quinta-feira, 30 de julho de 2015

.: Uma pergunta pode mudar uma história :. (30 de Julho de 2015)

 - A Bíblia se contradiz quanto as aflições dos homens?

Continuando sobre as contradições apontadas, na sequência que estão escritas, vamos ver o que foi dito sobre as aflições que vêm sobre os homens:
“Deus admitiu que Ele é a causa da surdez e da cegueira (Êxodo 4:11). [Respondeu-lhe o SENHOR: Quem fez a boca do homem? Ou quem faz o mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? Não sou eu, o SENHOR?]”
“Contudo, Deus não aflige os homens por vontade própria (Lamentações 3:33) [porque não aflige, nem entristece de bom grado os filhos dos homens.]”
Obs.: O texto entre as aspas foi transcrito conforme escrito e o texto entre colchetes eu incluí, sendo, estes, os textos referentes aos versículos citados como defesa de sua tese.
O que digo? Fiquei realmente triste em ver como algumas pessoas distorcem as Escrituras apenas para satisfazer seus desejos. Temos aqui um claro exemplo disso. De início estava resolvido em não comentar este ponto, devido a desonestidade clara usada aqui. Mas vamos fazê-lo, até porque me comprometi a isso.
Vamos admitir aqui, seguindo o raciocínio do Nosso Amigo, que nascer com algum problema físico seja uma aflição dada por Deus já que Deus é o autor de toda a criação. Mas, se estamos dizendo que Deus é o autor de toda a criação, temos que admitir os propósitos de Deus para a criação.
Sabemos que Adão e Eva não tinham nenhum problema e nem que foram feitos para morrer (Gn. 1:31; Gn. 2:16-17; Gn. 3:5; Rm. 5:12). As aflições que vem sobre o homem, não foram causadas por Deus, mas pelo pecado, cometido pelo próprio homem.
É certo que nos propósitos de Deus o homem teria o direito de escolher. Podemos ver isso em várias partes da Bíblia, inclusive nos primeiros capítulos do Gênesis. Vamos então ver um exemplo: alguém fura os próprios olhos (ou de outrem). Como vamos atribuir tal aflição a Deus? Tá, mas o texto fala de nascer com estes problemas. Mas este exemplo condiz com a ideia usada na defesa, colocando este ponto no segundo versículo citado. Assim como um pai fica triste quando precisa castigar suas filhas, assim é Deus para conosco, no entanto, da mesma forma, tal ato é disciplina, para nossa correção, “para não sermos condenados com o mundo” (I Co. 11:32).
Um colega de trabalho, de alguns anos atrás, nascido com um problema é uma das pernas, costumava dizer: “Deus sabe o que faz. Eu sou um cara tão mal, que Deus me fez assim pra não me perder de vista”.
Mas vamos ver um exemplo, bastante forte, da própria Escritura: Jó. Jó perdeu tudo que tinha, inclusive seus filhos e sua saúde. No entanto não foi Deus que causou tal mal, apesar d’Ele ter permitido. Já foi dito em postagens anteriores, que todas as coisas acontecem com a permissão de Deus, mas permitir não é causar. Também sabemos que quando ele permite há algum motivo para tal. Podemos citar motivos para vários acontecimentos descritos na Bíblia, mas não vamos fazer isso neste momento. E mesmo quando Jó interpelou a Deus, ele foi duramente repreendido (vale a pena ler todo o livro de Jó, é um dos mais lindos das Escrituras).
E, para concluir, algumas palavras do próprio Filho de Deus. Mateus 19:3-8: “Vieram a ele alguns fariseus e o experimentavam, perguntando: É lícito ao marido repudiar a sua mulher por qualquer motivo? Então, respondeu ele: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem. Replicaram-lhe: Por que mandou, então, Moisés dar carta de divórcio e repudiar? Respondeu-lhes Jesus: Por causa da dureza do vosso coração é que Moisés vos permitiu repudiar vossa mulher; entretanto, não foi assim desde o princípio.”
Qual o motivo, então, de algumas coisas que vem a afligir a humanidade? Podemos ver neste texto que é a dureza do coração do homem. A maldade escolhida pelo próprio homem é a causa de seu sofrimento. Não podemos atribuir a Deus o que é nossa culpa. Se a lei, sua transgressão resulta em punição. Isso não nos leva a contestar a bondade do juiz ou do executor, porquê faremos isso com Deus?
E ainda, em Jo. 9:1-3: “Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos perguntaram: Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Respondeu Jesus: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus.”
Podemos ver que outro motivo de algumas aflições do homem, quando estas não provem do pecado, é para que o poder de Deus seja manifestado. Nesta linha podemos falar das tribulações, que passamos de vez em sempre, e que nos ajuda a nos fortalecer no Senhor (2 Co. 12:10) e em nosso processo de santificação (Rm. 5:3-4).
Peço a Deus que nos ajude nas tribulações e continue nos aperfeiçoando até o dia da vinda de Jesus Cristo.
DEUS OS ABENÇOE GRANDEMENTE!
Ozires de Beserra da Silva
Técnico em Informática, Concluinte do Curso de Licenciatura em Matemática e Servo do Deus Altíssimo.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

