quinta-feira, 29 de setembro de 2016

.: Contradições nas Escrituras Sagradas?:. (29 de setembro de 2016)

- Quem influenciou Davi a fazer um censo em Israel?

Continuando sobre as contradições apontadas, na sequência que estão escritas, vamos ver o que foi dito sobre quem influenciou Davi a fazer um censo em Israel:
“Satã provocou Davi a fazer um censo em Israel (I Crônicas 21:1). [Então, Satanás se levantou contra Israel e incitou a Davi a levantar o censo de Israel]”.
“Deus sugeriu Davi a fazer um censo em Israel (II Samuel 24:1). [Tornou a ira do SENHOR a acender-se contra os israelitas, e ele incitou a Davi contra eles, dizendo: Vai, levanta o censo de Israel e de Judá]”.

Obs.: O texto entre as aspas foi transcrito conforme escrito e o texto entre colchetes eu incluí, sendo, estes, os textos referentes aos versículos citados como defesa de sua tese.

O que digo? Antes de falarmos sobre estes textos temos que voltar a tocar em pontos já tratados anteriormente. Falamos na postagem de 03 de novembro de 2015 que a Bíblia foi escrita de forma que o homem pudesse entendê-la, explicamos que algumas palavras foram usadas por não haver uma que descrevesse melhor a “situação” e ainda abordamos os sentimentos existentes em Deus (para melhor entendimento favor leia a postagem citada). Os textos que falam sobre Deus ter sentimento de ira também segue o mesmo princípio: é utilizada a palavra existente que possa dar a melhor compreensão. Então vamos ver o significado da palavra ira: “sentimento de ódio, mágoa e rancor que, normalmente contra uma ou algumas pessoas, é gerado por uma ofensa, dando origem a uma situação agressiva” (Fonte: https://www.dicio.com.br/ira/). Se retirarmos as palavras “de ódio, mágoa e rancor” desta definição teremos a exata definição para o termo “ira” quando aplicado a Deus. Lhes lembro que na postagem de 21 de setembro de 2016 falei que o amor não pode anular a justiça e que na postagem de 30 de julho de 2015 que Deus não causa (por permissão) o mal porquê isto lhe seja peculiar. Estas informações são importantes para o entendimento desta postagem.
Ainda temos, no entanto, antes de falarmos dos textos aqui em questão, que entendermos como essa ira de Deus acontece. Vejamos então o que seria a situação “normal”: “Viu o SENHOR que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração” (Gn. 6:5) “porque é mau o desígnio íntimo do homem desde a sua mocidade” (Gn. 8:21b), assim o homem comete pecados, inevitavelmente, e a consequência do pecado é morte (Rm. 6:23). Essa morte é física (processo), mas também espiritual (condição). Além disso o mundo jaz no maligno (I Jo. 5:9) e, portanto, a vida (ou morte, já que este é o estado atual da humanidade como mostrado em Ef. 2:5) em sofrimento constante seria nosso cenário (Sl. 107:17). Então, repito, na situação normal, estaríamos mortos ou em total sofrimento. No entanto Deus é misericordioso e não permite que tal mal se abata sobre nós, como escrito em Lamentações 3:22 – “As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim”.
Para exemplificar imaginem que estamos caminhando em uma estrada desde nosso nascimento. Neste “mundo” chove sempre e sempre chove então, assim que nascemos, já nos molhamos e vivemos molhados. Vivemos doentes devido a situação; e estar o tempo todo molhado não é bom. O percurso tem tamanhos distintos para cada indivíduo mas leva a todos para o mesmo lugar. Entretanto, em algum momento da caminhada, Deus nos mostra que ao lado desta que seguimos há uma outra estrada coberta. Quando escolhemos mudar para ela percebemos quatro coisas: 1. Ela sempre esteve lá, nós que não a víamos; 2. Ela segue para um destino diferente; 3. Ela é estreita e seguir sem se molhar é bem difícil e; 4. Todos que estão caminhando na estrada anterior ainda não morreram porquê Deus impede que a maior quantidade de chuva, que devia estar caindo sobre eles, caia.
Voltando para o assunto principal o termo “ira de Deus” aparece em vários contextos, mas em geral é ligada à justiça de Deus, ou seja, punição pelo pecado. Essa punição se dá de três formas: 1. Deus retira sua proteção (total ou parcialmente) como podemos ver nos textos Nm. 12:9-10; Nm. 14:9; Jz. 16:20; I Sm. 16:14; II Sm. 7:15; 2. Deus envia “alguém”, como podemos ver nos textos de Ex. 14:23; Nm. 22:22; II Sm. 24:16-17; I Re. 22:20-23; e 3. O próprio Deus executa a punição, como nos textos de Gn. 3:14-19; Gn. 19:24-26; Jó 35:15-16; Sl. 89: 30-32; Jr. 14:10; Ap. 20:7-15.
Quero ainda vos chamar atenção que este é mais um texto que mostra a soberania de Deus. Como mostrado na postagem de 07 de outubro de 2015 há uma permissão de Deus para que as coisas aconteçam. Neste caso Deus permite que Satanás influencie a Davi para fazer algo que trouxe sofrimentos para o povo. Não temos muitos casos na Bíblia onde o próprio Diabo se encarrega do “trabalho”. Que lembre apenas este caso, por se tratar de Davi, no caso de Jó e nos de Jesus.
E, concluindo, Deus, que “deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (I Tm. 2:4), utiliza todas as circunstâncias com um propósito, que em sua maioria é para ensino, arrependimento, salvação e santificação (Sl. 25:18; Rm. 5:3-4; II Co. 4:17-18; I Pe. 1:3-7). Infelizmente algumas vezes, para esse fim, é necessário que venha algum tipo de sofrimento, e assim Ele permite que Satanás aja diretamente sobre a vida da pessoa. Aproveito para lhes lembrar que “O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar” (I Pe 5:8b). Portanto “Sede sóbrios e vigilantes” (I Pe 5:8a), “resisti-lhe firmes na fé, certos de que sofrimentos iguais aos vossos estão-se cumprindo na vossa irmandade espalhada pelo mundo. Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar” (I Pe 5:9-10).

Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável”. (Sl 51:10)
DEUS OS ABENÇOE GRANDEMENTE!
Ozires de Beserra da Silva

Técnico em Informática, Licenciado em Matemática e Servo do Deus Altíssimo.

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

« Cuidado com o que ouve! » (21 de setembro de 2016)

- Amar Não é Pecado, por Luan Santana

Nesta segunda postagem de “Cuidado com o que ouve!” não estamos trazendo a mensagem “por trás da letra”, mas como os conceitos tem sido misturados e invertidos e, estes conceitos distorcidos, vem influenciando a sociedade, especialmente aqueles que estão em fase de formação de caráter e ideias. Talvez achem que eu possa estar exagerando um pouco, mas tenho a meu favor o estado atual da sociedade, em que muitos dos valores estão totalmente invertidos e o que antes era errado e inaceitável agora é o certo e normal (ao menos na visão do mundo). No entanto o certo será sempre certo e o errado será sempre errado mesmo que todo o mundo lhe tente convencer do contrário.

Para esta segunda postagem escolhemos uma música que é interpretada por Luan Santana para abordar o tema do mais sublime sentimento que foi dado a conhecer ao homem: o AMOR. Apesar da letra desta música ter 65 linhas cerca de ¾ dela se repetem então não vamos colocar as repetições. Vamos a ela:

1-Eu tô apaixonado
2-Eu tô contando tudo
3-E não tô nem ligando pro que vão dizer
4-Amar não é pecado
5-E se eu tiver errado
6-Que se dane o mundo
7-Eu só quero você…
--
8-Eu não sei de onde vem
9-Essa força que me leva pra você
10-Eu só sei que faz bem
11-Mas confesso que no fundo eu duvidei
12-Tive medo, em segredo
13-Guardei o sentimento e me sufoquei
14-Mas agora é a hora
15-Vou gritar pra todo mundo de uma vez
(As próximas 50 linhas são repetições destas 15 primeiras)
Letra de Adliel Martins Rodrigues, Daniel Rodrigues Alves, Marcia Regina Araujo Farias de Oliveira, Marco Aurelio Ferreira • Copyright © Warner/Chappell Music, Inc
Fonte:-Google Play Music

