou pedindo para Deus para lhe dar as palavras certas, já viveu a experiência de receber a Inspiração Divina. Os textos certos, da forma certa e no momento certo, vêm a sua mente. Toda a timidez desaparece. Você fica cheio do Espírito Santo e seus interlocutores ouvem a pregação da Palavra de Deus. Mesmo os textos que aqui escrevo não vem de mim mesmo, mas me são inspirados por Deus, pois não tenho a menor capacidade de fazê-los por mim mesmo.
Agradeço a Deus por usar-me em sua infinita graça.
DEUS OS ABENÇOE GRANDEMENTE!
Ozires de Beserra da Silva
Técnico em Informática, Concluinte do Curso de Licenciatura em Matemática e Servo do Deus Altíssimo.

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