.: Uma pergunta pode mudar uma história :. (22 de Julho de 2015)


- A Bíblia se contradiz quanto a época em que foram “distribuídos” os idiomas?

Continuando sobre as contradições apontadas, na sequência que estão escritas, vamos ver o que foi dito sobre a época em que foram “distribuídos” os idiomas:
“Toda a terra tinha uma só língua e as mesmas palavras, até que Deus criou vários idiomas diferentes, fazendo com que ninguém entendesse um ao outro (Gênesis 11:1,6-9). [Ora, em toda a terra havia apenas uma linguagem e uma só maneira de falar. … e o SENHOR disse: Eis que o povo é um, e todos têm a mesma linguagem. Isto é apenas o começo; agora não haverá restrição para tudo que intentam fazer. Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que um não entenda a linguagem de outro. Destarte, o SENHOR os dispersou dali pela superfície da terra; e cessaram de edificar a cidade. Chamou-se-lhe, por isso, o nome de Babel, porque ali confundiu o SENHOR a linguagem de toda a terra e dali o SENHOR os dispersou por toda a superfície dela.]”
“Anterior a isto, a Bíblia fala de diversas nações, cada um com sua própria língua (Gênesis 10:5) [Estes repartiram entre si as ilhas das nações nas suas terras, cada qual segundo a sua língua, segundo as suas famílias, em suas nações.]”
Obs.: O texto entre as aspas foi transcrito conforme escrito e o texto entre colchetes eu incluí, sendo, estes, os textos referentes aos versículos citados como defesa de sua tese.
O que digo? Primeiro quero dizer que os livros da Bíblia não estão dispostos em ordem cronológica. Mesmo algumas partes dentro do mesmo livro, especialmente quando se compara textos com as genealogias. Os finais das genealogias não estão cronologicamente ligados ao(s) capitulo(s) seguinte(s). Se você ler Gn. 7, vai perceber que ele não é exatamente cronológico. No v. 6 “Tinha Noé seiscentos anos de idade, quando as águas do dilúvio inundaram a terra.” e, depois, no v. 7, “Por causa das águas do dilúvio, entrou Noé na arca, ele com seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos.”. Acredito que ninguém tenha problema em ver que a ordem das palavras, que narram os acontecimentos, não é cronológica. Será muito menos quando compararmos passagens com os textos das genealogias.
O que está escrito em Gn. 11 provavelmente ocorreu na época de Gn. 10:25. Então, quando se chegou em Gn. 10:5, 20, 31 e 32, Gn. 11 já havia ocorrido a algumas poucas centenas de anos. Tempo suficiente para existirem nações em seus respectivos lugares, conforme está escrito.
Pelas próprias palavras de Jesus: “Não se vendem dois pardais por um asse? E nenhum deles cairá em terra sem o consentimento de vosso Pai. E, quanto a vós outros, até os cabelos todos da cabeça estão contados.” [Mt. 10:29-30] (grifo nosso). Se coisas tão “banais” como essas estão dentro dos cuidados de Deus, imagine as coisas mais expressivas, inclusive Sua Palavra.
Peço a Deus que nos guarde, a nós, e nossa descendência e que Sua Palavra possa nos guiar pelo caminho eterno, Jesus.
DEUS OS ABENÇOE GRANDEMENTE!
Ozires de Beserra da Silva
Técnico em Informática, Concluinte do Curso de Licenciatura em Matemática e Servo do Deus Altíssimo.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