Nesta postagem vamos focar nas linhas 1 a 6, pois as linhas de 7 a 15 apenas vem explorar o que está sendo dito na linha 1. Como a linha 4 é também o título da música vamos começar por esta frase. Ela retrata o maior erro da atualidade. Sob a alcunha do amor a humanidade tenta validar todo tipo de pecado. Apesar do amor ser o maior dom existente, ele não pode modificar a justiça. Não se pode fazer tudo “por amor” e não esperar que seus erros não sejam punidos. Matar por amor, roubar por amor, trair por amor, e quantos mais outros absurdos vamos tendo conhecimento sempre que paramos para observar os noticiários. Decerto que isso não é amor, e mesmo que fosse não pode anular ou modificar a justiça. Em outras palavras, o amor não valida o erro. A humanidade tem pervertido o real significado deste sublime sentimento. Então vamos entender o que é o amor nas palavras do Apostolo Paulo (o texto entre {} é nosso):
O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana {não há vaidade, não há mentira}, não se ensoberbece {não lhe torna superior aos demais}, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera {não fica furioso}, não se ressente do mal {não guarda rancor ou ressentimento}; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba; ...” I Coríntios 13:4-8a.
Baseado nesta descrição já podemos invalidar logo de cara muita coisa que se faz de errado e tenta se validar dizendo: “é por amor”. Veja que o amor é benigno, ou seja, ele não faz o mal. Matar, trair, roubar, tudo isso vem a fazer mal a alguém. Muitos dos relacionamentos tem terminado porquê o tempo todo uma das partes estava buscando os seus próprios interesses e não o do outro. O tempo todo se fica furioso com o outro e guarda rancores e ressentimentos, e com isso qualquer sentimento que existia vai sendo minado. E este relacionamento com certeza não era amor. Você pode estar tentando justificar seu relacionamento dizendo que não está fazendo mal a ninguém, mas veja que o amor também não é inconveniente, ou seja, o amor é decente e não há amor em qualquer tipo de indecência (não vamos por agora entrar no mérito destas relações indecentes, mas como eu disse, em qualquer delas não há amor). E ainda temos a frase clássica dos fins de relacionamentos: “acabou o amor”, quando vemos no texto que o amor não acaba.
Você pode agora estar se perguntando: “em algum momento alguns desses itens é contrariado em minha relação. Então o que sinto não é amor?”. Claro que é. A continuação do texto citado nos adverte que por enquanto só o podemos conhecer em parte (v. 9a). Então, em nossa imperfeição, ocasionalmente alguma dessas características são temporariamente infringidas. Mas se qualquer destas características é continuamente violada, então não é amor.
Você pode perguntar agora: “então que sentimento é esse que tenho?”. Minha resposta é que não sei. Não há palavra que o defina. Os gregos dividiram o amor em alguns poucos tipos para falarem especificamente de determinados sentimentos. Se quiser saber um pouco mais sobre essas palavras leia em http://origemdapalavra.com.br/site/palavras/stergo/. A meu ver essas divisões podem ser suprimidas porque o importante é ser ou não. Então o que atender a descrição, mesmo que em alguns momentos de nossas vidas infrinjamos brevemente alguma destas características, é amor e o oposto é paixão. Afinal só temos esses dois termos no português. Para facilitar o reconhecimento da paixão ela é sempre ligada a exageros e ações fora do normal de cada pessoa. Agora que entendemos o que é o amor vamos a música.
O principal motivo da escolha desta música é a tentativa de incutir aos ouvintes uma falsa ideia. Na linha 1 ele tem consciência do sentimento, dizendo que está apaixonado admite que o sentimento é a paixão, no entanto, na linha 4, ele diz que “amar não é pecado”. Ao fazer isso ele tenta induzir que paixão e amor são a mesma coisa, o que é um erro, e ainda, como já explicamos, qualquer atitude inconsequente (linhas 2 e 3) é justificada porque se trata do amor, o que também é um erro. Nas linhas 2 e 3, além da inconsequência, despreza vários conselhos que encontramos no livro dos Provérbios de Salomão (que é reconhecidamente o homem mais sábio que já viveu) e, em geral, tomando a linha 3, os mais jovens passam até mesmo a não ouvir os conselhos dos pais, que são os que querem o melhor para seus filhos. Nas linhas 5 a 7 vemos o que gera muitas das crueldades de nossos dias. Não é necessário nem mesmo comentar. Por causa dessas ideias é que ouvimos frases do tipo: “se não vai ser minha, não vai ser de mais ninguém!”. O resultado todos já conhecem. Ao menos duas famílias arruinadas.
Aceitem este conselho. Parem de encher suas mentes com o que não é bom. Mas, ao contrário, busquem ter na memória o que pode dar esperança (Lamentações 3:21).
Que Deus nos dê sabedoria e renove nosso entendimento.
DEUS OS ABENÇOE GRANDEMENTE!
Ozires de Beserra da Silva
Técnico em Informática, Licenciado em Matemática e Servo do Deus Altíssimo.

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

.: Contradições nas Escrituras Sagradas?:. (12 de setembro de 2016)

- Erros numéricos?

