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A Bíblia se contradiz quanto a sua inspiração divina?
Começando sobre as contradições apontadas,
na sequência que estão escritas, vamos ver o que foi dito sobre a inspiração
das Escrituras Sagradas:
“A Bíblia nos fala que toda a escritura
foi inspirada por Deus (II Timóteo 3:16). [Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a
repreensão, para a correção, para a educação na justiça,]”
“Mas em alguns trechos é negada a inspiração divina (I Coríntios 7:6;
5:12) [E isto vos digo como concessão e não por
mandamento.]; [Pois com que direito
haveria eu de julgar os de fora? Não julgais vós os de dentro?] (II
Coríntios 11:17) [O que falo, não o
falo segundo o Senhor, e sim como por loucura, nesta confiança de gloriar-me.]”
Obs.: O texto entre as aspas foi transcrito conforme escrito e o
texto entre colchetes eu incluí, sendo estes, os textos referentes aos
versículos citados como defesa de sua tese.
O que digo? Digo que podemos ver a tentativa de manipular o
texto para que este o atenda. Qualquer um que ler os dois primeiros textos,
mesmos estes isolados como estão, perceberá que não há nenhuma contradição ou
negação a inspiração divina das Escrituras. Nosso amigo (passarei a me referir
ao autor do texto que me foi enviado desta forma, já que este não está declarado)
está se valendo dos pronomes para atribuir o que está escrito a pessoa que o
escreveu. De forma alguma tem sido negado quem escreveu qual livro, e até é
motivo de estudo e pesquisa aqueles livros que ainda não se sabe quem os
escreveu. E isto também não é razão para se negar a inspiração divina dos
livros escritos. Como exemplo vamos citar os belos salmos escritos por Davi.
Foram escritos por Davi. Isso de alguma forma nega a inspiração divina? Vejamos
o que Jesus disse a Pedro em determinada passagem:
“Indo Jesus para os lados de Cesaréia de Filipe, perguntou a seus
discípulos: Quem diz o povo ser o Filho do Homem?
E eles responderam: Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros:
Jeremias ou algum dos profetas.
Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou?
Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.
Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não
foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus.”
Mt. 16:13-17
Podemos ver que a resposta à pergunta
de Jesus foi dada por Pedro e mesmo assim Ele atribui sua resposta a uma
Inspiração Divina. Apenas este texto é suficiente para nos esclarecer como foi
escrita toda a Bíblia.
Quanto ao segundo texto que,
aparentemente, é uma contradição, pois Paulo diz claramente “O que falo, não o
falo segundo o Senhor”, o que nos remeteria a que, na Bíblia, haveria ao menos
um texto o qual não seria inspirado, já que o próprio Paulo o diz.
No entanto esse texto nos mostra dois
pontos que são críticos: 1. Pegar textos isolados de seus contextos e tirar
conclusões sobre ele e, 2. tentar entender as escrituras através do nosso
próprio entendimento.
Não estou dizendo no ponto 2 que não
seja possível a qualquer pessoa entender as Escrituras ou que cada um não possa
fazer seus próprios estudos sobre as Escrituras. O que estou fazendo é uma
referência ao que o Apostolo Pedro escreveu em 2 Pe. 1:20,21: “Antes de tudo, sabei que nenhuma profecia da Escritura
provém de interpretação pessoal, porquanto, jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens
santos falaram da parte de Deus, orientados pelo Espírito Santo.” [KJA]
Para entendermos o segundo texto citado
pelo Nosso Amigo, precisamos ler todo o capítulo 11 para que saibamos em qual
contexto está inserido o texto. Vou colocar abaixo, o texto da versão KJA, que
está numa linguagem mais próxima da nossa, como Paulo começa escrevendo este
capítulo e o texto que precede o versículo usado, bem como ele mesmo e o
seguinte:
“Quisera eu me suportásseis ainda um pouco mais na minha loucura!
Rogo-vos que sejais pacientes comigo.
… .
Afirmo, uma vez mais, que ninguém me
considere louco. Mas, se assim pensais, recebei-me como quem acolhe a um fraco
de juízo, pois assim, ao menos, terei algo de que me orgulhar. Ao declarar esse
orgulho, não o estou fazendo segundo o Senhor, mas como quem perdeu a sensatez.
Considerando que há muitos que se
orgulham de acordo com padrões mundanos, ora, eu de igual modo posso me
orgulhar.”
Peço a vocês que me digam se falta
Inspiração Divina neste capítulo.
Não vejo necessidade de explicações
adicionais. Lhes aconselho no entanto a lerem toda esta segunda carta aos
Coríntios para saberem o motivo pelo qual ela foi escrita. Todo o contexto é
importante no entendimento das Escrituras para que não tiremos conclusões
equivocadas do que está escrito.
Concluindo, se você ainda tem alguma
dúvida sobre como é a Inspiração Divina, vou lhe dar um exemplo bem prático.
Você é ruim para decorar os textos da Bíblia? Não prega o Evangelho por esse
motivo? Tem medo de não saber o que falar? Lembrem que “… não cuideis em como ou o que haveis de falar, porque,
naquela hora, vos será concedido o que haveis de dizer,
visto que não sois vós os que falais, mas
o Espírito de vosso Pai é quem fala em vós.” (Mt. 10: 19,20). Se você já saiu para Evangelizar, e orou pedindo
para Deus para lhe dar as palavras certas, já viveu a experiência de receber a
Inspiração Divina. Os textos certos, da forma certa e no momento certo, vêm a
sua mente. Toda a timidez desaparece. Você fica cheio do Espírito Santo e seus
interlocutores ouvem a pregação da Palavra de Deus. Mesmo os textos que aqui
escrevo não vem de mim mesmo, mas me são inspirados por Deus, pois não tenho a
menor capacidade de fazê-los por mim mesmo.
Agradeço a Deus por usar-me em sua
infinita graça.
DEUS OS ABENÇOE GRANDEMENTE!
Ozires de Beserra da Silva
Técnico em Informática,
Concluinte do Curso de Licenciatura em Matemática e Servo do Deus Altíssimo.
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