.: Uma pergunta pode mudar uma história :. (17 de Julho de 2015)


- A Bíblia se contradiz quanto a comer carne?

Continuando sobre as contradições apontadas, na sequência que estão escritas, vamos ver o que foi dito sobre a ordem de Deus quanto a comer carne:
“Deus diz para Noé que tudo o que se move e tem vida servirá de alimento para ele, e também toda a vegetação. Só não poderá comer da carne ainda com vida, ou seja, com sangue (Gênesis 9:3-4). [Tudo o que se move e vive ser-vos-á para alimento; como vos dei a erva verde, tudo vos dou agora. Carne, porém, com sua vida, isto é, com seu sangue, não comereis.]”
“Deus diz que nem todos os animais podem ser consumidos (Deuteronômio 14:7-20) [Porém estes não comereis, dos que somente ruminam ou que têm a unha fendida: o camelo, a lebre e o arganaz, porque ruminam, mas não têm a unha fendida; imundos vos serão. Nem o porco, porque tem unha fendida, mas não rumina; imundo vos será. Destes não comereis a carne e não tocareis no seu cadáver. Isto comereis de tudo o que há nas águas: tudo o que tem barbatanas e escamas. Mas tudo o que não tiver barbatanas nem escamas não o comereis; imundo vos será. Toda ave limpa comereis. Estas, porém, são as que não comereis: a águia, o quebrantosso, a águia marinha, o açor, o falcão e o milhano, segundo a sua espécie; e todo corvo, segundo a sua espécie; o avestruz, a coruja, a gaivota e o gavião, segundo a sua espécie; o mocho, a íbis, a gralha, o pelicano, o abutre, o corvo marinho, a cegonha, e a garça, segundo a sua espécie, e a poupa, e o morcego. Também todo inseto que voa vos será imundo; não se comerá. Toda ave limpa comereis.]”
Obs.: O texto entre as aspas foi transcrito conforme escrito e o texto entre colchetes eu incluí, sendo estes, os textos referentes aos versículos citados como defesa de sua tese.
O que digo? Como já disse antes, Deus foi dando as ordens aos homens à medida que estás se tornavam necessárias. Então o que temos aqui são momentos distintos. Razões distintas. Lemos, em Gn. 1:29-30, Deus dizendo que o homem e todo animal só comeriam ervas e frutas. Isso perdurou até a ordem dada a Noé e citada por Nosso Amigo e podemos confirmar isso em Gn. 6:21. Porque então agora Deus muda a ordem dada inicialmente? Vocês podem imaginar o que haveria para comer quando todos saíram da arca? Vocês sabem quanto tempo ficaram dentro da arca e as águas estavam “ocupando” o solo? Vamos fazer as contas?
Gn. 7:11-16: Ano 600 de vida de Noé. Dia 17 do segundo mês.
Gn. 8:13-14: Ano 601 de vida de Noé. Dia 27 do segundo mês.
Passaram então um ano e dez dias na arca.
Após esse tempo podemos então crer que devido a toda a água e também dos prováveis eventos que ocorreram no solo, já que a Bíblia afirma que águas também vinham de baixo (Gn. 7:11), não havia ervas ou frutas que pudessem comer e que também o que haviam levado na arca já devia ter acabado. Seria também sensato pensar que os animais de pequeno porte tivessem procriado durante esse período. Liberar o homem para comer carne seria então a única forma de sobrevivência.
Podemos também crer que Deus fez essa liberação para que fosse “adicionado” algo ao organismo humano que reduziria sua vida na terra, já que, após isso, os anos de vida das pessoas foram sendo reduzidos. Não estou dizendo que se comermos só folha e frutas vamos viver 900 anos, mas é sabido que uma alimentação saudável torna a vida mais longa. Talvez alguma coisa que não havia antes, em nosso organismo, agora é passada de forma hereditária e não podemos viver muito mais além do limite estabelecido de 120 anos.
O texto de Deuteronômio é um outro momento da história. Quando Deus está separando um povo para si. Um povo que teria que seguir algumas regras, deixando de fazer coisas que outros povos faziam. Também é sabido por todos que alguns animais não devem ser comidos porquê são nocivos. Outros são nocivos a condição de determinadas pessoas. Então os conselhos dados a tanto tempo ainda são muito úteis hoje.
Observo ainda que na tradução alguns animais podem ter sido “trocados” (como os de Jó 40 e 41) e que os animais foram “classificados” por observação. A ciência moderna (veja que moderna é de hoje em dia, não de 3500 anos atrás) pode classificar os animais em “outras categorias” (veja por exemplo http://www.cacp.org.br/o-arganaz-e-a-lebre-ruminam/). Outro exemplo seria o morcego como ave e não como mamífero. O intuito era facilitar. É algo do tipo: “Veja se tem isso e você já saberá”.
Para saber mais sobre o motivo das proibições procure na internet se a carne dos animais citados podem transmitir doenças. Deixo como exemplo o site http://www.carnesuinabrasileira.org.br/medicina2.html ou, para quem tem maior interesse, ler o livro “Doenças Infecciosas de Harrison”.
Peço a Deus que ilumine nosso entendimento cada dia mais e que preserve nossa saúde.
DEUS OS ABENÇOE GRANDEMENTE!
Ozires de Beserra da Silva
Técnico em Informática, Concluinte do Curso de Licenciatura em Matemática e Servo do Deus Altíssimo.