Continuando sobre as contradições apontadas, na sequência que estão escritas, vamos ver o que foi dito sobre alguns números divergentes:
“Davi tomou 1.700 cavaleiros de Adadezer (II Samuel 8:4). [Tomou-lhe Davi mil e setecentos cavaleiros e vinte mil homens de pé; Davi jarretou todos os cavalos dos carros, menos para cem deles.]”
“Davi tomou 7.000 cavaleiros de Adadezer (I Crônicas 18:4). [Tomou-lhe Davi mil carros, sete mil cavaleiros e vinte mil homens de pé; Davi jarretou a todos os cavalos dos carros, menos para cem deles.]”

“Davi matou aos arameus 700 parelhas de cavalos e 40.000 cavaleiros (II Samuel 10:18). [Porém os siros fugiram de diante de Israel, e Davi matou dentre os siros os homens de setecentos carros e quarenta mil homens de cavalo; também feriu a Sobaque, chefe do exército, de tal sorte que morreu ali.]”
Davi matou aos arameus 7.000 cavalos e 40.000 empregados (I Crônicas 19:18). [Porém os siros fugiram de diante de Israel, e Davi matou dentre os siros os homens de sete mil carros e quarenta mil homens de pé; a Sofaque, chefe do exército, matou.]”

“Israel dispõe de 800.000 homens aptos para manejar espadas, enquanto que Judá dispõe de 500.000 homens (II Samuel 24:9). [Deu Joabe ao rei o recenseamento do povo: havia em Israel oitocentos mil homens de guerra, que puxavam da espada; e em Judá eram quinhentos mil.]”
Israel dispõe de 1.100.000 homens aptos para manejar espadas, enquanto que Judá dispõe de 470.000 homens (I Crônicas 21:5). [Deu Joabe a Davi o recenseamento do povo; havia em Israel um milhão e cem mil homens que puxavam da espada; e em Judá eram quatrocentos e setenta mil homens que puxavam da espada.]”

Obs.: O texto entre as aspas foi transcrito conforme escrito e o texto entre colchetes eu incluí, sendo, estes, os textos referentes aos versículos citados como defesa de sua tese.

O que digo? Vamos abordar esta questão porque foi citada na relação das contradições, mesmo não sendo propriamente uma. Também não é fácil de explicar porque estes números estão em desacordo. Como os três pontos tem o mesmo “problema” então resolvi abordá-los juntos, para não ter que ficar repetindo as mesmas justificativas e qualquer outro que aparecer mais para frente na lista, se não for possível uma explanação diferente, será ignorado, para não ficar sendo repetitivo.
Acredito que alguns irmãos na internet já tentaram explicar algum destes textos ou até mesmo todos. Olhei duas destas postagens apenas para ter uma ideia de como estão sendo tratados e poder fazer uma abordagem mais geral de possibilidades. Como já devem ter percebido não posso afirmar que algumas delas sejam realmente “solução do problema” mas procurarei fazer a lista deixando para o final as que acho mais prováveis, fazendo algumas críticas que acreditar necessárias. Esta postagem poderá se tornar longa, então fique conosco até o final, de mente aberta e esperando receber de Deus algum ensino.
Antes de começar a elencá-las gostaria de dizer que independente destas possibilidades não serem verdadeiras o fato de manter estas “divergências” nos garante que houve uma grande preocupação em manter as Escrituras Sagradas em sua forma original e, após tanto tempo e estando já por quase todo o mundo, é um fato louvável e que nos dá a certeza de estarmos realmente lendo as palavras que Deus cuidou chegar até nós.

Dito isto vamos as possibilidades:
1. Erro dos copistas: Já expliquei como a Bíblia foi se multiplicando em uma postagem em 19 de junho de 2015. Está possibilidade existe, no entanto é a menos provável de acontecer. Se alguma cópia tivesse saído com erro teria rapidamente sido descoberto e essas cópias teriam sido inutilizadas. Se acontecesse de não terem sido descobertas logo, teríamos mais textos “certos” que textos “errados” circulando e essa discrepância seria facilmente suprimida. Caso ainda mais difícil, e que nos traria o “erro” perpetuamente, seria que a primeira cópia saiu com o erro e o original foi guardado, então todas as cópias seguintes saíram com este erro. Isso beira a impossibilidade, já que temos mostradas apenas nesta postagem três textos diferentes. Ao menos duas pessoas não verem um erro é uma coisa, mas três erros!? Não é como esquecer um zero. Os textos são por extenso.

