quarta-feira, 21 de setembro de 2016

« Cuidado com o que ouve! » (21 de setembro de 2016)

- Amar Não é Pecado, por Luan Santana

Nesta segunda postagem de “Cuidado com o que ouve!” não estamos trazendo a mensagem “por trás da letra”, mas como os conceitos tem sido misturados e invertidos e, estes conceitos distorcidos, vem influenciando a sociedade, especialmente aqueles que estão em fase de formação de caráter e ideias. Talvez achem que eu possa estar exagerando um pouco, mas tenho a meu favor o estado atual da sociedade, em que muitos dos valores estão totalmente invertidos e o que antes era errado e inaceitável agora é o certo e normal (ao menos na visão do mundo). No entanto o certo será sempre certo e o errado será sempre errado mesmo que todo o mundo lhe tente convencer do contrário.

Para esta segunda postagem escolhemos uma música que é interpretada por Luan Santana para abordar o tema do mais sublime sentimento que foi dado a conhecer ao homem: o AMOR. Apesar da letra desta música ter 65 linhas cerca de ¾ dela se repetem então não vamos colocar as repetições. Vamos a ela:

1-Eu tô apaixonado
2-Eu tô contando tudo
3-E não tô nem ligando pro que vão dizer
4-Amar não é pecado
5-E se eu tiver errado
6-Que se dane o mundo
7-Eu só quero você…
--
8-Eu não sei de onde vem
9-Essa força que me leva pra você
10-Eu só sei que faz bem
11-Mas confesso que no fundo eu duvidei
12-Tive medo, em segredo
13-Guardei o sentimento e me sufoquei
14-Mas agora é a hora
15-Vou gritar pra todo mundo de uma vez
(As próximas 50 linhas são repetições destas 15 primeiras)
Letra de Adliel Martins Rodrigues, Daniel Rodrigues Alves, Marcia Regina Araujo Farias de Oliveira, Marco Aurelio Ferreira • Copyright © Warner/Chappell Music, Inc
Fonte:-Google Play Music

Nesta postagem vamos focar nas linhas 1 a 6, pois as linhas de 7 a 15 apenas vem explorar o que está sendo dito na linha 1. Como a linha 4 é também o título da música vamos começar por esta frase. Ela retrata o maior erro da atualidade. Sob a alcunha do amor a humanidade tenta validar todo tipo de pecado. Apesar do amor ser o maior dom existente, ele não pode modificar a justiça. Não se pode fazer tudo “por amor” e não esperar que seus erros não sejam punidos. Matar por amor, roubar por amor, trair por amor, e quantos mais outros absurdos vamos tendo conhecimento sempre que paramos para observar os noticiários. Decerto que isso não é amor, e mesmo que fosse não pode anular ou modificar a justiça. Em outras palavras, o amor não valida o erro. A humanidade tem pervertido o real significado deste sublime sentimento. Então vamos entender o que é o amor nas palavras do Apostolo Paulo (o texto entre {} é nosso):
O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana {não há vaidade, não há mentira}, não se ensoberbece {não lhe torna superior aos demais}, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera {não fica furioso}, não se ressente do mal {não guarda rancor ou ressentimento}; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba; ...” I Coríntios 13:4-8a.
Baseado nesta descrição já podemos invalidar logo de cara muita coisa que se faz de errado e tenta se validar dizendo: “é por amor”. Veja que o amor é benigno, ou seja, ele não faz o mal. Matar, trair, roubar, tudo isso vem a fazer mal a alguém. Muitos dos relacionamentos tem terminado porquê o tempo todo uma das partes estava buscando os seus próprios interesses e não o do outro. O tempo todo se fica furioso com o outro e guarda rancores e ressentimentos, e com isso qualquer sentimento que existia vai sendo minado. E este relacionamento com certeza não era amor. Você pode estar tentando justificar seu relacionamento dizendo que não está fazendo mal a ninguém, mas veja que o amor também não é inconveniente, ou seja, o amor é decente e não há amor em qualquer tipo de indecência (não vamos por agora entrar no mérito destas relações indecentes, mas como eu disse, em qualquer delas não há amor). E ainda temos a frase clássica dos fins de relacionamentos: “acabou o amor”, quando vemos no texto que o amor não acaba.
Você pode agora estar se perguntando: “em algum momento alguns desses itens é contrariado em minha relação. Então o que sinto não é amor?”. Claro que é. A continuação do texto citado nos adverte que por enquanto só o podemos conhecer em parte (v. 9a). Então, em nossa imperfeição, ocasionalmente alguma dessas características são temporariamente infringidas. Mas se qualquer destas características é continuamente violada, então não é amor.
Você pode perguntar agora: “então que sentimento é esse que tenho?”. Minha resposta é que não sei. Não há palavra que o defina. Os gregos dividiram o amor em alguns poucos tipos para falarem especificamente de determinados sentimentos. Se quiser saber um pouco mais sobre essas palavras leia em http://origemdapalavra.com.br/site/palavras/stergo/. A meu ver essas divisões podem ser suprimidas porque o importante é ser ou não. Então o que atender a descrição, mesmo que em alguns momentos de nossas vidas infrinjamos brevemente alguma destas características, é amor e o oposto é paixão. Afinal só temos esses dois termos no português. Para facilitar o reconhecimento da paixão ela é sempre ligada a exageros e ações fora do normal de cada pessoa. Agora que entendemos o que é o amor vamos a música.
O principal motivo da escolha desta música é a tentativa de incutir aos ouvintes uma falsa ideia. Na linha 1 ele tem consciência do sentimento, dizendo que está apaixonado admite que o sentimento é a paixão, no entanto, na linha 4, ele diz que “amar não é pecado”. Ao fazer isso ele tenta induzir que paixão e amor são a mesma coisa, o que é um erro, e ainda, como já explicamos, qualquer atitude inconsequente (linhas 2 e 3) é justificada porque se trata do amor, o que também é um erro. Nas linhas 2 e 3, além da inconsequência, despreza vários conselhos que encontramos no livro dos Provérbios de Salomão (que é reconhecidamente o homem mais sábio que já viveu) e, em geral, tomando a linha 3, os mais jovens passam até mesmo a não ouvir os conselhos dos pais, que são os que querem o melhor para seus filhos. Nas linhas 5 a 7 vemos o que gera muitas das crueldades de nossos dias. Não é necessário nem mesmo comentar. Por causa dessas ideias é que ouvimos frases do tipo: “se não vai ser minha, não vai ser de mais ninguém!”. O resultado todos já conhecem. Ao menos duas famílias arruinadas.
Aceitem este conselho. Parem de encher suas mentes com o que não é bom. Mas, ao contrário, busquem ter na memória o que pode dar esperança (Lamentações 3:21).
Que Deus nos dê sabedoria e renove nosso entendimento.
DEUS OS ABENÇOE GRANDEMENTE!
Ozires de Beserra da Silva
Técnico em Informática, Licenciado em Matemática e Servo do Deus Altíssimo.

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