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quinta-feira, 9 de julho de 2015

.: Uma pergunta pode mudar uma história :. (09 de Julho de 2015)


- A Bíblia se contradiz quanto a existência de gigantes?

Continuando sobre as contradições apontadas, na sequência que estão escritas, vamos ver o que foi dito sobre a existência de gigantes nas Escrituras Sagradas:
“Os Gigantes existiam antes da inundação (Gênesis 6:4). [Ora, naquele tempo havia gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de Deus possuíram as filhas dos homens, as quais lhes deram filhos; estes foram valentes, varões de renome, na antiguidade.]”
“Somente Noé, sua família, e os animais da Arca sobreviveram à inundação (Gênesis 7:23) [Assim, foram exterminados todos os seres que havia sobre a face da terra; o homem e o animal, os répteis e as aves dos céus foram extintos da terra; ficou somente Noé e os que com ele estavam na arca.]”
“Mesmo depois da Inundação os gigantes continuaram existindo (Números 13:33) [Também vimos ali gigantes (os filhos de Anaque são descendentes de gigantes), e éramos, aos nossos próprios olhos, como gafanhotos e assim também o éramos aos seus olhos.]”
Obs.: O texto entre as aspas foi transcrito conforme escrito e o texto entre colchetes eu incluí, sendo estes, os textos referentes aos versículos citados como defesa de sua tese.
O que digo? Não sei porque Nosso Amigo se deu ao trabalho de levantar este tema. Vejam que o primeiro versículo, citado por ele mesmo, já responde. Os capítulos de 6 a 8 de Gênesis trata do dilúvio e o texto em Gn. 6:4 diz que “naquele tempo havia gigantes na terra; e também depois…”, ou seja, diz que antes e depois do dilúvio haviam gigantes, e diz por que motivo: “… quando os filhos de Deus possuíram as filhas dos homens, as quais lhes deram filhos…”. Vemos então que o fato que gerou os gigantes antes do dilúvio se repetiu em algum tempo após o dilúvio.
Sabemos que as lendas são estórias “inventadas” mas que retratam alguma coisa real. Vejam como algumas lendas gregas se parece com este fato. Esporadicamente os deuses desciam a terra para tomar uma mulher e geravam filhos, que eram chamados de semideuses, os quais “foram valentes, varões de renome, na antiguidade.”, citando aqui o final do texto de Gn. 6:4. Vale ressaltar que a história grega conhecida começou a uns 3.000 a.C., mas que “dados” sobre essas lendas, em forma escrita, são estimadas do período de Homero (1.100 a.C.) ou esculpida, datadas de 900 a.C. [Fontes: https://pt.wikipedia.org/wiki/Gr%C3%A9cia_Antiga e https://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia_grega], enquanto o livro do Gênesis foi escrito por Moisés, por volta de 1.445 a.C. [Fonte: http://www.significados.com.br/biblia/]. Se levarmos em consideração que esses 345 anos que os separam não foram suficientes para que os gregos tivessem acesso ao que Moisés escreveu, então só podemos crer que tinham ancestrais em comum. Mas isso é outro ponto.