2. Erro de tradução: Na mesma postagem citada no ponto anterior falo um pouco sobre as traduções, realmente seria bom vocês a lerem. O erro de tradução seria uma possibilidade, mas com as revisões e atualizações (vide postagem de 08 de agosto de 2016) que foram efetuadas, as consultas a textos antigos e em outras línguas revelariam este equívoco. Em defesa das traduções vejam um comentário da Cambridge Bible for Schools and Colleges (http://biblehub.com/commentaries/cambridge/2_samuel/8.htm) sobre o texto de II Samuel 8:4: “O texto atual em hebraico só pode significar mil e setecentos cavaleiros;” (ajuste nosso a tradução do Google). Apesar disso, em minha pesquisa em diferentes versões traduzidas para linguagens mais inteligíveis para mim, encontrei um erro de número na versão Revista e Corrigida, que já foi corrigido na versão Corrigida e Fiel e uma modificação na versão NVI, ajustando o texto de Samuel com base no texto de Crônicas. Evitarei o máximo possível usar estas duas versões, principalmente a segunda, pois este tipo de ação é inaceitável. Já pensou se todo mundo que achasse que há alguma coisa errada na Bíblia e quisesse modificar para outro texto por achar que um está errado e outro certo? Temos que ter em mente que a Bíblia chegou até nós assim, e esta foi a vontade de Deus. Sem modificar, nem tirar e nem pôr.

3. Erro de transliteração: Se você já leu a postagem citada no ponto 1 já viu que foi abordado este assunto lá. Este seria um erro mais fácil de encontrar pois alguma palavra pode ter tido seu entendimento “perdido” no passar do tempo, de quando foi escrita para um determinado momento em que foi “atualizada” e então o “atualizador” teve que escolher entre as palavras existentes alguma que a substituísse bem sem perda do entendimento do texto. Apesar disso, como se tratam de números, este tipo de erro seria também muito difícil de ocorrer.

4. O significado do número era mais relevante que a quantidade: Não podemos negar que os números na Bíblia têm algum significado especial. Então poderia ser que os significados dos números seriam o principal foco das narrativas e não houve uma preocupação maior com as reais quantidades. No entanto não creio que os números foram escolhidos por seus significados, mas que os acontecimentos foram divinamente preparados para dar significados especiais aos números. 

5. Os dois textos se complementam: Fazer com que os dois textos se complementem também é uma tarefa complicada, mas para alguém que tenha adquirido um grande conhecimento na área de história dos povos antigos que os textos mencionam, em especial em suas forças militares, e também conhecimento na língua original em que os textos foram escritos (ambas impossíveis para mim atualmente) em busca de alguma minúcia que tenha sido por acaso desconsiderada pelos tradutores talvez possa elucidar como eles podem se complementar. No entanto não vejo como fazê-lo sem forçar um pouco os textos e será preciso uma boa imaginação para explicar ao menos um deles. Cheguei mesmo a tentar algumas formas de complementar o primeiro dos três aqui citados e, como eu disse, forçando um pouco o texto até conseguiria os harmonizar. O terceiro texto tem uma explicação neste site http://www.nasaladopastor.com/2010/12/contradicao-biblia-entre-1-cronicas-215.html que seria aceitável, mas também o texto é um pouco forçado. Já o segundo aqui listado é bem mais complicado e me fez desistir de expor o que pensei para o primeiro.

6. Os escritores descreveram os mesmos acontecimentos em posições diferentes: Explicar em palavras inicialmente é um pouco complicado então vou colocar uma imagem retirada de uma matéria disponível no endereço http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/08/manifestantes-protestam-contra-o-governo-dilma-em-cidades-do-brasil.html logo aí ao lado. Veja que esta matéria retrata o mesmo tipo de “erro” encontrado nas descrições destes textos. A posição dos “escritores” causa a divergência entre os números. Neste tipo de informação não é questionado quem está certo ou está errado. Apenas se lê os números e se entende que são uma estimativa. Em favor dos escritores bíblicos ainda há uma diferença de ± 500 anos entre os escritos e a ausência das tecnologias que hoje possuímos. Se você está imaginando que por ser de inspiração divina os números teriam que ser exatamente os mesmos peço que leia a postagem de 03 de julho de 2015 na qual explico este ponto.
Caso tenham alguma dúvida, observação, uma visão diferente das aqui relacionadas ou alguma sugestão sobre esta postagem por favor deixem nos comentários.

Que Deus nos dê forças para vencermos as batalhas travadas diariamente.
DEUS OS ABENÇOE GRANDEMENTE!
Ozires de Beserra da Silva
Técnico em Informática, Licenciado em Matemática e Servo do Deus Altíssimo.