Antes de mais explicações quero citar Dt. 29:29: “As coisas encobertas pertencem ao SENHOR, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei.”. Algumas coisas na Bíblia são citadas, mas não são explicadas. Deus não quis explicar muitas coisas. Algumas porque não eram para sabermos (ao menos, não ainda) e outras porque não eram necessárias para nossa salvação.
Não sabemos explicar ao certo o que seriam os “filhos de Deus” citados no texto. O que sabemos é que eles sobreviveram ao dilúvio e tiveram filhos com mulheres, novamente, após. Como o segundo texto citado, pelo Nosso Amigo, diz que “… foram exterminados todos os seres que havia sobre a face da terra …”, então podemos acreditar que seriam, talvez, anjos. Já pesquisei um pouco sobre o assunto e tudo que podemos encontrar são teorias e especulações. No entanto não sabermos explicar algumas coisas do que aconteceu não torna o tema em uma contradição nas Escrituras.
Peço a Deus que ilumine nosso entendimento e nos revele coisas grandes e ocultas [Jr. 33:3].
DEUS OS ABENÇOE GRANDEMENTE!
Ozires de Beserra da Silva

Técnico em Informática, Concluinte do Curso de Licenciatura em Matemática e Servo do Deus Altíssimo.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

.: Uma pergunta pode mudar uma história :. (03 de Julho de 2015)


- A Bíblia se contradiz quanto a sua inspiração divina?

Começando sobre as contradições apontadas, na sequência que estão escritas, vamos ver o que foi dito sobre a inspiração das Escrituras Sagradas:

“A Bíblia nos fala que toda a escritura foi inspirada por Deus (II Timóteo 3:16). [Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça,]”
“Mas em alguns trechos é negada a inspiração divina (I Coríntios 7:6; 5:12) [E isto vos digo como concessão e não por mandamento.]; [Pois com que direito haveria eu de julgar os de fora? Não julgais vós os de dentro?] (II Coríntios 11:17) [O que falo, não o falo segundo o Senhor, e sim como por loucura, nesta confiança de gloriar-me.]”
Obs.: O texto entre as aspas foi transcrito conforme escrito e o texto entre colchetes eu incluí, sendo estes, os textos referentes aos versículos citados como defesa de sua tese.

O que digo? Digo que podemos ver a tentativa de manipular o texto para que este o atenda. Qualquer um que ler os dois primeiros textos, mesmos estes isolados como estão, perceberá que não há nenhuma contradição ou negação a inspiração divina das Escrituras. Nosso amigo (passarei a me referir ao autor do texto que me foi enviado desta forma, já que este não está declarado) está se valendo dos pronomes para atribuir o que está escrito a pessoa que o escreveu. De forma alguma tem sido negado quem escreveu qual livro, e até é motivo de estudo e pesquisa aqueles livros que ainda não se sabe quem os escreveu. E isto também não é razão para se negar a inspiração divina dos livros escritos. Como exemplo vamos citar os belos salmos escritos por Davi. Foram escritos por Davi. Isso de alguma forma nega a inspiração divina? Vejamos o que Jesus disse a Pedro em determinada passagem:

Indo Jesus para os lados de Cesaréia de Filipe, perguntou a seus discípulos: Quem diz o povo ser o Filho do Homem?
E eles responderam: Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros: Jeremias ou algum dos profetas.
Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou?
Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.
Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus.
Mt. 16:13-17

Podemos ver que a resposta à pergunta de Jesus foi dada por Pedro e mesmo assim Ele atribui sua resposta a uma Inspiração Divina. Apenas este texto é suficiente para nos esclarecer como foi escrita toda a Bíblia.
Quanto ao segundo texto que, aparentemente, é uma contradição, pois Paulo diz claramente “O que falo, não o falo segundo o Senhor”, o que nos remeteria a que, na Bíblia, haveria ao menos um texto o qual não seria inspirado, já que o próprio Paulo o diz.
No entanto esse texto nos mostra dois pontos que são críticos: 1. Pegar textos isolados de seus contextos e tirar conclusões sobre ele e, 2. tentar entender as escrituras através do nosso próprio entendimento.
Não estou dizendo no ponto 2 que não seja possível a qualquer pessoa entender as Escrituras ou que cada um não possa fazer seus próprios estudos sobre as Escrituras. O que estou fazendo é uma referência ao que o Apostolo Pedro escreveu em 2 Pe. 1:20,21: “Antes de tudo, sabei que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal, porquanto, jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens santos falaram da parte de Deus, orientados pelo Espírito Santo.” [KJA]
Para entendermos o segundo texto citado pelo Nosso Amigo, precisamos ler todo o capítulo 11 para que saibamos em qual contexto está inserido o texto. Vou colocar abaixo, o texto da versão KJA, que está numa linguagem mais próxima da nossa, como Paulo começa escrevendo este capítulo e o texto que precede o versículo usado, bem como ele mesmo e o seguinte:

Quisera eu me suportásseis ainda um pouco mais na minha loucura! Rogo-vos que sejais pacientes comigo.
… .
Afirmo, uma vez mais, que ninguém me considere louco. Mas, se assim pensais, recebei-me como quem acolhe a um fraco de juízo, pois assim, ao menos, terei algo de que me orgulhar. Ao declarar esse orgulho, não o estou fazendo segundo o Senhor, mas como quem perdeu a sensatez. Considerando que há muitos que se orgulham de acordo com padrões mundanos, ora, eu de igual modo posso me orgulhar.

Peço a vocês que me digam se falta Inspiração Divina neste capítulo.
Não vejo necessidade de explicações adicionais. Lhes aconselho no entanto a lerem toda esta segunda carta aos Coríntios para saberem o motivo pelo qual ela foi escrita. Todo o contexto é importante no entendimento das Escrituras para que não tiremos conclusões equivocadas do que está escrito.
Concluindo, se você ainda tem alguma dúvida sobre como é a Inspiração Divina, vou lhe dar um exemplo bem prático. Você é ruim para decorar os textos da Bíblia? Não prega o Evangelho por esse motivo? Tem medo de não saber o que falar? Lembrem que “… não cuideis em como ou o que haveis de falar, porque, naquela hora, vos será concedido o que haveis de dizer, visto que não sois vós os que falais, mas o Espírito de vosso Pai é quem fala em vós.” (Mt. 10: 19,20). Se você já saiu para Evangelizar, e orou pedindo para Deus para lhe dar as palavras certas, já viveu a experiência de receber a Inspiração Divina. Os textos certos, da forma certa e no momento certo, vêm a sua mente. Toda a timidez desaparece. Você fica cheio do Espírito Santo e seus interlocutores ouvem a pregação da Palavra de Deus. Mesmo os textos que aqui escrevo não vem de mim mesmo, mas me são inspirados por Deus, pois não tenho a menor capacidade de fazê-los por mim mesmo.
Agradeço a Deus por usar-me em sua infinita graça.
DEUS OS ABENÇOE GRANDEMENTE!
Ozires de Beserra da Silva
Técnico em Informática, Concluinte do Curso de Licenciatura em Matemática e Servo do Deus Altíssimo.